A Favorita – Lara conta a verdade a Irene

“Agora me diz, vó. Será que a senhora pode me dizer quem fez isso?”

FINALMENTE, AS PESSOAS ESTÃO DESCOBRINDO QUEM É A FLORA. O momento em que as pessoas deixam de acreditar nas mentiras das vilãs é ainda mais reconfortante e gostoso de se assistir do que o momento em que a vilã realmente paga pelos crimes que cometeu. Primeiro, Gonzalo descobriu tudo sobre Flora, e acabou sendo assassinado por isso; depois, chegou a vez de Lara descobrir quem era a sua “mãezinha”; e agora está chegando a vez de Dona Irene. É claro que Irene vai ser a mais difícil de convencer de todos eles, porque ela sempre foi contra a Donatela e sempre acreditou na inocência de Flora, mesmo quando Flora estava presa e Donatela morava com eles no rancho, criando a Lara. Como convencer uma mulher que não enxerga um palmo à frente do seu nariz que ela foi enganada durante todo esse tempo? Ela vai continuar em negação!

Lara, por sua vez, já sabe de toda a verdade, e cada vez ela ganha mais provas de que Donatela não está mentindo… Lara é levada até a casa que foi usada como cativeiro para o seu sequestro, e então o dono do imóvel fala sobre o nome que usaram para alugar a casa: Sandra Maia. Para Lara, é o suficiente para entender que foi a Flora quem armou tudo, e é mais um golpe para ela, porque ela passa mal, lembrando-se de como foi naquele momento que elas se aproximaram, que ela a chamou de mãe e que disse que a amava. Agora, ela só consegue sentir raiva e nojo. “Eu vou matar aquela desgraçada! Eu vou acabar com a vida dela!” O problema é que toda essa raiva não permite que Lara continue dissimulando quando está perto de Flora… ela não consegue controlar o impulso de expulsá-la da sua frente quando chega em casa e, infelizmente, Flora está lá.

 

“Eu já sei de tudo! Eu já sei que foi você que planejou o meu sequestrou e matou o meu pai. Eu já sei de tudo e eu vou acabar com você, sua desgraçada, sua assassina! Sua assassina maldita!”

 

De alguma maneira, Flora ainda consegue manter o seu teatro, consegue fingir que Lara não está dizendo coisa com coisa ou que “encheram a cabeça dela” e, cansada, Lara acaba lhe dando um tapa na cara. “Como você tem coragem de bater na sua mãe?” “VOCÊ NÃO É A MINHA MÃE!” Furiosa e descontrolada, Lara a chama de bicho, enquanto Flora tem sangue frio o suficiente para chamá-la de filha, para perguntar o que lhe falaram, e se o Cassiano não tivesse segurado e contido a Lara, eu não sei o que teria acontecido, sinceramente. Mas Lara está agressiva, provocando, e a Flora precisa ter muita cara-de-pau para manter o teatro o tempo todo. Lara a manda “tirar a máscara”, porque “quer ver a bandida dissimulada, o monstro”, mas Flora não lhe dá esse gostinho… ela está muito acostumada a fazer o teatro de boa moça, e ela o sustenta impecavelmente.

E temos aquele momento icônico da Flora: “Por acaso você tá metida com droga?”

Depois de toda essa briga, é claro que Flora vai usar isso a seu favor, vai se fazer de vítima, vai dizer que a Lara “não podia ter falado assim com ela”, mas Lara não sente qualquer remorso, e Flora sai sob os gritos de “Assassina!” de Lara. Mais tarde, depois que Irene já assinou uns papeis que garantirão a falência da Fontini (!), mesmo que Halley tenha tentado impedi-la de assiná-los, Flora vai falar com Irene para completar o seu teatro, para dizer que está indo embora porque “está muito magoada”, porque “o que a Lara lhe disse foi muito duro, a machucou demais”, e Irene cai em todo o teatrinho de Flora que está lamentando o fato de que “Lara não gosta dela e nunca vai considerá-la sua mãe”. Irene chega a implorar para que ela fique, dizendo que ela já perdeu o Gonzalo e que a Lara eventualmente vai embora também, e ela tem a Flora como uma filha.

Irene é patética demais mesmo.

Flora não cede aos seus pedidos, a chama de mãe, mas dá adeus…

Quando a Lara chega, ela tenta contar toda a verdade para a avó… diz que a Flora é uma assassina, que ela matou o seu pai e o seu avô, mas é claro que Irene vai negar isso até o fim, e eu estava bastante sem paciência para aguentar a estupidez de Irene. Sem acreditar em nada, Irene chora, acha que Lara está louca, e por mais que Lara dê detalhes, por mais que ela explique tudo, por mais que ela faça todo o sentido, Irene nega cada coisa e, de maneira nojenta, diz que suas acusações são monstruosas e a chama de irresponsável… “Lara, minha querida, você tá querendo me matar?” É vergonhoso como Irene tenta defender a Flora de qualquer maneira, dizendo que o que Lara está dizendo são “absurdos”, mas não porque não façam sentido – apenas porque ela não quer acreditar, porque não quer aceitar que ela se deixou enganar por tanto tempo.

Mas deixou.

Irene só vai começar a dar ouvidos para a Lara quando sai a autópsia do Gonzalo e elas descobrem que não há no seu corpo nenhum indício de que ele estava tomando os seus remédios. Então, Lara imediatamente diz que a Flora deve tê-los trocado, mas manda os remédios do avô para um laboratório, para provar o que está dizendo, e quando o resultado do laboratório diz que eles são feitos de farinha, Lara esfrega essa informação na cara de Irene: “Agora me diz, vó. Será que a senhora pode me dizer quem fez isso?” Mas isso ainda não é o suficiente, porque Irene seguirá em negação até ouvir toda a verdade da boca da própria Flora. Irene segue Lara para saber com quem ela está andando, e acaba a encontrando na casa do Zé Bob, com o Halley e com o Cassiano, e ela vê um porta-retratos de Lara com a Donatela – uma foto recente, com o novo cabelo.

Então Lara conta que a Donatela está viva.

Sinceramente, eu não vi necessidade nisso. Contar para a Irene podia ter sido O PIOR ERRO deles. Irene não acredita em nada, Irene detesta Donatela, Irene podia ir correndo contar para a Flora, para a polícia ou para os dois. E não existe isso de que “não tiveram opção”, porque ninguém era obrigado a mostrar para Irene o porta-retratos que estava na mão de Halley só porque ela “exigiu” que lhe mostrassem… Irene os chama de uma “gangue”, diz que querem derrubar a Flora e estão usando a Lara, e as coisas pioram muito quando a Donatela chega, sem saber o que vai encontrar em casa. O clima fica tenso, Irene grita, acusa, e não importa o que digam, Irene não acredita em nada. Ela até debocha, dizendo que “ela deve ser uma burra, uma estúpida” e um monte de outras coisas, para nunca ter percebido que a Flora não valia nada esse tempo todo.

E olha… pela primeira vez, eu concordei com a Dona Irene.

 

Para mais postagens de “A Favorita”, clique aqui.

 

Comentários