Manifest 4x04 – Go-Around

The Divine Consciousness.

Estava tendo um pouquinho de dificuldade com essa temporada de “Manifest”, confesso – mas esse quarto episódio foi o que eu mais gostei até aqui… talvez porque a história do Chamado de Michaela a fazendo encontrar Kyle, um passageiro do Voo 828 que nunca se apresentou no Registro, para os encontros mensais aos quais os 828ers são obrigados a ir e responder perguntas, tenha sido muito bonita, ou talvez porque ganhamos sequências muito legais de Cal e Olive, que são uma dupla formidável, ou mesmo porque finalmente tivemos algumas “respostas”, embora elas sejam diferentes do que eu tinha antecipado quando comecei a assistir “Manifest”, lá na primeira temporada. Por um motivo ou por outro, senti que “Go-Around” foi o episódio mais empolgante da quarta temporada até aqui, e começo a ficar mais confiante com o que vem pela frente.

No último episódio, Eagan compartilhou um Chamado com Ben e com Eden – e ele sabe que, agora, ele pode usar isso para sair da cadeia… afinal de contas, não há nada que Ben Stone queira mais do que encontrar a filha, e ele vai fazer qualquer coisa para conseguir isso. Embora a transformação de Ben seja plenamente compreensível, com tudo o que ele sofreu no fim da temporada passada, ainda é um pouco chocante perceber esse lado que parece quase egoísta dele, e a sua interação com Vance nesse episódio destaca isso particularmente… então, quando acredita ter conseguido o que quer, Ben tenta se “redimir” com Vance escolhendo não o colocar em perigo mais uma vez, e por mais que talvez ele esteja mais perto de reencontrar Eden do que nunca, o que busca incessantemente há dois anos, ele também se coloca em perigo ao não avisar ninguém de para onde está indo.

A trama de Michaela, por sua vez, a leva até Shinnecock, onde ela conhece Kyle – preciso dizer que esse foi um dos Chamados mais bonitos de “Manifest”, visualmente falando, e a trama também tem um bom desenvolvimento, porque vemos Michaela ajudando Kyle a se reconectar com a mãe, que está doente há muito tempo… lembrando de Evie e de como aprendeu que é importante “estar com as pessoas que se ama enquanto elas ainda estão aqui”, Mick resolve ajudar Kyle a visitar a mãe, para que ele não cometa o mesmo erro que ela, e são cenas emocionantes. Michaela não sabe como Kyle vai ajudá-la, mas o seu gesto é altruísta, e talvez o Chamado a tenha levado até ele para que ele fosse ajudado – mas ele lhe dá um cobertor de presente, um cobertor que é a última peça do quebra-cabeças que Cal e Olive estão montando o episódio todo.

O grande destaque de “Go-Around”, para mim, é facilmente as cenas de Cal e Olive – dois personagens muito bons. O breve flashback nos mostra a dificuldade da relação deles logo que Cal retornou, e são cenas de partir o coração, mas felizmente ganhamos toda uma sequência muito fofa dos dois trabalhando juntos… Cal está tentando entender o que Fiona dissera, agora que ele se lembra do que aconteceu depois de tocar a cauda do avião, mas não sabe o que significa isso de “ele já ter a resposta”. Olive o ajuda, juntando evidências e conclusões, como fazia bastante na temporada anterior, e eu sempre adorei – agora, com Cal, ficou mais legal ainda. E então, quando o cobertor de Kyle aparece, Cal vê tudo brilhar exatamente como brilhara do lado de fora do avião durante a “tempestade” e ele entende tudo, sabe o que aconteceu com o avião, sabe onde estiveram…

Eles estiveram dentro daquela luz.

 

“That’s where we were: inside the glow. […] I know where the plane was for five and a half years… we were in the Divine Consciousness”

 

A CONSCIÊNCIA DIVINA.

Vamos ver como a temporada desenvolve isso!

 

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