[Season Finale] Lost 4x14 – There’s No Place Like Home: Part 3

“All of you have to go back”

EU ADORO ESSE SEASON FINALE DE “LOST” – e, embora traga, sim, uma série de dúvidas em relação à próxima temporada e novos mistérios para a grande conta da série, a terceira parte de “There’s No Place Like Home” é um episódio muito redondinho que vai preenchendo lacunas de maneira inteligente, ao mesmo tempo em que, de certa maneira, consolida algumas mudanças no rumo da série, e entrega alguns momentos perfeitamente emocionantes, quiçá alguns dos momentos mais emocionantes de “Lost”. Para mim, “There’s No Place Like Home: Part 3” é um Season Finale bem diferente dos demais por ser, justamente, um episódio de momentos distintos: histórias e ciclos que vão se fechando para abrir espaço para novos, deixando os espectadores divididos entre um coração apertado e uma angústia gostosa causada pela curiosidade.

No fim do episódio anterior, Ben atacara Keamy e a sua morte, agora, causa o acionamento da bomba que vai explodir o cargueiro no qual as pessoas esperavam ser resgatadas… são poucos minutos apressados e nervosos quando o helicóptero pousa, trazendo alguns dos que futuramente se tornarão os Oceanic Six, mesmo sob os protestos de Desmond que os manda voltar para a ilha por causa da bomba… eles precisam cobrir os buracos no tanque de combustível e reabastecer. E fazer isso em minutos. E é aqui que ganhamos algumas das cenas mais tristes, revoltantes e emocionantes do episódio, quando Michael assume o controle da bomba por mais alguns poucos minutos e manda o Jin correr, porque “agora ele é pai”, mas embora Jin corra escadas acima, depois de agradecer Michael (um fechamento legal para os dois!), ele não consegue chegar no helicóptero.

Eu já disse VÁRIAS vezes que Sun e Jin são dois dos meus personagens favoritos em “Lost”. Eu os amo de todo o coração! Por isso é tão angustiante ver essa separação dolorosa e cruel deles, ainda mais com o Jin tendo chegado poucos segundos depois da decolagem do helicóptero e estar ali, acenando e gritando, e a Sun acreditando que o Jin morreu na explosão do cargueiro – os gritos de Sun são de partir o coração… que atuação, que entrega, que emoção, que sofrimento. Senti toda sua dor. E, nisso tudo, passei muita raiva do Jack – o que não é lá uma grande novidade. Passei raiva com ele impedindo a Kate de ir atrás do Jin (preciso dizer que o Sawyer jamais agiria daquela maneira, jamais deixaria alguém para trás voluntariamente), e acho que ainda mais raiva com ele gritando com a Sun no helicóptero, dizendo que “o Jin se foi”.

Sério, que direito ele tinha?!

Sawyer, por sua vez, volta nadando para a praia, depois de ter saltado do helicóptero, e ele e Juliet bebem enquanto veem a fumaça do que fora o cargueiro que os “resgataria”… enquanto isso, Ben e John Locke estão na missão de “mover a ilha”, o que traz alguns momentos bem bacanas! Aparentemente, Locke assume a liderança dos “Outros”, acolhido por Richard e pelos demais como “seu novo líder” (afinal de contas, é ele, agora, quem responde em nome de Jacob), enquanto Ben assume a missão de mover a ilha, descendo a um lugar frio no qual uma engrenagem pode mover todo aquele lugar… é propositalmente “simples”, porque aquela cena é muito crua e, por isso, tão forte e impactante. O Ben girando aquela roda e chorando antes do clarão (o veremos tanto na quinta temporada!) tomar conta da ilha e fazê-la desaparecer no ar é de arrepiar!

Sem ilha para a qual voltar, o helicóptero com os sobreviventes do cargueiro cai no mar – e os Oceanic Six + Frank e Desmond são encontrados, finalmente, por um barco realmente amigo… o barco de Penny. Esse é, sem qualquer dúvida, UM DOS MOMENTOS MAIS LINDOS E EMOCIONANTES DA SÉRIE TODA! Nem falo sobre os sobreviventes serem resgatados nem nada disso, porque eles ainda estão atordoados depois de terem visto a explosão do cargueiro e o sumiço da ilha (no caso de Sun, a possível morte de seu marido e pai do seu filho), mas sobre o esperado reencontro de Desmond e Penny… aquele que parecia tão distante, quase impossível, e que finalmente se concretiza em uma cena com pouco diálogo, mas repleta de emoção desde a primeira vez em que eles se veem: Penny no alto do barco de resgate e Desmond no barco salva-vidas.

QUE CENA INCRÍVEL!

Jack, querendo assumir uma pose de líder (ele é um péssimo personagem e muito pior ainda como líder, sério), decide por todos que eles vão mentir sobre tudo o que aconteceu – em parte acreditando em Locke, depois de ter visto a ilha literalmente sumir, ou então querendo mesmo protegê-los das pessoas que colocaram o avião falso no fundo do oceano… de um jeito ou de outro, fica decidido que eles mentirão sobre tudo o que aconteceu e, uma semana depois do resgate, Jack e o restante dos Oceanic Six se preparam para partir em um bote salva-vidas rumo a uma ilha chamada Membata, onde eles serão encontrados pelos moradores e retornarão para o “mundo real”. Dali em diante, nós temos uma boa noção do que aconteceu, e das vidas não necessariamente felizes que eles levaram… saberemos mais disso durante a quinta temporada de “Lost”.

O fim da temporada traz um reencontro, uma revelação e uma missão. Jack, no seu estado mais transtornado, depois da cena com Kate no aeroporto, invade a funerária para ver o corpo do tal “Jeremy Bentham” e, lá, ele recebe a visita de Benjamin Linus. Durante a conversa, mesmo antes de vermos o corpo dentro do caixão, já sabemos quem está lá, por causa das coisas que Ben e Jack dizem a seu respeito: John Locke. Ainda assim, é um momento bem marcante vermos o John morto lá dentro, e queremos saber que histórias se originarão disso! Ben parece concordar com Jack a respeito de “eles precisarem voltar”, mas ele diz que “a ilha” não vai permitir que ele retorne sozinho, então voar todo fim de semana esperando que o avião caia não vai levá-lo de volta… ele precisa reunir o grupo todo, e só assim, quem sabe, eles poderão voltar. Mas isso não vai ser fácil.

Afinal de contas, nem todos querem voltar.

E “Claire” apareceu para Kate a proibindo de levar Aaron de volta!

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