Lost 5x07 – The Life and Death of Jeremy Bentham
“I’ll miss
you, John. I really will”
Não é
necessariamente dos meus favoritos, mas é um episódio emblemático de “Lost”. “The Life and Death of Jeremy Bentham”
começa com a queda de um novo avião na ilha, o Ajira 316, deixando de lado
qualquer dúvida do episódio anterior
sobre como os passageiros do 815
retornaram para a ilha – separados por um clarão, todos eles foram vítimas de
mais um acidente… alguns deles caem no “presente” da ilha, enquanto vimos que
Hurley, Kate e Jack, no mínimo, caíram em algum momento da década de 1970,
quando Jin está trabalhando na Iniciativa Dharma. Embora eu mal possa esperar
para retornar para aquela trama (é a minha parte favorita de “Lost”, na verdade), um ciclo precisa
ser fechado ao nos mostrar o que aconteceu com John Locke depois que ele
decidiu sair da ilha para trazer todos que saíram antes dele de volta.
E como ele aparece “vivo” na ilha depois da
queda do Ajira 316.
Tomo o
máximo de cuidado possível com spoilers ao comentar os episódios, mas
toda essa parte do retorno de John Locke/Jeremy Bentham à ilha é tão
significativa que eu queria comentar muita coisa – e não vou. Mas sabendo o que vem a seguir, eu gosto
muito de acompanhar essas primeiras cenas de Locke de volta na ilha, usando as
roupas com as quais ele seria enterrado depois de morrer do lado de fora. “The Life and Death of Jeremy Bentham”,
embora conte, na verdade, com apenas um
longo flashback, é o retorno de “Lost”
ao seu estilo de contar história nas primeiras temporadas… acompanhamos John
Locke (que assume a identidade de “Jeremy Bentham”) do lado de fora da ilha,
enquanto visita todos que saíram para tentar convencê-los a retornar, dizendo
que, se não o fizerem, todos que ficaram para trás vão morrer… eles precisam de ajuda.
Locke é
“recrutado” por ninguém menos que Charles Widmore – que parecia estar esperando pelo momento em que Locke
apareceria. Gosto muito da interação dos dois por causa de como os clarões e os
saltos temporais são incorporados no diálogo, quando Widmore diz que o conheceu
quando tinha 17 anos, e pergunta há quanto tempo, para o John, foi aquele
encontro… e, para John, foi quatro dias
antes. Widmore é quem providencia uma nova identidade a Locke e um
“motorista”, Abaddon, um homem responsável por “fazer as pessoas estarem onde
elas precisam estar”, e então Locke começa sua peregrinação para tentar
convencer cada um que deixou a ilha… e ele não tem sucesso falando com nenhum
deles, aparentemente. Ainda assim, são sequências interessantes ver o
“reencontro” deles com John Locke.
A primeira
pessoa visitada, em Santo Domingo, República Dominicana, é o Sayid, que não tem
nenhuma intenção de retornar para a ilha… interessante ver esse Sayid, depois da morte da mulher que ama, mas ainda antes de
todo o pesadelo que passa graças a Ben; a segunda visita de Locke é algo que me
pega um pouco desprevenido, em Nova York, e é a Walt, e eles têm uma conversa
interessante sobre Michael, de quem Walt não tem notícias há 3 anos, e de quem
Locke soube pela última vez quando ele estava no barco de Widmore, próximo à
ilha; depois, Locke visita o Hurley no Santa Rosa e, como era de se esperar,
Hurley entrega uma das melhores cenas do
episódio, acreditando que Locke é um fantasma como outros que o visitaram;
por fim, John visita Kate e Jack, aparentemente também sem sucesso em convencer
qualquer um deles a voltar.
Jack, no entanto, fica mexido.
Depois de
ter se sentido um fracasso, porque não conseguiu convencer nem uma única pessoa a voltar (acho bacana da parte de Locke o fato
de ele manter a sua palavra e decidir
não procurar a Sun, porque prometera a Jin que não tentaria levá-la de volta
para a ilha), Locke decide se matar – afinal de contas, Richard dissera desde
sempre que “ele precisaria morrer”. E então ganhamos aquela sequência
enigmática e absolutamente tensa na
qual Ben Linus aparece bem na hora e tenta conversar com Locke para convencê-lo
de que ele é especial e de que ele não pode desistir, porque as pessoas na ilha
precisam dele e estão contando com ele… eventualmente, no entanto, o próprio
Ben acaba matando o Locke quando Locke já desistiu da ideia de morrer, e disse
que “sabia o que tinha que fazer em seguida”, que era encontrar Eloise Hawking.
E aquela
cena é, oficialmente, a despedida de John Locke.
O que não
quer dizer que não continuaremos vendo o seu rosto em “Lost”, é claro. De um jeito ou de outro, ele está “vivo” na ilha
depois da queda do Ajira 316, falando abertamente sobre a sua morte (ele fala
sobre como “se lembra de morrer”, como está vestido daquela maneira porque
“deve ser o terno que escolheram para enterrá-lo” e reconhece o Ben como “o
homem que o matou), e parece que poderemos explorar um pouquinho mais sobre a
Iniciativa Dharma, já que chegamos a um lugar que nunca tínhamos visto antes na
ilha: A ESTAÇÃO HYDRA. Mas a verdade é que, se quisermos saber mais sobre a
Iniciativa Dharma, a parte da narrativa que está na década de 1970 promete
trazer muita informação sobre isso…
e, finalmente, é hora de começarmos a explorar isso a partir do próximo
episódio! Essa é uma temporada incrível de “Lost”!
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