Lost 5x01 – Because You Left
“Whatever
happened, happened”
EU ADORO A
QUINTA TEMPORADA DE “LOST” – e
comecei a reassistir a série apaixonando-me novamente a cada episódio, mas
esperando pelo momento em que estaria justamente onde estou agora: com a ilha saltando no tempo, enquanto
alguns detalhes se conectam… o episódio já começa maravilhoso, lá na época em que a Iniciativa Dharma ainda existia e
os vídeos de orientação das Estações estavam sendo gravados (!), e vemos Chang
impedir que uma perfuração continue, porque o tipo de energia do outro lado
daquela parede é forte e perigosa e, se manipulada corretamente, pode permitir
que “eles controlem o tempo” – o que, é claro, não é levado muito a sério por
ninguém, e é irônico ouvir a fala daquele funcionário da Dharma debochando da possibilidade de viagem no
tempo e fazendo um comentário justamente com o nosso querido Daniel Faraday…
Lá na década de 1970.
“Did you hear that? Time travel. How stupid that guy thinks we are?”
Sempre fui
apaixonado pela temática de VIAGEM NO TEMPO, por isso a quinta temporada de “Lost” me fascina tanto – e porque a
maneira como a série trabalha a viagem no tempo é muito inteligente. Enquanto
crescia, filmes de viagem no tempo, como “De
Volta Para o Futuro” e “Efeito
Borboleta” sempre me chamaram atenção, e eu comecei “Lost”, como todo mundo na época, sem imaginar que entraríamos nessa temática, e é uma surpresa incrível.
Daniel Faraday é quem explica um pouco da teoria de viagem no tempo utilizada
na série, e trabalhamos, aqui, com a teoria do passado imutável, que ainda não
é isenta da possibilidade de paradoxos, mas é, para mim, a teoria que mais faz sentido e que mais seria
possível na realidade… durante todo o episódio, Daniel Faraday está explicando
que “o que quer que tenha acontecido, aconteceu”, e isso vai ser
importantíssimo.
Embora os personagens não o escutem.
Foi muito
mais legal acompanhar a ilha saltando no tempo do que, é claro, a jornada dos
Oceanic Six do lado de fora da ilha, três anos depois de eles terem partido… agora,
começando o movimento para, quem sabe, retornar. Jack está trabalhando com Ben
Linus, enquanto eles começam a falar sobre “recrutar” todos que saíram para que
possam voltar, juntos. Hurley foi retirado do hospital psiquiátrico onde estava
internado no fim da temporada passada, e está agora com Sayid, que está mais
assustador do que nunca, depois de tudo o que ele enfrentou depois de ter
deixado a ilha. Kate, por sua vez, está sendo procurada porque querem um exame
de DNA para provar a sua relação com Aaron, a pedido de um “cliente
misterioso”, então ela decide fugir com o filho. E Sun, por fim, está sendo
abordada em um aeroporto pelo temível Sr. Widmore.
Na ilha,
retornamos para o momento do primeiro clarão, e começamos a explorar o que está
acontecendo… confusos, alguns dos sobreviventes se encontram na praia, e Rose e
Bernard aparecem com uma informação assustadora: o acampamento da praia desapareceu – ou, como Daniel Faraday
explica, não desapareceu, na verdade ele ainda não foi construído (“Your camp isn’t gone. It hasn’t been
built yet”). Daniel passou toda sua vida adulta estudando o
espaço-tempo, e embora ele não queira parar e ficar explicando tudo para
Sawyer, porque eles precisam fazer alguma
coisa, ele acaba sendo obrigado a explicar e o faz de uma maneira bem breve
e bastante clara: é como se a ilha fosse um disco rodando em um toca-discos…
mas, nesse momento, o disco está pulando. E vai continuar pulando até que
alguém ou alguma coisa o faça parar.
Foi
interessante acompanhar os saltos a partir da perspectiva de John Locke, que vê
algumas coisas acontecendo na prática e nem precisa das explicações do meu
físico favorito… depois do primeiro clarão, quando os habitantes da ilha estão
em algum momento antes da queda do
Oceanic 815, Locke vê um avião pequeno cair na ilha e, ao segui-lo, vê que
se trata do avião dos contrabandistas… enquanto tenta subir até o avião, ele é
impedido por um tiro na perna que vem de ninguém menos que de Ethan (!), que
teria matado John Locke se a ilha não tivesse voltado a saltar… dessa vez, para
algum momento depois da queda do Oceanic
815, porque o avião nigeriano já está no chão e, portanto, Boone já está
morto. Ali, Richard aparece para ajudar Locke com o ferimento de bala na perna
porque, aparentemente, “Locke pediu que ele viesse ajudá-lo”.
Eventualmente, veremos o Locke em algum
momento antes daquele, contando a Richard.
EU ADORO
VIAGEM NO TEMPO!
O grupo
liderado por Daniel Faraday (e eu fico muito empolgado com o fato de que o
personagem cresce muito nessa temporada!) tenta chegar até alguma construção
humana, algo que possa lhes dar alguma dica
sobre em que época estão, mas, depois do primeiro clarão, eles não conseguem
chegar até a escotilha, já que Daniel precisa parar para explicar para um
Sawyer inquieto um pouco do que está acontecendo… eles chegam à escotilha
depois do segundo clarão, então, que é a época do avião nigeriano no chão,
depois da morte de Boone, e, como descobrimos, também depois da explosão da escotilha – ou seja, depois
do fim da segunda temporada de “Lost”.
Enquanto conversam sobre a escotilha, então, um novo clarão os leva para o
ponto mais interessante dessa sua primeira jornada: para um momento antes da escotilha ser descoberta.
É aqui que
as coisas começam de fato… Sawyer corre até a outra entrada da escotilha e bate
à porta, e eu entendo perfeitamente o que ele está fazendo: ele quer que
Desmond abra a porta, porque ele sabe que tem comida, roupas e remédios lá
dentro, e ele não pretende começar tudo
do zero… mas eu também entendo o Daniel, tentando explicar para ele que não adianta ele tentar fazer com que Desmond
abra a porta, porque se quando Sawyer viu o Desmond pela primeira vez,
Desmond não o conhecia, isso quer dizer que Desmond não o viu antes e,
portanto, não pode vê-lo naquele momento – whatever
happened, happened. Mas Daniel Faraday pode passar a temporada inteira
insistindo nisso, que Sawyer vai passar a temporada inteira acreditando que ele
pode mudar o passado… esse vai ser o plot
principal da temporada, eventualmente.
Mas embora
Desmond não conheça o Sawyer, talvez ele conheça o Daniel – por isso, talvez
Daniel tenha uma chance… até porque as regras nunca se aplicaram muito bem a
Desmond. Então, depois que todos partem de volta para a praia, Daniel bate
novamente na porta da escotilha e consegue ter uma conversa rápida com Desmond,
pedindo que ele vá para Oxford, de volta para
o lugar onde eles se conheceram (naquele EXCELENTE episódio da quarta
temporada, “The Constant”), e procure
sua mãe… mas Daniel não consegue contar o nome da mãe antes de outro clarão
levá-lo novamente, para qualquer ponto do tempo. Mas seu plano funcionou: três
anos depois de sair da ilha, dormindo ao lado de Penny, Desmond tem um sonho
“estranho” que ele imediatamente se dá conta de se tratar de uma memória… seus amigos precisam de ajuda, e só ele pode
ajudá-los.
Então, é hora de partir para Oxford!
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