[Season Finale] The Lord of the Rings: The Rings of Power (Os Anéis de Poder) 1x08 – Alloyed
A forja dos primeiros Anéis.
Eu passei a
temporada inteira elogiando “O Senhor dos
Anéis: Os Anéis de Poder”, mas não sei se vou conseguir traduzir em
palavras o quanto esse episódio final
foi UMA CONCLUSÃO ÉPICA. “Alloyed” é
o episódio mais intenso e mais impactante da temporada, mesmo com as teorias
acertadas que foram levantadas em episódios anteriores conforme a trama se
desenhava, porque “fecha” muito bem o que é apenas a introdução de uma história maior… o universo da Terra-Média é, e
sempre foi, amplo, cheio de histórias e é preciso calma e tempo para
explorá-lo. Com uma ideia inicial de fazer “The
Rings of Power” em uma série de cinco temporadas, esse primeiro Season
Finale entrega coisas pelas quais ansiamos durante esses oito episódios, como a
revelação de Sauron e a forja dos primeiros Anéis de Poder – as coisas vão mudar na Terra-Média de agora
em diante.
Repleto de
momentos marcantes e, é claro, sempre com um visual impecável, “Alloyed” começa se divertindo com o
espectador, tentando nos fazer acreditar que o Estranho que foi ajudado pelos
Pés-Peludos durante toda a temporada é, na verdade, Sauron… descoberto pelas
“Nômades”, o Estranho é chamado de Sauron em sequências sombrias (“For you are Lord Sauron”), embora ele
não tenha ideia do que elas estão dizendo – ele não se lembra de nada a
respeito de si mesmo de antes de sua chegada à Terra-Média, e talvez elas
estejam certas a seu respeito… ou talvez não. Independentemente de quem seja, o
Estranho certamente demonstra um poder impressionante,
e eu adoro a maneira como as Nômades precisam tentar fazer com que ele se
acalme – infelizmente, as cenas são excessivamente
escuras, e essa é minha principal crítica a “Os Anéis de Poder”.
O Estranho
aceita a informação de que é, mesmo, Sauron – pelo menos até a chegada de Nori,
que não pensa deixá-lo para trás. Quando ele pede que ela vá embora, porque
“pode machucá-los novamente”, e fala sobre como “mostraram para ele quem ele
é”, Nori responde dizendo que ninguém pode lhe dizer quem ele realmente é: é
ele quem escolhe, através de suas atitudes, e ela sabe que ele está ali para ajudar. Então, quando o Estranho se levanta
“transformado” pelas palavras de Nori, é lindo ver o seu poder, a maneira como
enfrenta as Nômades e como fica evidente, inclusive para elas, que ele não é o
Sauron, mas o “outro”, o “Istar”, e ele se define: “I’m good”. Mais tarde, durante uma conversa com Nori, na qual
falam sobre ele ter sido chamado de “Istar”, ele diz que na língua dela isso
quer dizer “sábio” ou “mago”, e então sabemos quem ele é…
Como se não
bastasse, o Estranho repete uma fala de Gandalf sobre “seguir seu nariz”.
Ele é mesmo
O NOSSO GANDALF.
Ansioso para
ver mais dele na segunda temporada!
Em paralelo,
vemos Galadriel trazer Halbrand ferido depois de ser atingido por uma lâmina do
inimigo para ser curado, porque “ele precisa de ajuda élfica” e, uma vez que
está bem, vemos Halbrand se aproximar de Celebrimbor e “interferir” no que,
mais tarde, entenderemos como a forja dos
primeiros anéis… três joias que capturam a essência dos Valinor estão às
voltas entre os elfos, e é Halbrand quem faz um comentário a respeito de como,
nas suas terras, os poderes de joias como aquelas eram amplificados através da
combinação com outros metais – talvez essa seja a solução para os elfos que
estão perdendo a sua luz: eles precisam combinar as joias de Valinor com o
mithril dos Anões, e a forma circular é a ideal, permitindo que a luz continue
para sempre fluindo em um ciclo infinito. Tudo estava se encaminhando para a
forja dos anéis, mas Gil-galad não deposita esperanças nisso.
Felizmente,
temos Elrond, Celebrimbor e Galadriel.
Grande parte
do episódio também se dedica à tensão
entre Galadriel e Halbrand, conforme algo vai despertando em Galadriel e ela
vai percebendo que ele não é quem diz ser…
quando ela consegue uma comprovação de que ele
não pode ser um Rei das Terras do Sul, porque a linhagem acabou há muito
tempo, ela o confronta, perguntando seu verdadeiro nome e, no fundo, ela sabe
quem ele é – e, consequentemente, o que ela fez, trazendo-o de volta para a
Terra-Média e o inserindo de maneira tão presente nessa trama toda. Inclusive na forja dos Anéis. Halbrand
tenta, no início do confronto de Galadriel, manter seu personagem e continuar
mentindo, mas é claro o momento em que ele “muda”, deixando para trás sua
“fantasia”… há uma mudança de postura e de tom de voz quando ele fala sobre há
quanto tempo existe e como teve muitos nomes.
Sim, muito
se teorizou, durante a temporada, que Halbrand era, na verdade, o Sauron, mas
toda a sequência da revelação é, ainda assim, IMPACTANTE – “Os Anéis de Poder” conseguiu gerar suspense e tensão em uma revelação
que já era esperada por 90% do público, o que, a meu ver, é uma conquista e
tanto! Vemos Halbrand/Sauron entrar na mente de Galadriel, tentar seduzi-la
assumindo a forma do irmão, de volta no lugar de onde eles vieram, mas ela
consegue resistir… depois, Sauron a leva para a jangada onde eles se conheceram
e a história dos dois começou, e a tensão enfurecida naquele momento é de
arrepiar, enquanto ele tenta convencê-la a se juntar a ele e “reinar” ao seu
lado, para que, juntos, eles possam “salvar a Terra-Média”. Aquela virada na
câmera para mostrar o reflexo na água, revelando a verdadeira forma de Sauron…
WOW.
“Sauron lives because of you”
Definitivamente,
uma sequência DE TIRAR O FÔLEGO.
Tudo isso
promete intensas mudanças para uma segunda temporada de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”. Agora, sabemos quem é
Sauron, e vê-lo assumindo oficialmente sua posição de vilão, em Mordor, é algo
que pode render ótimos momentos… e a própria personagem de Galadriel deve
sofrer transformações, ao sentir-se culpada por ter “trazido o Sauron de
volta”, de certa maneira. O confronto dos dois na “jangada”, por mais breve que
seja, é um dos momentos mais intensos do episódio, e o grito de Sauron é o
suficiente para vermos que ele pode ser um vilão assustador, assim como o grito de Galadriel nos permite ter um
breve vislumbre, talvez, da Galadriel que vemos em “A Sociedade do Anel”. Embora ainda tenhamos muita história pela frente para que Galadriel se torne aquela que
Frodo vai conhecer em sua jornada.
Transtornada,
Galadriel se reúne com Elrond e com Celebrimbor para levar adiante o plano de
canalizar o poder das joias de Valinor e do mithril em um objeto pequeno – anéis. E é ela quem decide que serão
feitos três anéis (um anel corrompe, dois anéis dividem, três anéis
proporcionam equilíbrio), e que eles deverão ser tocados apenas por mãos élficas. Por ora. Afinal de contas, sabemos que
ainda teremos a forja dos Anéis dos Anões e dos Humanos, em algum momento do
futuro, como a música do final do episódio nos lembra – é de arrepiar! Toda a
sequência da forja dos três primeiros anéis é lindíssima… emocionante,
significativa e poética, tem uma trilha sonora envolvente, um visual de tirar o
fôlego e a presença e os olhares de Galadriel, Celebrimbor e Elrond… um dos
momentos mais épicos da série e que certamente gritam “O Senhor dos Anéis”.
Mal posso
esperar por mais. As próximas temporadas têm tudo para ser um sucesso!
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