Manifest 4x10 – Inversion Illusion
“I am a Dragon”
Confesso que
o final desse episódio não me deixou nem
um pouco empolgado para retornar para a Parte 2, mas vou retornar pelo
mesmo motivo pelo qual eu comecei essa temporada: é a última de “Manifest”, e agora eu vou até o final. Infelizmente,
no entanto, “Inversion Illusion” não
caminha tanto quanto achávamos que caminharia, não entrega nenhuma sequência
realmente impactante que nos deixe de queixo caído, e tampouco encerra a trama
da Angelina, o que quer dizer que ela ainda estará em destaque nos próximos 10
episódios – e convenhamos: quem ainda aguenta a Angelina? O pior é que a
Angelina não é uma daquelas vilãs que amamos detestar nem nada assim… ela só é
uma personagem insuportável mesmo, e vê-la em destaque é uma verdadeira tortura
para o espectador, e realmente a única coisa que me mantém aqui é saber que
está acabando.
Tendo
roubado a Safira de Ômega de Eagan no fim do episódio passado (e Eagan não
chegou a morrer, como eu presumi que tivesse acontecido), Angelina está mais
poderosa e mais descontrolada do que nunca… começamos o episódio com o Ben
tendo um Chamado potencialmente emocionante, no qual ele revê Grace (!), e
Grace pede que “ele leve Eden para vê-la” – eventualmente, as coisas vão se transformando
e partem do emocionante ao desconfortável e assistimos incrédulos enquanto
“Grace” diz que Ben precisa entregar Eden de volta para Angelina (?), e
descobrimos, no fim, que tudo não passava de uma armação de Angelina que, em
posse da Safira de Ômega, consegue produzir
Chamados falsos… agora, os passageiros do 828 não podem nem confiar nos
Chamados que venham a ter, porque podem ser projetados por Angelina.
Imagine só o
perigo?
Fiquei muito
feliz por a Eden escolher o Ben, no entanto, quando ela tem a oportunidade (“I wanna be with my dady”), porque eu
fiquei realmente com medo de que o Ben fosse perder a filha mais uma vez… o que
seria um nível de absurdo imenso, porque então a série teria andado em círculos
e terminaria onde começou a temporada. O último episódio traz algumas
descobertas legais de Olive e TJ, que formam uma boa dupla, e a Angelina mais
louca do que nunca, colocando fogo na escola em que estudava e anunciando a
todos que descobriu que ela não precisa de um anjo, porque ela mesma é um anjo
e foi escolhida/enviada por Deus… eu achei verdadeiramente perturbador assistir à Angelina dizendo que “é um anjo” enquanto
distorce palavras da Bíblia e comete atrocidade como sempre soubemos que ela é
capaz de cometer…
A única
pessoa que é razoavelmente páreo para a Angelina com a Safira de Ômega é,
talvez, o próprio Cal, que recebeu aquele presente na forma de cicatriz – O
DRAGÃO. Assim como vimos em outros episódios e nos estudos e falas de Saanvi e
Olive, a safira esteve presente toda vez que os humanos entraram em contato com
o divino, e esteve presente quando a mão de Ben ficou brilhando depois de tocar
a cauda do avião, por exemplo… agora, a cicatriz de Cal parece “despertar” e
brilhar em um tom azul repleto de safira, e isso é o suficiente para que ele
comece a assumir o seu papel de “Dragão” e convoque Angelina para um Chamado no
qual ela tenta enganá-lo exatamente como fez com Ben, conjurando Grace para que
ele desista, mas ele eventualmente percebe que aquela não é sua mãe de verdade…
ela jamais pediu ou pediria que “ele
parasse de lutar”.
Embora Cal
consiga se aproximar de Angelina e a Safira de Ômega exploda em sua mão, partes
da Safira continua existindo, e quando parece que vamos nos livrar de Angelina
com aquele vitral caindo sobre ela, a vemos levantar-se, ainda com vida, e com
um fragmento da Safira de Ômega se “fundindo” a ela… isso quer dizer que não
apenas ainda teremos Angelina na
segunda parte da última temporada de “Manifest”,
mas provavelmente teremos uma Angelina capaz de conjurar Chamados falsos como
fez nesse episódio, e que vai causar muito mais problema com todo o seu
fanatismo assustador, porque ela está cada vez mais confiante de que ela é uma
enviada de Deus ou qualquer coisa assim – esperamos que Cal seja “poderoso” o
suficiente para contê-la…
Cal, por sua
vez, é salvo pela sua conexão com Zeke. “Inversion
Illusion” traz alguns curtos flashbacks
que nos lembram de momentos lindíssimos entre Cal e Zeke em temporadas
anteriores, e então entendemos a escolha de Zeke, que decide se sacrificar por
Cal – porque talvez essa fosse sua missão desde sempre… os flashbacks conferem à trama um caráter dramático e emotivo que
torna o feito mais significativo e mais sincero, e a conversa que Zeke escuta
entre Olive e TJ, sobre como Cal é o “Dragão” que pode salvar todo mundo do
Apocalipse, o ajuda a entender o porquê de ele ter ganhado esse poder de
empatia/absorção… porque ele podia
“assumir” a doença de Cal para si e dar-lhe uma segunda chance de viver.
Foi lindo vê-lo fazer isso, foi emocionante ver o Cal acordar, mas foi de
partir o coração ver a Michaela o encontrando e pensar que temos que nos
despedir de Zeke…
Eu gostava
muito do Zeke e fiquei muito triste… mas já estava esperando por isso.
A série
podia não ser óbvia e não tentar empurrar Michaela e Jared agora, até em
respeito ao personagem de Zeke e tudo o mais… mas eu nem me atrevo a ter
esperanças, sei que eles farão isso. Infelizmente.
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