Sítio do Picapau Amarelo (1978) – Cupido Maluco: Parte Final
Todo mundo “descupidado”.
CHEGA AO FIM
TODA A CONFUSÃO DO CUPIDO E DA EMÍLIA NO SÍTIO. “Cupido Maluco” foi a primeira história exibida em 1978, e Reny de
Oliveira faz uma bela estreia como a bonequinha de pano mais sapeca e mais
amada do Brasil. Com bastante bom-humor, leveza e todas as confusões que são
típicas do “Sítio do Picapau Amarelo”,
“Cupido Maluco” consegue agradar com
um roteiro simples e divertido que chega ao fim de forma satisfatória. Baco
está no sítio de Dona Benta para buscar o irmão e levá-lo de volta para o
Olimpo antes que o Júpiter solte sua ira sobre essas terras, mas, depois de
encontrarem o Cupido, Emília ainda tem uma missão para ele: ele precisa “descupidar” todo mundo e acabar
com essa confusão. Como a própria Emília já tinha se dado conta, no
entanto, o Cupido parece ser mais teimoso
do que ela – e ele continua causando confusão.
Agora, ele
flecha o Saci, que retribui o amor da Cuca, por exemplo!
Cuca fica tão feliz e abobada com o Saci
romântico que chega a desmaiar HAHA
Antes que
Baco possa levar o Cupido embora, dizendo que “Júpiter está impaciente”, Emília
diz que “ela está mais impaciente ainda”, e leva o Cupido com ela para que a
ajude. Ela explica por que ele tem que descupidar todo mundo, e que não era bem
esse amor que ela queria espalhar por ali, ela queria aquele amor de que a Dona
Benta tinha falado, aquele que podia acabar com as guerras e com as brigas… mas
o Cupido não quer obedecer. Enquanto isso, o Conde assiste a tudo de perto,
pensando em uma maneira de capturar o Cupido para fazer com que ele o ajude a
acabar com a sua maldição! Eventualmente, o Conde consegue capturá-lo e tenta
negociar com a Emília, explicando que “se torna o mais infeliz dos mortais em
cada noite de lua cheia” e quer o fim de seu sofrimento…
Como uma
flechada da Emília não vai ser a mesma coisa que do Cupido, o Conde lobisomem
acaba fugindo levando o Cupido com ele, e Emília volta para o Sítio contando
para todo mundo que o Cupido foi sequestrado pelo Conde. Quando ela conta que o
Conde é o lobisomem, a magia que impedia o Rabicó de falar se desfaz, e ele
conta que era isso o que ele estava tão desesperadamente tentando contar desde
que se lembrou! Na verdade, o lobisomem não é um grande vilão, porque é como a
Emília explica para todo mundo: ele só
quer ser flechado para que possa amar, achando que, ao amar, não voltará a ser
lobisomem. De qualquer maneira, o Cupido precisa ser encontrado, e ele
precisa desfazer a sua magia do amor antes que, por exemplo, a Cuca e o Saci
acabem mesmo se casando – porque o Saci está todo feliz e iludido com o
casamento!
O Conde leva
o Cupido até a caverna da Cuca, e a jacaroa tenta convencê-lo a flechar o
primo, mas o Cupido mantém-se irredutível, e quando a Cuca descobre o que a
Emília está pensando em fazer, ela decide manter o Cupido preso ali mesmo – ele
não pode desfazer o efeito das suas flechas antes do seu casamento! Enquanto a
estadia do Cupido na caverna da Cuca se prolonga e, portanto, Baco não pode
voltar ao Olimpo com o irmão, como o pai pedira, Júpiter vai ficando mais e
mais impaciente e lança uma chuva forte contra o Sítio do Picapau Amarelo… Baco dissera mesmo que a fúria de Júpiter
podia lançar um dilúvio sobre as terras de Dona Benta! Felizmente, Emília é
esperta, e descobre que o Cupido só pode estar na gruta da Cuca e, mesmo
embaixo da chuva forte, eles partem para lá – com a bonequinha fazendo algumas
ameaças/negociações com Júpiter, e então a chuva para.
No caminho
até a caverna da Cuca, Emília encontra o Saci e tira sua carapuça, dizendo que ele não vai se casar com a Cuca coisa
nenhuma, porque ele está enfeitiçado, e o Saci chora feito criança porque
Emília disse que ele não se casará! No fim, todos acabam na caverna da Cuca,
com a carapuça permitindo que eles vejam o Cupido, mas o Conde pega a carapuça
para poder conversar com ele e o leva para longe dali… o Conde tem uma cena bem
bacana com o Cupido, na qual pede a sua ajuda, e o Cupido pede que ele se
transforme no lobisomem para ver. O Cupido chega a flechá-lo duas vezes, mas
não é a flechada do Cupido que transforma o lobisomem de volta em Conde: é o fato de o Conde ter se lembrado de como
ele já amou na sua vida, há muitos séculos, quando foi apaixonado por uma moça
bonita e estava prestes a se casar com ela…
Mas a
maldição acabou com tudo.
O amor o
cura e o faz voltar a ser apenas o Conde, e é um momento bem bacana!
Agora,
Emília e o Cupido precisam “descupidar” todo mundo – o que não é bem o que o
Visconde quer, na verdade. O sábio sabugo conversa com Baco sobre a
possibilidade de conseguir com o Cupido uma flechinha, fingindo que “ele a quer
para guardar de recordação”, mas Baco percebe as suas reais intenções e lhe
pergunta quem é a sua paixão…
Pedrinho e Narizinho tampouco querem que a Emília acabe com a magia do Cupido,
porque eles estão felizes assim, mas Emília diz que “não tem graça brincar com
eles assim, porque eles ficam com cara de bobos olhando um para o outro”. O problema, é claro, é que o próprio Cupido
não quer muito desfazer o seu feitiço, por isso dá um jeito de abolir o
plano todo de jogar o pó de uma pedra na fogueira, cuja fumaça vai fazer com
que o efeito das flechas passe e tudo volta ao normal: ele flecha, também, a própria Emília.
Com a Emília
flechada e toda apaixonada pelo Visconde, parece que a fogueira não vai mesmo sair… o Visconde fica tão feliz em ter a
sua amada retribuindo o seu amor que sai para passear com ela quando ela o
convida, e abandona todo o resto! Quem precisa continuar o plano da fogueira é
a Dona Benta, que, mesmo flechada, está meio cansada de toda a confusão, de ver
a Tia Nastácia suspirando sem motivo, por exemplo, e de ver o Pedrinho e a
Narizinho namorando, sendo que são muito novos para isso… então, ela coloca
todo mundo para trabalhar e montar a fogueira, e agora o Cupido só precisa
jogar nela o pó da pedra que eles estavam buscando, e então o feitiço de todo
mundo vai se desfazer… e, assim, aos poucos todo mundo vai voltando ao normal,
com o efeito das flechadas do deus do amor chegando ao fim. O Sítio volta a ser como era antes disso
tudo.
Antes de ir
embora de volta ao Olimpo, Baco e Cupido dão ao Conde um presente: o retorno do
seu amor de séculos atrás, e os dois dançam felizes com o reencontro. Com o fim
da confusão e a fogueira já armada do lado de fora, a turminha do Sítio se
reúne ali por perto para fazer uma cantoria… apenas o Visconde não está lá,
porque está lá na biblioteca, tristinho, conversando com o Vidro Azul sobre
como esteve tão perto de realizar seu sonho, mas o Vidro Azul diz que ele não
precisa se preocupar: pelo menos todos pensam que ele também tinha sido
flechado! Visconde decide, então, que não vai mais ficar sonhando com a Emília,
nem vai lhe dar confiança… na verdade, vai fingir que ela nem existe. Mas Emília aparece logo em seguida para
chamá-lo lá para fora também, e ele tenta se fazer de durão, mas ele a ama
demais e acaba abrindo um sorriso.
A verdade,
no entanto, é que no fundo a Emília também se importa e o ama…
Afinal de contas, ela se preocupou e foi
procurá-lo e fazê-lo sorrir, não foi?
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