The Lord of the Rings: The Rings of Power (Os Anéis de Poder) 1x05 – Partings
“Did the
Dwarves find the oar or not?”
Sempre
visualmente impecável, “Os Anéis de Poder”
segue fascinando a cada episódio – e é incrível estar na Terra-Média novamente.
“Partings”, o quinto episódio da
série, levanta algumas dúvidas, além de manter as dúvidas antigas (dentre as
novas, nos perguntamos o que Halbrand quis dizer com “coisas terríveis” que
fizera; dentre as antigas, ainda estamos muito curiosos para saber quem é o
“Estranho” que caiu do céu e foi achado pelos Pés-Peludos), e tem um ritmo
calmo e, ainda assim, intenso, que combina demais com o universo de “O Senhor dos Anéis”. Enquanto uma
guerra nas Terras do Sul parece iminente e diferentes frentes se organizam para
o que está por vir, eu continuo mais vidrado no plot protagonizado por Elrond e Durin IV do que em qualquer outro
(em parte porque Arondir não teve tempo de tela o suficiente, queria mais
dele!).
Achei que
teríamos mais do Estranho e dos Pés-Peludos, especialmente depois de eles terem
estado ausentes do episódio anterior… ainda que tenhamos tido menos cenas do que eu imaginei, as cenas
do Estranho com Nori foram excelentes – destaco a conversa na qual ela ensina a
ele o seu idioma, e a música que ela cantou, que foi fortíssima e me passou a
sensação de “O Senhor dos Anéis” mais
do que nunca! Gosto de como o “Estranho”, como o conhecemos, é um grande
mistério: seguido por pessoas poderosas, ele certamente é uma figura importante
para a história, mas não sei se quero apostar todas minhas fichas em Gandalf
ainda… tenho medo de ser muito óbvio
e a série estar tentando nos enganar. De um jeito ou de outro, eu adorei a cena em que ele cura o próprio
braço, mesmo que aquilo tenha causado susto e medo em Nori.
Também
acompanhamos um pouco de Adar e dos orcs que o seguem, e talvez a cena mais
importante dessa parte da trama tenha vindo quando um grupo jura lealdade a
Sauron, e tentamos entender a reação de Adar… assim como o Estranho pode não
ser Gandalf, eu acredito que Adar não deve ser Sauron, por uma questão de
obviedade – de todo modo, o reino de terror está forte, e a guerra no Sul
promete ser sangrenta… o pouco que vemos de Arondir é em paralelo às cenas de
Adar, enquanto um exército de elfos e humanos se preparam para lutar contra as
ameaças do mal. Destaque para as cenas de Arondir com Theo, o filho de Bronwyn,
e a descoberta da espada que Theo carrega, com a marca de Sauron, que pode ser
a chave para algo importante e misterioso… curioso para ver como “Os Anéis de Poder” explorará isso de
agora em diante.
“Partings” também traz, enfim, a
partida de Númenor, que se divide em duas histórias: de um lado, vemos Isildur
tentar convencer o pai a incorporá-lo na missão que acompanhará Galadriel de
volta até a Terra-Média e à guerra contra Sauron nas Terras do Sul, mas ele foi
expulso, propositalmente, da Guarda do Mar, então retornar não é a coisa mais
fácil do mundo… embora Isildur tenha um plano; de outro, vemos Galadriel tentar
convencer Halbrand a acompanhá-los, mesmo que ele não tenha nenhum interesse no
peso da coroa que pode ter que carregar se voltar para aquele lugar – Halbrand
só queria recomeçar sua vida como um ferreiro em Númenor, não reassumir a sua
posição de rei. O episódio termina com a partida de Númenor em navios que
simbolizam a aliança reestabelecida, depois de tanto tempo, entre humanos e
elfos.
A melhor
parte do episódio, no entanto, fica para Elrond e Durin IV, porque eu adoro a
amizade deles e todas as cenas que eles compartilham… no episódio passado, eles
deixaram Khazad-dûm e, agora, se veem em Lindon, a terra dos elfos, onde tanto
Durin IV quanto o próprio Elrond vão descobrir por que o elfo foi enviado a Khazad-dûm em primeiro lugar – não
era, como se imaginava, uma visita cordial apenas pela amizade deles, mas uma
visita de negócios: há algo que os elfos
querem dos anões, e Elrond sabe o que é, porque Durin compartilhou com ele esse
segredo. Gil-galad conta a Elrond, em uma conversa reveladora, que a árvore
de Lindon está morrendo, e a luz da
Silmaril perdida pode salvá-los… mithril,
o novo minério que os anões descobriram recentemente. A história da origem
do mithril é uma das sequências mais bonitas do episódio!
Elrond, no
entanto, fez um juramento a Durin de que guardaria o seu segredo – e ele não
pretende quebrá-lo, por mais que seja pressionado a fazê-lo. Desde o início de “Os Anéis de Poder” que a amizade de
Elrond e Durin tem me chamado a atenção, e a honra de Elrond é lindíssima: ele
sabe que do mithril depende o futuro da raça élfica, mas ele não vai trair o
seu amigo e o seu juramento para salvá-los… por isso, ele escolhe conversar diretamente com Durin e deixar
a decisão com ele: ele entrega nas mãos do seu amigo o futuro da raça élfica, e
essa é a maior demonstração de respeito e de amizade que Elrond poderia dar.
Agora, embora Durin IV tenha resolvido ajudar, entregar o mithril aos elfos não é uma decisão que cabe apenas a ele,
e convencer o pai pode não ser tão simples assim. Curioso pelo retorno a
Khazad-dûm e mais do mithril!
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