Lost 5x03 – Jughead
1954.
Não existe
um episódio de “Lost” centrado em
Desmond Hume que não seja bom – e quando esse protagonismo é dividido com
Daniel Faraday, então, que dupla fantástica! Na temporada passada, Desmond e
Daniel protagonizaram “The Constant”,
que segue sendo, para mim, um dos melhores episódios de “Lost”, se não o melhor, e, agora, vemos novamente essa dupla –
ainda que Desmond e Daniel não compartilhem nenhuma cena de “Jughead” (exibido em 28 de janeiro de
2009), são os dois que guiam a narrativa de todo o episódio em duas histórias
paralelas interessantíssimas: de um lado, vemos Desmond Hume conduzir a parte
da narrativa fora da ilha, em 2007,
em busca da mãe de Daniel, conforme ele pedira em “sonho”; de outro, vemos
Daniel Faraday conduzir a narrativa que acontece na ilha, e que agora descobrimos que se passa em 1954.
E são tantos
detalhes em “Jughead”, tantas coisas
plantadas e que mal podemos esperar para serem desenvolvidas e/ou oficialmente
“reveladas”. Desde que despertara de um sonho com Daniel Faraday na época em
que ele estava dentro da escotilha apertando o botão a cada 108 minutos,
Desmond quer fazer o que Daniel pedira em seu sonho/memória: encontrar sua mãe. Desmond não entende
como, não entende por que não se
lembrava disso antes, mas ele sabe que aquela conversa com Daniel é real e
aconteceu de verdade, e que se Daniel
dissera que os amigos estão correndo perigo e apenas ele pode ajudá-los,
encontrando sua mãe, então ele precisa fazer algo… a quinta temporada de “Lost” está expandindo ainda mais os
seus horizontes e enriquecendo a mitologia da série nos mostrando que sempre tem algo que não sabemos
acontecendo.
Eu entendo
perfeitamente a Penny tentando pedir um pouco de juízo ao Desmond, até porque agora eles têm um filhinho (que se
chama Charlie!), mas Desmond também é tão
bom que ele precisa tentar ajudar Daniel e os demais… isso o leva de volta
para o Reino Unido e, consequentemente, de volta para perto do Sr. Widmore, de
quem ele e Penny vêm se esquivando com competência há 3 anos… a investigação de
Desmond o leva de volta a Oxford, em busca de Daniel Faraday, revela que Daniel
foi “apagado” da história de Oxford depois que alguma coisa aconteceu e uma
garota ficou muito doente por culpa dele, e Desmond descobre que quem
financiava as pesquisas que Daniel fazia em Oxford há 10 anos era O PRÓPRIO SR.
WIDMORE. Por isso, ele deveria ter informações a respeito da mãe de Daniel,
não? Mas ele só diz que ela está em Los
Angeles.
E que não vai ficar feliz com sua visita.
Adoro esse plot todo!
Na ilha,
estamos em 1954, e conhecemos os Outros dessa época, o que nos rende algumas
tramas inesperadas e muito boas – de um lado, acompanhamos enquanto Locke,
Sawyer e Juliet tentam arrancar informações de dois prisioneiros; de outro,
acompanhamos Daniel, Charlotte e Miles feitos
prisioneiros, mas Daniel consegue salvar a vida deles, enquanto eles esperam
pelo próximo clarão, que pode acontecer nos próximos 5 minutos ou em 5.000 anos
para tirá-los dali, falando sobre uma bomba de hidrogênio que ele supõe que esteja lá, e que ele diz que
poderia desarmar… então, ele é levado até a bomba, Jughead, que é muito maior do que ele imaginava, e ele
diz à garota que o acompanha que eles precisam enterrá-la, e que acredita que
isso vai dar certo porque, a 50 anos dali, de onde ele e os amigos vêm, a ilha continua lá, sem nenhuma explosão de
bomba atômica.
Locke, por
sua vez, aproveita a prisão de Outros da década de 1950 para chegar até o
acampamento e tentar conseguir respostas de Richard Alpert – ele simplesmente
chega gritando por Richard, e ganha sua atenção quando diz que “foi enviado por
Jacob”. Toda a trama de Locke é interessante, porque ele diz que precisa saber como sair da ilha, porque tem algo importante para fazer do lado de
fora, e que no futuro será o líder dos Outros, o que Richard não entende
direito, dizendo que o processo de escolha dos seus líderes é algo demorado e
que normalmente é acompanhado desde que
eles são muito jovens… vale lembrar que Richard estava presente no dia em que John Locke nasceu, e de fato o
visitou na infância, sem o resultado esperado, então isso tudo quer dizer que a
única coisa que apontou Richard na direção de John Locke foi o próprio John
Locke?
SENSACIONAL
“Whatever happened, happened”.
A sequência
final da ilha também traz uma revelação importante e inusitada: o jovem que John Locke deixou escapar para
que ele os levasse até o acampamento dos Outros é O PRÓPRIO CHARLES WIDMORE.
Conforme toda essa trama se torna mais complexa e interessante, descobrimos que
o temível Sr. Widmore não só já esteve na ilha no passado, mas esteve lá em sua
juventude, como um Outro… e ainda temos muita coisa a se explorar aí, eu amo
essa fase toda de “Lost”. Finalmente,
um novo clarão acontece, e os viajantes do tempo são levados novamente para
algum outro lugar – e o episódio ainda não nos revela se é mais para o passado
ou se é para o futuro, mas esses clarões sempre
nos trazem alguns momentos importantes, é um excelente recurso de “Lost”, e bem diferente de como a série
estava acostumada a contar história.
E, como eu
sempre digo: eu amo. Amo a quinta temporada de “Lost”.
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