Sítio do Picapau Amarelo (1978) – O Outro Lado da Lua: Parte 3
Da Lua a Marte.
Emília é
impaciente – ela não pode ficar muito tempo no mesmo lugar ou fazendo a mesma
coisa. Afinal de contas, foi assim mesmo
que “O Outro Lado da Lua” começou,
com a bonequinha despertando todo mundo de suas “férias de lagarto”, não foi?
Emília já instigou todo mundo a construir um telescópio, já usou o Faz-de-Conta
para trazer grandes astrônomos de diferentes épocas e lugares do mundo para o
Sítio do Picapau Amarelo, e agora chegou a hora de VIAJAR AO ESPAÇO ELA MESMA.
Usando o Pirlimpimpim, a “palavra mágica” na versão do “Sítio” de 1977 a 1986, Emília vai à Lua com o Pedrinho, a
Narizinho, o Visconde de Sabugosa e a Tia Nastácia – essa última enganada pela
bonequinha para que dissesse a palavra mágica, e embora ela morra de medo
dessas “aventuras” todas, ela fica muito feliz com a oportunidade de conhecer
seu santo de devoção.
Não tarda
muito para que o pessoal do Sítio do Picapau Amarelo dê de cara com o famoso
dragão e, é claro, com o São Jorge que está ali para derrotá-lo continuamente…
depois de São Jorge salvar a Tia Nastácia e as crianças, ele os convida para
visitarem sua cratera na Lua, que acaba sendo uma casa bastante bonita para se viver – e Tia Nastácia é
rapidamente colocada para cozinhar, como se essa fosse sua única função, e ela
fica morrendo de medo de usar a cozinha de São Jorge, já que o fogão é aceso
pelo dragão! Pedrinho e Narizinho dizem que vão ficar com ela na cozinha para
que ela não tenha medo, e Emília, espevitada como sempre, diz que eles podem
preparar o jantar enquanto ela planeja o restante da viagem, e explica: eles não vão ficar ali na Lua para sempre,
eles têm todo um universo para conhecer! E ela quer ir para Marte!
Naquela
noite, os serões costumeiros ficam para São Jorge, e é interessante ouvi-lo
contar sua própria história, desde o seu nascimento na Capadócia até a sua
morte na Nicomédia. Depois do jantar e dos serões, as crianças decidem usar o
Pirlimpimpim para irem para o outro lado
da lua, aquele do qual se pode ver a Terra, e quando eles chegam lá, o
Visconde pode explicar tudo o que eles estão vendo: os polos, os oceanos, os
continentes… é como se o Visconde de Sabugosa estivesse continuando os serões,
e eu adoro como o “Sítio do Picapau
Amarelo” consegue introduzir informações no meio de suas histórias de forma
tão natural, divertida e encantadora… ainda temos a oportunidade de ver o São
Jorge comentando sobre como, no seu tempo, a Terra “parecia menor”, mas é como
Emília diz: é porque eles ficavam
amontoados no mesmo lugar sem saber o mundão que tinha lá fora.
Enquanto
isso, no Sítio de Dona Benta, alguns astrônomos já estão começando a ficar
melancólicos e com saudades de casa e, assim, eles começam a voltar para casa…
Giordano Bruno, Kepler e Copérnico são os primeiros a irem embora, dizendo que
“queriam voltar”, e então eles desaparecem, usando também o Faz-de-Conta – que
foi o que os levou àquele lugar, para começo de conversa. Dona Benta fica
triste por eles não se despedirem antes de ir embora, mas os astrônomos que
ficaram explicam que os colegas estavam preocupados com os trabalhos que tinham
deixado para trás sem terminar, e também dizem que em breve serão eles indo embora… nesse momento, no entanto, eles decidem
ficar um pouco mais e saem para ver a Lua através do telescópio, com direito ao
Garnizé vendo o pessoal… os outros não
veem, porque as crianças ficam pouco tempo ali.
Como a
Emília diz: “Eu vou já já começar meus
descobrimentos planetares”. Desde que Dona Benta dissera que o seu signo
era regido por Marte, Emília ficou curiosíssima para conhecer esse planeta,
então ela, o Visconde e as crianças partem para lá – Tia Nastácia prefere não
ir, diz que vai ficar na Lua com o São Jorge. E a chegada a Marte é uma
delícia, com direito a uma nova aula: sentados no chão, eles observam os
satélites de Marte enquanto Visconde os nomeia e explica que eles parecem muito
grandes, mas são, na verdade, bem pequenos, e só parecem tão grandes porque
estão mais perto de Marte do que a Lua está da Terra. Emília logo para com toda
a aula, no entanto, porque está prestes a fazer uma descoberta: “Fiquem quietos, não se mexam! Eu tô
sentindo um cheiro de gente verde!” Então, Emília fareja, busca e encontra…
mas só ela pode vê-los.
Pelo menos por enquanto.
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