Lost 5x06 – 316
“We are not
going to Guam, are we?”
Eu senti
falta da ilha, confesso – mas sei que “316”,
assim como o próximo, é um episódio importantíssimo para conectar as “duas”
narrativas que a quinta temporada de “Lost”
estava sustentando em paralelo… e, assim que passarmos por esses dois
episódios, teremos uma transformação
na trama e no ritmo da temporada, como o final desse episódio sugere – afinal
de contas, é hora de explorar um pouquinho mais sobre a Iniciativa Dharma, não?
“316” é um episódio que se passa
inteiramente fora da ilha (a não ser pelas poucas cenas depois do retorno dos 815ers, agora 316ers), e
acompanhamos as poucas horas que antecedem o embarque no Voo 316 da Ajira,
principalmente do ponto de vista do Jack… e, bem, sabemos que o Jack não é o personagem mais carismático de “Lost”, e gostaríamos de ter entendido melhor algumas coisas sobre os
demais passageiros.
Mas as
respostas virão.
A primeira
sequência do episódio é inteligente – e com um quê de nostalgia para qualquer
fã de “Lost”, porque é uma recriação
quase exata da cena que abre a série, no Piloto. A primeira cena de “Lost” é tão marcante que a primeira
cena de “316” inevitavelmente gera confusão, até que pequenos detalhes nos
mostrem que não é a mesma queda –
afinal de contas, Jack não tinha o pedaço de uma carta na mão quando caiu na
ilha pela primeira vez, muito menos a voz de Hurley chamando seu nome enquanto
pede por ajuda… ali, sabemos que o que quer que eles estivessem tentando deu certo e que eles estão de volta na
ilha. A cena nos mostra apenas três pessoas que retornaram: Jack, Hurley e
Kate. O sentimento de estranheza permanece, por causa do salto abrupto, até que
o episódio finalmente retorne 36 horas no tempo para nos mostrar como chegamos
lá…
Então,
retornamos para aquele encontro com Eloise Hawking na igreja – e ela tem
algumas respostas importantes para dar. Ela fala sobre o bolsão eletromagnético
que existe embaixo da ilha, bem como embaixo daquele lugar onde estão naquele
momento, e como eles estão conectados… ela também fala sobre os estudos e as
equações que foram feitos para determinar a localização da ilha em diferentes
momentos no tempo, já que ela está constantemente se movendo no espaço (o que,
por sua vez, explica o fato de os sobreviventes do Oceanic 815 nunca terem sido
resgatados), e sobre como a janela deles para onde a ilha está agora se fechará
em 36 horas… para retornar, eles precisam do maior número possível de
passageiros do voo original, e tentar ao máximo “recriar” a situação da
primeira vez que caíram… e Jack fica encarregado de uma missão especial.
Como no
Oceanic 815 Jack estava levando o corpo do pai para o funeral, Eloise lhe
revela que John Locke se matou para servir de “substituto” no Ajira 316 – e,
para aumentar a similaridade entre os dois voos, Jack precisa conseguir algo
que pertencera ao pai e dar-lhe de presente a Locke… uma cena emblemática e
interessante na qual, ao colocar calçados do pai no corpo de John Locke, Jack
comenta que “ele deve estar assistindo, de onde estiver, e rindo, porque isso é
mais louco do que ele era”. Ben
Linus, por motivos ainda não explicados, não aparece para buscar o corpo de
John Locke, como talvez fosse o plano original, porque um “encontro com um
velho amigo” não parece ter saído exatamente conforme o planejado, e eu gosto
de como “Lost” nos deixa apreensivos
e curiosos com detalhes como esse, que eventualmente entenderemos. Mas, na hora
marcada, ele está no aeroporto.
“316” acompanha principalmente Jack,
que já sabíamos que retornaria – o que quer dizer que não temos muita resposta
a respeito de como as outras pessoas
resolveram participar do plano, mesmo que tenham sido tão veementemente contra
até então. Sun está no Ajira 316 porque acredita na possibilidade de Jin está
vivo… mas e os outros? “316” nos
deixa curiosíssimos para entender as
circunstâncias que levaram Kate, Hurley e Sayid até o voo. Não sabemos bem o
que aconteceu com Aaron e como Kate mudou de ideia… não sabemos como Hurley
saiu da cadeia e aceitou retornar para a ilha, mas ele está lá por vontade
própria… e não sabemos como Sayid, que parecia ser mais contra do que qualquer outro, chegou lá. Mas entenderemos isso
em breve. Nesse momento, aproveitamos aquele final MARAVILHOSO, que é quando
Kate, Jack e Hurley encontram a primeira pessoa de volta na ilha…
E essa
pessoa é o Jin, uniformizado, dirigindo uma Kombi azul da Iniciativa Dharma.
COMO EU AMO
ESSA FASE DE “LOST”.
Para mais
postagens de Lost, clique aqui.
Comentários
Postar um comentário