Lost 4x09 – The Shape of Things to Come
Mudaram-se as regras.
Repleto de
novas dúvidas, ação e mortes, “The Shape
of Things to Come”, exibido em 24 de abril de 2008, é um episódio
importante que vem para dizer que nas
coisas em “Lost” estão mudando… e ainda não é fácil de entender que rumos a
trama está tomando, embora tudo esteja se tornando visivelmente “maior” – e o
confronto de Benjamin Linus e Charles Widmore deve desempenhar um papel
importante nessa nova fase. O episódio traz flash
forwards de Ben, desde o momento em que ele misteriosamente “despertou no
Deserto do Saara” (isso ainda será retomado em algum momento) até o encontro
dele com Widmore, jurando que ele “se arrependeria por ‘ter mudado as regras’”,
e jurando vingança porque Charles lhe tirou alguém importante… não é o melhor
episódio da temporada, mas é um episódio intenso e muito bom de se acompanhar!
Infelizmente,
mesmo com todos os seus problemas de caráter, Ben é um personagem incrível de
se acompanhar… ele é maldoso, frio e manipulador, mas há algo fascinante na sua
inteligência e na maneira como inescrupulosamente ele sempre consegue o que quer – e talvez por isso a sua guerra contra
Charles Widmore seja tão acirrada: porque, pela primeira vez, ele não conseguiu
o que queria… no último episódio, Rousseau e Karl foram assassinados enquanto
tentavam chegar ao Templo, com Alex, e a garota foi capturada por um grupo que
descera do mesmo navio no qual Daniel Faraday e o restante chegara. A ideia é
usá-la como refém para invadir o acampamento no qual Ben e alguns sobreviventes
do Oceanic 815 estão morando e, quem sabe, conseguir atrair Ben… mas Ben sabe que nada os impede de matar
todos uma vez que ele se entregue.
O episódio
se torna um verdadeiro campo de guerra em busca de Benjamin Linus – e enquanto
pessoas morrem rapidamente, Sawyer se torna um “grande herói”, e é tão gostoso
assisti-lo! Sawyer é, certamente, um dos personagens que mais amadureceu durante “Lost”,
e é lindo vê-lo se importar tanto com as pessoas atualmente… quando Locke e Ben
estão dispostos a deixar Claire para trás, por exemplo, ele arrisca a própria
vida (milagrosamente desviando de balas que mataram figurantes sem nenhum
problema, mas tudo bem) para salvá-la, e depois corre com ela nos braços até um
lugar seguro. Mais tarde, quando ele resolve deixar Locke e Ben para trás, ele
também defende o Hurley lindamente, já que Locke e Ben não estão dispostos a
deixar que Hurley vá embora: eles
precisam dele para chegar à cabana de Jacob, e eles precisam de Jacob para lhes
dizer “o que fazer”.
Os flash forwards do episódio nos levam a
2005, algum tempo depois dos Oceanic 6 deixarem a ilha, e encontramos Ben indo
atrás de Sayid, pouco depois de Sayid ter perdido Nadia – e como sabemos,
graças ao flash forward do Sayid, que
no futuro ele estará trabalhando para Ben, então deduzimos que rumo a história
do episódio vai tomar… ainda assim, o episódio dá algumas dicas interessantes
do que está por vir, seja pela cena aparentemente inocente do Ben acordando
desorientado no meio do deserto, ou a cena em que ele confirma que estão em
2005, por exemplo, quando chega ao hotel na Tunísia, se passando por outra
pessoa. O encontro de Ben e Sayid é, como já era de se esperar, turbulento, e
novamente Ben consegue manipular
alguém para fazer exatamente o que ele quer… mesmo depois de Sayid ter certeza
de que jamais se venderia para ele.
Por fim,
vemos Ben em Londres, no quarto de Charles Widmore, dizendo que ele mudou as
regras e que ele pretende matar Penny, assim como ele matara Alex… a morte de
Alex é um pouco fria, rápida e revoltante, mas não surpreendente, tendo em
vista a morte de Rousseau e Karl no episódio anterior – e isso talvez tenha um
impacto na maneira como Benjamin Linus agirá de agora em diante? Afinal de
contas, ele fala sobre a tal “mudança da regra”, e vai a um lugar misterioso
que não vemos, mas do qual ele sai com um plano, pouco antes do Monstro de
Fumaça atacar… o monstro que foi
convocado por ele mesmo. Então, Ben sabe mais sobre o monstro e tem uma
relação mais estreita com ele do que jamais admitiu, e isso o torna ainda mais
assustador e mais perigoso. Afinal de
contas, nos perguntamos o que é que Ben não pode fazer?
Na praia, um
corpo é trazido pelas ondas – um corpo que Daniel e Charlotte reconhecem como o
do médico do cargueiro… a trama da praia é, novamente, uma grande provocação a
respeito da noção de que “‘quando’ é relativo”, até porque chegamos a uma
revelação importante: quando Daniel Faraday contata o barco para saber o que
acontecera com o médico, ele até tenta mentir sobre a resposta, mas Bernard,
que entende Código Morse, traduz a frase corretamente – e o pessoal do barco
está perguntando o que ele quer dizer
com isso, já que “o médico está bem”. A distorção
temporal já percebida parece ser mais grave do que se imaginava! E
precisamos explorar isso em detalhes ainda! Jack, no entanto, está mais
preocupado em saber se o pessoal do barco alguma vez realmente cogitou
resgatá-los, e Daniel responde com a verdade: “Não”.
Mas tudo
bem… só o Jack não tinha percebido isso ainda.
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