Malhação 2008 – O almoço beneficente da Beatrice
“Eu não vou deixar ninguém desfazer da minha mãe.
Nunca!”
Você sabe em
um filme de terror quando tudo está muito
calmo e silencioso por muito tempo, e você fica apreensivo sabendo que, a
qualquer momento, vai vir um susto? É mais ou menos o que sentimos ao ver “Malhação” e perceber que os
protagonistas estão felizes há algum
tempo… foi no almoço beneficente da Beatrice que, como esperávamos, AS
COISAS COMEÇARAM A DAR ERRADO PARA GUGA E ANGELINA. E foi tudo tão sério e tão
intenso que, sinceramente, eu não sei se temos muita volta… “Malhação 2008” está prestes a entrar em
uma nova fase, que redefinirá os caminhos da trama e, de agora em diante,
ficará praticamente impossível defender o Guga ou ficar do seu lado de agora em
diante… o que é uma pena, porque eu estava achando os dois bem fofinhos até
então, mas agora não vai mais dar para engolir esse “namoro”.
E o ponto de virada foi o almoço.
Nós
achávamos que viria uma humilhação no tolo jantar que Guga propôs para a
Angelina e para a família, porque a insuportável da Daisy estava determinada a fazer a garota sofrer, e as coisas até
que saíram bem por lá – embora desconfortáveis. Mas, de lá, saiu o convite de
Joaquim para Angelina acompanhar Daisy num elegantíssimo almoço beneficente que
a Beatrice faz anualmente… sério, ninguém
percebeu que ISSO NÃO IA DAR CERTO? Daisy nunca fez questão de esconder seu
desgosto pela Angelina, e então alguém tem a ideia genial de colocar as duas
juntas e sozinhas em um evento social cheio de gente que é igualzinho a Daisy. Estava fadado ao fracasso desde o começo,
e se o Guga não conseguia perceber que isso não
ia dar certo, então está claro que o seu namoro com a Angelina estava
igualmente fadado ao fracasso.
A Angelina
pega um vestido emprestado com a Chiara e fica adorável, mas a Daisy está INSUPORTÁVEL desde o começo – ela não
fez questão nenhuma de tentar, e o
almoço acaba sendo uma humilhação sem tamanho do início ao fim, até que a
Angelina NÃO AGUENTE MAIS – E NÃO TINHA MESMO QUE AGUENTAR! Daisy faz questão
de corrigir quem chama a Angelina de sua “nora”, dizendo que “a juventude é
muito volúvel e que uns namoros não duram nem uma semana”, ou então dizendo que
“o Guga é alternativo”. A maneira como
ela se desfaz de Angelina, como a rebaixa, e na frente da garota… eu
provavelmente não seria tão educado quanto a Angelina foi. A gota d’água,
na verdade, é quando, nervosa, Angelina acaba esbarrando em alguém e derrubando umas coisas, e quem aparece
para limpar a bagunça é quem? A Conceição.
Angelina AMA
A CONCEIÇÃO, ela nunca deixaria que sua mãe fosse humilhada na sua frente.
Então, ela a apresenta como sua MÃE (é lindo como ela não tem vergonha alguma
da Conceição por ela ser pobre, porque a Angelina não tem aquela preocupação de
“se enturmar” ou algo assim), e Daisy demonstra UM PRECONCEITO TÃO GRANDE que
chega a dar uns calafrios de ÓDIO. Com cara de surpresa, Daisy diz que “não
estava preparada para isso”, e chega um momento em que a Angelina decide que não dá mais. Até porque aquelas mulheres
nojentas são todas como a Daisy…
então, a Angelina CONFRONTA A DAISY, pergunta o que ela tem contra a sua mãe, e a decisão é desconfortável e
horrível, os olhos estão cheios de lágrima, mas Angelina não estava prestes a
chorar por tristeza ou porque estava sendo humilhada, mas de RAIVA mesmo.
A entendo.
Guga chega
bem na hora, e ele tinha a chance de ser um bom namorado, de ser o cara
perfeito, e ELE VAI LÁ E ESTRAGA TUDO. Ele pergunta o que está acontecendo,
como se não fosse fácil deduzir… e por mais que ele ame a mãe e seja sua mãe,
não tem como ficar do lado dela porque ele SABE como ela é. Daisy continua
sendo grosseira, mas Angelina tampouco se cala, e diz que ela está agindo assim
desde que sua mãe apareceu, porque não quer que ninguém saiba que ela é pobre,
e a Angelina sobe a voz ao dizer umas verdades – “Ah é, né? Porque andar com pobre não dá, mas andar com quem pisa nos
outros, isso pode”. Aquele era o momento em que o Guga tinha que ter tomado
o lado da Angelina, e ele faz tudo errado,
pedindo calma e dizendo que ela não podia
falar assim com a mãe dele. Sinceramente, naquele momento eu abandonei o
barco.
Não dava mais para defender o Guga.
Só quero que
esse namoro acaba de uma vez!
Angelina
está arrasada, triste, mas ela sabe o que fez e sabe que está certa – “Eu não vou deixar ninguém desfazer da minha
mãe. Nunca. Nunca. […] Nem que pra isso eu tenha que ficar bem longe do Guga”.
Eu queria torcer pelos dois, eu queria que fosse levada adiante a mensagem de
que eles podem ser felizes mesmo “sendo de mundos diferentes”, mas, nesse
momento, eu só quero que a Angelina saia desse lugar tóxico, de perto dessas
pessoas que lhe fazem tanto mal, e então é meio como se um sinal viesse do céu…
ou do outro lado do muro, de qualquer
maneira. Angelina está se perguntando o que mais pode lhe acontecer – “Ótimo! O almoço foi péssimo, eu briguei com
o Guga e o pessoal já foi embora! O que falta acontecer?” – e, como uma
resposta à sua pergunta, uma mochila cai do seu lado e um garoto misterioso pula para dentro da escola, cai sobre ela e os dois vão parar na piscina.
Uma entrada
f*da.
BEM-VINDO,
BRUNO!
Achei bem
fofo que a Beatrice tenha se retirado do seu próprio almoço para buscar a
Angelina, porque se importa com ela, mas ela acaba esbarrando em Adriano, que
pede que ela dispense aquelas socialites
chatas e passe o dia ao seu lado, na piscina, tomando um sol… e ele é diretão,
todo sedutor! Caidinha, ela sorri, com vontade de aceitar o convite, mas se
controla. Para piorar a situação de Beatrice, que está em um relacionamento
abusivo com um homem desprezível e nojento, ela decide, por mais INFELIZ que
isso a faça, deixar o seu emprego no Múltipla Escolha Ernesto Ribeiro, se isso
for para o bem da instituição e do seu relacionamento com Félix, que celebra
dizendo que “agora ela vai poder cuidar da casa e exercer o seu papelzinho de esposa”. Logo em seguida,
ele manda ela ir cozinhar… sério, como a
Beatrice SUPORTA isso?
Não vejo a
hora de isso acabar!
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