[Season Finale] Young Royals 2x06

“Se temos que seguir a tradição, como vamos evoluir?”

QUE CONCLUSÃO MARAVILHOSA! Parece que essa segunda temporada de “Young Royals” foi tão rápida que tudo o que eu queria era poder passar mais tempo ao lado dos personagens – especialmente depois da conclusão desse sexto episódio, que implora por uma terceira temporada para que saibamos o que acontece depois do discurso perfeito, corajoso e necessário de Wille no aniversário de 120 anos da Escola Hillerska. Sinto que a Netflix provavelmente vai renovar “Young Royals” para uma terceira temporada, e que as chances de ela ser a última também são grandes, e embora eu goste muito dos personagens e tenha sido incrível passar esse tempo ao lado deles, eu gostaria de assistir a uma conclusão da trama (ainda mais se for para Simon e Wille serem felizes!).

Simon tinha um plano… com as coisas entre ele e Wille indo bem (a conclusão dos dois episódios anteriores foram de aquecer o nosso coração!), ele ainda pretende ir para a polícia e denunciar August por ter gravado e divulgado o vídeo dele e de Wilhelm na temporada passada, e Wille não pretende impedi-lo, mesmo que August fosse, talvez, sua única oportunidade de ficar “livre” de todas as pressões da coroa e de ser príncipe herdeiro – Wille entendia que August precisava ser denunciado, precisava pagar pelo que tinha feito. Infelizmente, no entanto, as coisas não saem conforme o planejado e Simon nem vai ter a chance de ir até a polícia, porque Sara já contou para August sobre o seu plano de ir à polícia, o que lhe deu tempo de articular uma estratégia.

Toda a sequência na qual August chama Wilhelm para conversar é REVOLTANTE. Desprezamos o personagem de August desde a primeira temporada, mas eu acho absolutamente angustiante ver a sua satisfação e o seu ar de superioridade sabendo que nada vai acontecer com ele, porque ele já encontrou uma maneira de se safar, caso Simon vá à polícia – e, pior, ele ainda encontrou uma maneira de Simon acabar sendo quem realmente se ferra… um agravante, com certeza, é toda a dissimulação que acompanha o discurso de August, dizendo que ele “quer proteger a família real” ou qualquer coisa assim, sendo que foi ELE quem começou tudo, quem cometeu um crime ao filmar Simon e Wilhelm enquanto eles faziam sexo, e quem causou todos os problemas.

Transtornado, Wille procura Simon antes de ele ir à polícia, para dizer que August armou para eles – então, os dois protagonizam uma cena incrível na qual eles confrontam August no campo de tiro: é uma cena intensa, quase selvagem, na qual todos os sentimentos de raiva e frustração vêm à tona da maneira mais natural e mais honesta possível… e é de arrepiar! Pode não haver muito que eles possam fazer, é verdade, mas ver o Wille segurar aquela arma contra August enquanto o faz ajoelhar e confessar quem lhe contou sobre o plano de ir à polícia é algo que lava a nossa alma! A intensidade de Wille, a força e a tensão no seu grito, o medo covarde e genuíno na reação de August… eu ainda acho que o August merecia pelo menos um soco do Wille.

O mais cruel, para Simon, é descobrir quem contou para August sobre a polícia: Sara.

Sério, com uma irmã dessas…

Embora toda a sequência do campo de tiro tenha sido algo recompensador, sabemos que aquilo tudo não resolve realmente os problemas que estamos enfrentando, então há certo tom de pesar e melancolia no restante do episódio, de todo modo… Simon transmite bem a sensação de impotência, porque mesmo sabendo quem gravou e divulgou o vídeo, não existe nada que ele possa fazer para que August pague por isso, e Wilhelm compartilha desse sentimento, bem como ainda sente que deveria fazer alguma coisa por Simon, mas não sabem o que pode ser feito… os dois compartilham outra cena intensa antes da festa de aniversário da escola, quando eles se abraçam, Simon diz que quer estar com ele, mesmo que tenha que ser um segredo, e diz que o ama.

Wille não responde… não ali.

Mas ele vai responder com atitudes.

A última cena do episódio é, certamente, A CENA MAIS ICÔNICA DE TODA A SEGUNDA TEMPORADA DE “YOUNG ROYALS”. Estamos há algum tempo nos perguntando o que aconteceria no aniversário de 120 anos da Escola Hillerska, e lidamos com a complexidade das nossas expectativas: em parte, Wilhelm tem a chance de abrir mão disso tudo, abdicar do trono e ser quem é, sem precisar temer e/ou esconder nada; por outro lado, se ele o fizer, quem vai substituí-lo é o August (!), e não basta o August ser uma péssima pessoa em vários sentidos… ele também foi a pessoa que acabou com a vida de Wilhelm e de Simon. Simplesmente não é justo que ele seja recompensado pelas suas atitudes sendo coroado o novo rei – e tudo isso deve ter passado na cabeça de Wille.

Wille quase não vai ao púlpito para fazer o discurso, mas ver August se levantar, todo pomposo e satisfeito consigo mesmo, foi demais. Então, ele se posiciona para falar – e de fato começa a fazer o discurso escrito para ele e ensaiado. Até que ele o deixe de lado. É um ato de rebeldia, talvez, mas de coragem, acima de tudo, e de respeito consigo mesmo, com os seus sentimentos e com o Simon… Wille fala sobre tradições e sobre como é preciso superá-las para que possamos EVOLUIR, para que a mudança na letra do hino da escola não cause pânico, e eu fico profundamente orgulhoso dele. Mais ainda quando ele conclui o seu discurso dizendo que era mesmo ele no vídeo com Simon, divulgado no semestre anterior, e então ele olha para ele com um sorriso.

A melhor declaração de amor do mundo.

Final lindíssimo. Ansiosíssimo para uma terceira temporada!

 

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