Lost 4x13 – There’s No Place Like Home: Part 2

“Lie to them, Jack”

As peças começando a se encaixar para um dos meus Season Finales favoritos em “Lost” – com menos flash forwards do que a primeira parte do episódio, a segunda parte de “There’s no Place Like Home” introduziu uma pergunta importante no futuro (QUEM É JEREMY BENTHAM?!), que está prestes a ser respondida, mas focou, principalmente, na ilha, lentamente reunindo aqueles que se tornarão os Oceanic Six. Se a primeira parte foi angustiante por estar cada um em um lugar (Sun e Aaron no cargueiro, Jack no meio da mata, Hurley na Estação Orquídea com Ben e Locke, Kate e Sayid capturados pelos Outros), essa segunda parte é reconfortante por vermos o grupo lentamente se juntar… mas ainda estamos apreensivos pelo que quer que esteja por vir, já que Kate comenta, no futuro, sobre “as coisas horríveis que aconteceram no dia em que partiram”.

Temos um salto grande nos flash forwards desse episódio… ao invés de seguirmos a linha do tempo do último episódio, depois do retorno dos Oceanic Six, pulamos para a sequência do primeiro flash forward apresentado, ainda no fim da terceira temporada, quando Jack está acabado e, quando consegue finalmente falar com Kate, diz que “eles precisam voltar”. Também é reintroduzida, então, a trama do funeral que foi o início dessas pequenas “espiadas no futuro”, e agora a pessoa que está dentro daquele caixão finalmente ganha um nome, embora não seja um nome conhecido ainda: Jeremy Bentham. De todo modo, o ouvimos ser mencionado em cenas do futuro, com destaque àquela que traz o Walt de volta, três anos depois de os Oceanic Six terem saído da ilha, quando ele vai até o hospital psiquiátrico no qual o Hurley está para visitá-lo.

Kate e Sayid fazem um acordo com Richard e os Outros: eles ajudam a soltar o Ben e, em troca, eles podem usar o helicóptero para sair da ilha… isso gera uma das melhores cenas do episódio, com destaque para o confronto de Sayid e Keamy, além de garantir a “passagem de saída” para alguns sobreviventes… enquanto isso, Sayid e Jack finalmente chegam à Estação Orquídea, para “resgatar” o Hurley, enquanto Locke tem seus próprios planos – afinal de contas, ele descobriu que precisa “mover a ilha”. Locke e Jack têm uma conversa importante que nos remete às cenas que vimos no futuro: Locke tenta convencer Jack, uma última vez, de que ele não deve sair da ilha, e que isso não será algo bom, mas como Jack está decidido a não mudar de opinião, Locke pede que ele minta sobre tudo o que aconteceu ali, para “protegê-la”. E embora Jack diga que não o fará, sabemos que ele o fez…

Por quê?!

O grupo que pretende fugir no helicóptero pilotado por Frank é formado, então, por alguns dos Oceanic Six (Jack, Kate, Sayid, Hurley) e Sawyer… e o episódio já mostra o porquê de Sawyer não ser, por fim, um dos que saíram: quando não é certo se o helicóptero vai chegar até o cargueiro, porque está perdendo muito combustível por causa de um tiro que provavelmente acertou o tanque, eles começam a jogar no mar tudo o que é desnecessário, mas isso não parece ser o suficiente para garantir que eles chegarão em segurança até o cargueiro… para que não precisem voltar e garantam a saída de pelo menos alguns, Sawyer se despede de Kate com um beijo apaixonado e um pedido, e então se joga no mar, coroando, por fim, a grande mudança e amadurecimento do personagem… é impressionante ver o quanto Sawyer cresceu e o quanto se importa com os demais agora!

Chegar ao cargueiro, no entanto, pode não ser necessariamente a melhor das opções… afinal de contas, eles já descobriram uma sala cheia de explosivos que vai ser acionada à distância – eles não sabem quando, eles não sabem por quem… mas eles sabem que, quando isso acontecer, não vai sobrar ninguém vivo no cargueiro. Então, Desmond, Michael e Jin trabalham em grupo para tentar desativar a bomba ou retardá-la, quando a luz vermelha se acender, mas eles não têm certeza de que poderão, de fato, contê-la. E se não puderem, talvez a única alternativa seja evacuar o barco… enquanto isso, Desmond continua levando pessoas em viagens curtas da ilha até o barco, sabendo que está chegando a sua última viagem. Quando ele tenta levar Miles e Charlotte, com ele, os dois decidem ficar: Charlotte porque, aparentemente, não vai sair depois de ter conseguido “voltar” para lá.

Os motivos de Miles ainda são incertos.

Por fim, temos uma narrativa curiosa na Estação Orquídea – porque EU SEMPRE ADORO OS VÍDEOS DE ORIENTAÇÃO DA DHARMA. Isso aparece pela primeira vez na segunda temporada de “Lost”, e são sempre interessantes de se acompanhar… dessa vez, o cientista que toda vez se apresenta com um nome diferente, está falando sobre um “cofre” e mais um experimento que realizam naquele lugar, e que tem a ver com viagem no tempo. Essa é apenas a introdução de um dos elementos mais importantes na condução da história da quinta temporada – e eu mal posso esperar para ver mais disso! Locke e Ben, no entanto, precisam lidar com uma “visita” antes que Ben possa continuar com o seu plano de “mover a ilha”, seja lá o que isso quer dizer: Keamy. E, quando Ben o ataca por ter matado Alex, o sinal que aciona a bomba no cargueiro é enviado…

“You just killed everybody on that boat”

“So?”

 

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