Vale o Piloto? – The Winchesters 1x01 – Pilot
“Saving
people, hunting things. I was born to do this”
Durante
muito tempo, tentou-se emplacar um spin-off
de “Supernatural” que pudesse
continuar rendendo à CW quando uma de suas séries mais populares chegasse ao
fim – nenhum deles teve êxito em ser tirado do papel. Durante as temporadas
finais de “Supernatural”, alguns backdoor pilots foram testados, nenhum
aprovado para série. Com o fim da série protagonizada por Sam e Dean
Winchester, no fim de 2020, agora finalmente um spin-off foi aprovado, e com uma ideia interessante: “The Winchesters”, ambientada na década
de 1970, visa contar a história de como John Winchester e Mary Campbell se
conheceram, se apaixonaram, caçaram monstros e salvaram pessoas juntos… com
narração (e até uma pequena aparição) de Jensen Ackles reprisando o seu papel
de 15 anos como Dean Winchester, o Pilot de “The Winchesters” foi bem bacana!
Gostei muito
do tom da série, e de como ela consegue ser nostálgica ao mesmo tempo em que
tenta contar uma nova história…
detalhes que apareceram num estágio avançado de “Supernatural” já são incluídos na base de “The Winchesters”, como a existência dos Homens das Letras, mas,
ainda assim, tudo parece muito menos meglomaníaco do que as grandes histórias
apocalípticas que Sam e Dean protagonizavam nos últimos anos de “Supernatural”, sendo avatares de uma
luta muito maior do que eles. “The Winchesters” tem o gostinho daquelas
temporadas iniciais de “Supernatural”,
com caçadores caçando monstros, enfrentando demônios, fazendo exorcismos em
latim… e foi muito gostoso acompanhar isso. E acho que o John Winchester de
Drake Rodger e a Mary Campbell de Meg Donnelly são personagens promissores.
O episódio
começa com John retornando da guerra depois de dois anos, e seu caminho cruza o
de Mary na porta de um cinema, e talvez eu seja um grande apaixonado ou algo assim, porque eu gostei da química que
eles compartilham desde o primeiro momento – é uma boa interação inicial, um
bom diálogo, e ficamos esperando quando os caminhos deles vão se encontrar
novamente… e o romance nunca foi uma peça tão fundamental em “Supernatural” (a não ser que contemos,
é claro, a relação de Dean e Castiel, mas enfim). John e Mary se encontram
novamente quando John vai a um endereço indicado em uma carta deixada por seu
pai, e Mary está por perto investigando algo, e aparece a tempo de salvar John
de um demônio, socando-o e o jogando em uma piscina de água benta, antes de
fazer um exorcismo clássico desse universo…
Ali, eu já
estava envolvidíssimo.
A
proximidade inicial de Mary e John, então, é gerada pela busca de ambos por respostas. John está tentando entender por que o pai os abandonou, depois de 15
anos sem vê-lo, e Mary está procurando o próprio pai, Samuel, que está
desaparecido… e por mais que seja um mundo cheio de novidades e, claramente, de
perigos, John acaba se envolvendo – não (apenas) porque está encantado por
Mary, que causa uma primeira impressão forte,
mas porque ele pode estar finalmente prestes a descobrir informações que sempre
quisera do pai… como quando encontra um armário com seu nome na sede dos Homens
das Letras. O pai era um caçador,
exatamente como a família de Mary. E por mais que Mary tente afastar John e
mantê-lo em segurança, ele é bom em encontrar pessoas e vai até ela… e eu
preciso dizer: eu achei o John Winchester
encantador.
A carinha de
Drake Rodger e o ânimo visível de John ajudam.
“The Winchesters” também apresenta
outros personagens interessantes que diferem do núcleo central de “Supernatural”: se tínhamos, na série
original, uma história protagonizada por uma dupla de irmãos caçadores (mesmo
que tivéssemos, por exemplo, Castiel fazendo parte de um grande número de
episódios em algumas das temporadas), dessa vez veremos um grupo de caçadores trabalhando juntos… e cada um com sua
habilidade. Latika, por exemplo, não é a personagem do confronto direto, mas ela é o cérebro da operação, e foi lindo ver
como ela consegue desvendar o segredo da caixa para prender monstros; e Carlos,
que tem tudo para ser um personagem
interessantíssimo, e que tem a estreia no episódio em uma sequência maravilhosa
e divertida na qual ajuda John e Mary contra um demônio e guia John através do
seu primeiro exorcismo.
É um grupo
com uma dinâmica bacana, e eles têm já uma primeira missão interessante que é
importante para trazer John Winchester oficialmente para esse mundo de caçada –
ele tomou a decisão de que faria a mesma
coisa que o pai fazia e se juntou a Mary e os demais na caçada, mas ele não
é oficialmente um caçador, acredito, até que tenha enfrentado sozinho um monstro em uma situação de
vida ou morte e tenha vencido… e, bem, é justamente isso o que o Piloto traz
para John, enquanto Mary, Carlos e Latika enfrentam, em outra parte, um demônio
que estava possuindo Ada Monroe, uma personagem recorrente que também promete
ser importante, e que fala sobre um “grande perigo” que eles precisarão
enfrentar… “The Winchesters” tem um
bom começo, a trama da temporada é encaminhada e é interessante. Vou continuar?
Provavelmente não… estou tentando não me envolver com séries da CW de mil
temporadas e mais de 20 episódios em cada uma…
Mas gostei
bastante! Uma pena que as temporadas sejam tão longas.
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