O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu 1x10 – Tente Outra Vez
“Eu sou o início, o fim e o meio”
Com trilha
sonora do Raul Seixas e todas as conclusões necessárias para fechar a série
caso não haja uma segunda temporada, “Tente
Outra Vez” encerra “O Coro: Sucesso, Aqui
Vou Eu”, e eu gostei de ter acompanhado… não é o grande marco que eu
esperava, e de fato tem coisas que poderiam ser melhoradas na série, mas eu
nunca vou reclamar de ver a Karin Hills na minha TV, e eu acho que a trilha
sonora estava lindíssima – embora tenha sido alvo de críticas por uma parte do
público, o conceito musical de “O Coro:
Sucesso, Aqui Vou Eu” sempre foi trazer novas interpretações de canções
clássicas da música brasileira, e eu não vejo como reclamar de uma trilha
sonora marcada por Cazuza, Legião Urbana, Rita Lee e, agora, Raul Seixas.
Várias performances, como comentei ao longo de minhas reviews da temporada, me emocionaram bastante!
“Tente Outra Vez”, nesse episódio, foi
uma delas.
O episódio
se passa todo no dia do resultado final,
e quase que inteiramente no teatro. O dia começa com o “casamento teatral” de
Leandro e Alícia, ao som de “Lua Bonita”,
cantada pela Glória e pelo coro, e é uma cerimônia bacana, bem como a cena que
eles compartilham depois, com o Leandro sofrendo por antecipação, com medo de apenas um deles ser aprovado… gostei
bastante da sequência dos dois imaginando um
show deles (a dinâmica do “Leandro e
Alícia” “Alícia e Leandro” funcionou bem!), ao som de “A Maçã”. Ivone, por sua vez, depois de ter sido cortada mais cedo
na competição, está mesmo indo embora por causa de um produtor americano ao
qual foi apresentada… ela vai primeiro para o Peru e, depois, para Miami, para
gravar suas primeiras demos, e a cena da sua despedida com Sissy e Alícia foi
um momento bem bonito.
A reunião da
equipe para que as decisões sejam tomadas traz mais do drama entre os casais do
que qualquer outra coisa… pelo menos na parte que nos foi mostrada. Marita
começa falando sobre Maurício, por exemplo, dizendo que ele tem talento, mas
“foi o pivô da separação de Fernando e Artur”, e Artur quer falar algo sobre
isso, embora seja uma decisão que precisa partir da maioria… no fim das contas,
as coisas estão se arrumando mesmo para Artur e para Fernando, inusitadamente,
e mesmo que me pareça que tudo se resolveu depressa e eu não tenha comprado a
ideia do Sissy chorando por Fernando, eu achei bonitinho o Artur cantando “A Maçã” (música lindíssima!) para o
marido. Maurício fica, inclusive, sem casa, porque decide não morar mais com
Antônia, por causa de uma birra dele e um problema que ele mesmo criou, na
verdade.
Mas amei a
Antônia dizendo que, se ele não passar, talvez ele precise repensar suas atitudes.
Marita
também tenta fazer de tudo para tirar Antônia e manter Nora – o que me parece a
definição de vergonha alheia,
sinceramente. Depois de tudo, Marita continua com o mesmo ar soberbo e nojento,
e, como acredita que Renato teve um caso com Antônia, ela quer “tirar a
garçonete” de qualquer maneira, enquanto defende cegamente a dissimulada da
Nora… Renato resolve acabar com isso tudo na frente de todos durante a reunião,
contando a todos sobre o caso com Nora e dizendo que esse é um problema que
eles precisam resolver juntos, porque eles estão sendo patrocinados por um
banco extremamente conservador, e Nora o está ameaçando, prometendo gerar um
escândalo… bem, tudo o que eu queria dessa cena mesmo era poder ficar olhando
para a cara de Nora ao descobrir que sua “amiguinha” é que era o perigo…
E que
Antônia era inocente esse tempo todo.
Antônia merecia um pedido de desculpas,
inclusive.
Jorge, por
sua vez, está fazendo de tudo para se afastar de Sandra… depois de Sandra ter
conseguido “se livrar” de Emídio, um ex-namorado abusivo que eu achei que não a
deixaria em paz tão cedo, Jorge quer manter-se longe dela porque, enquanto ela
estava sequestrada, ele pediu à mãe o telefone da mãe do Emídio e, em troca,
“prometeu tirar Sandra da cabeça”. Sei lá, parte de mim quer achar bacana ele
querer honrar a palavra que deu à mãe e tudo o mais, mas eu acho a promessa e o
drama que os afasta bastante infantil, na verdade… felizmente, as coisas acabam
bem para os dois, quando ele liga para a mãe dizendo que pretende manter a sua
palavra e esquecer a Sandra, e ela diz que ele não vai mais precisar fazer
isso, porque “ela recebeu um sinal”: Sandra
é a doadora compatível que ela estava esperando… Sandra vai salvar sua vida.
É
emocionante… mas potencialmente problemático que ela só aceite o romance por
isso.
Enquanto
esperam pelo resultado, temos “Gita”,
interpretada por todos os aspirantes a uma vaga na companhia de teatro musical,
e é algo que me arrepiou, especialmente porque
eu acho essa música lindíssima, provavelmente uma das músicas mais lindas já escritas em língua
portuguesa! É um momento muito bonito para um último episódio – “Eu sou a luz das estrelas / Eu sou a cor do
luar / Eu sou as coisas da vida / Eu sou o medo de amar / Eu sou o medo do
fraco / A força da imaginação / O blefe do jogador / Eu sou, eu fui, eu vou”.
E, então, os resultados são divulgados, quando uma lista dos aprovados é fixada
em um mural e todos correm, ansiosos, para ver se seus nomes estão ali… e a
maior parte daqueles que acompanhamos estão ali: a Sandra, o Reginaldo, a
Alícia, o Leandro, o Jorge e a Antônia… seis aprovações.
Nora e
Maurício não são aprovados – e eu acho uma mensagem válida. Real? Não sei
dizer, às vezes gostamos de pensar que sim, mas sabemos que, muitas vezes, o
“método” escolhido por eles pode, sim, dar resultados… ainda assim, nos
voltamos à ficção por um desejo pela catarse, por algo que nos faça acreditar
que as coisas não são tão injustas como às vezes vemos na vida real, e o fato
de Maurício e Nora, depois de tudo o que fizeram, não terem sido escolhidos
para a companhia é reconfortante. No eventual caso de uma segunda temporada, no
entanto, eles retornarão buscando “vingança”. O último número musical de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” é com a
música que dá título ao episódio: “Tente
Outra Vez”, interpretada pelo elenco
completo no palco, não apenas aqueles que tentavam uma vaga no teatro… e é
um momento muito bonito!
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