Alice in Borderland 2x04
O que é esse lugar?
Enquanto
parte da primeira temporada de “Alice in
Borderland” foi conduzido pela ideia de que, conseguindo todas as cartas,
haveria uma maneira de “voltar para o mundo real”, essa segunda temporada tem
uma variação dessa proposta inicial e se mostra, também, uma busca por
respostas a respeito de o que é esse
lugar, afinal de contas – quando o jogo mudou para a segunda fase, os
jogadores começaram a enfrentar as cartas de figura, das quais já conhecemos o
Rei de Espadas, o Rei de Paus e o Valete de Copas: como Arisu descobriu em sua
conversa com Kyuma antes de vencer o outro jogo, essas figuras eram jogadores como eles em algum momento do
passado, mas se transformaram em “cidadãos” daquele lugar e agora projetam os
novos jogos.
Isso quer
dizer que não há como sair dali?
No terceiro
episódio, o jogo do Valete de Copas foi iniciado: Confinamento Solitário. Um
jogo de confiança tenso do início ao fim, e que termina com o Chishiya sozinho
contra duas duplas, e ele está mais perto
do que nunca de descobrir a identidade do Valete de Copas para poder
encerrar o jogo, mas ele também precisa garantir a própria sobrevivência, e a
única pessoa que estava lhe contando qual era o naipe do seu colar desistiu do jogo na rodada anterior. É
um pouco estranha a ideia de um jogo iniciado em um episódio e terminado em
outro, para mim, mas foi bom ver essa mudança na dinâmica quando o jogo chega à
sua reta final – Chishiya sabe que, na organização atual dos sobreviventes, o
Valete de Copas vai tentar alguma coisa,
então não passarão daquela rodada.
Chishiya é
um ótimo personagem, e entrega cenas incríveis tentando descobrir o próprio
naipe, enquanto desvenda o mistério principal do jogo – desde o início, ele
está de olho em todos ao seu redor. Chishiya consegue eliminar dois naipes conversando com outros jogadores, e aumentar
as suas chances de sobrevivência de 25% para 50%, mas ainda continua sendo um palpite no fim das contas, onde as
chances de viver ou morrer estavam meio-a-meio. A última rodada é uma
estratégia bacana e possível por causa de cenas que não tínhamos visto antes, mesma estratégia narrativa utilizada para
como Arisu ganhou o jogo anterior com a ajuda de Tatta, naquele fatídico aperto
de mão com o Rei de Paus. Felizmente, Chishiya é inteligente o suficiente para
matar charadas e ler pessoas.
A identidade
do Valete de Copas consegue ser uma surpresa, no fim das contas. Estávamos com
poucas opções, e eu realmente achei, como comentei no meu texto anterior, que o
Valete ser o Banda seria óbvio demais,
porque ele foi quem primeiro mandou que alguém mentisse e é alguém fácil de se desconfiar. Ainda assim, eu
não tinha realmente parado para pensar que poderia ser Matsushita, aquele que
estava jogando com Banda e em quem Chishiya estava de olho desde o começo. No fim, o Valete de Copas é desmascarado, o jogo
chega ao fim, mas ele precisa passar por uma sessão de tortura e um
interrogatório do qual Chishiya não faz parte – mas há quem esteja muito
interessado em arrancar informações
de um cidadão do lugar onde estão.
Com o fim do
jogo, novamente o episódio tem uma quebra, parecendo dois episódios simplesmente colocados juntos. Retornamos para o
trio sobrevivente do jogo Osmose, e encontramos um Arisu bastante abalado pelos acontecimentos: desde a
morte de Chota e Karube na temporada passada (os flashbacks com eles são dolorosos de se assistir) até a recente
morte de Tatta, e ele lida com uma espécie de “culpa” ao se perguntar se foi o
responsável pela morte de Tatta em vão,
já que parece que vencer todos os jogos não é garantir alguma de que eles vão
voltar para casa… mas, se quiserem seguir em frente, eles precisam acreditar em alguma coisa. Kuina sai em
busca do resto do grupo que se separou e respostas, enquanto Arisu e Usagi
ficam sozinhos.
Gosto muito
da dupla formada por Arisu e Usagi, e de como eles chegam a compartilhar um
momento leve enquanto estão tentando caçar um coelho para o jantar, mas Arisu
não consegue pegar nenhum… é tão inusitado
vê-los sorrir que quando eles escutam um barulho estranho, eles parecem ser
trazidos de volta para a “realidade” de onde eles estão – uma realidade agora
intensificada por um vídeo que eles encontram de um homem que estava andando
por aquele lugar, fazendo entrevistas e tentando colher informações… muito
parecido com o que os personagens estão fazendo agora, especialmente se
acreditarem que vencer os jogos não é garantia de uma passagem de volta para
casa. Então, eles precisam descobrir mais
a respeito de “Borderland”.
Ou seja lá
como eles chamam esse lugar.
Eventualmente,
as coisas ficam difíceis para Arisu e Usagi, que são novamente perseguidos pelo
Rei de Espadas – a dupla se separa e parece que Arisu é salvo pelo seu
superpoder do protagonismo. Eu não quero que o Arisu morra nem nada, porque
gosto bastante dele, mas é um pouco
forçado vê-lo correndo sozinho pela mata, com o Rei de Espadas tentando
atirar nele e errando todos os tiros…
quer dizer, olha só quantas pessoas o Rei de Espadas já matou! Agora, talvez o
jogo dê uma virada quando os grupos
são refeitos: Arisu é misteriosamente atacado por alguém enquanto está correndo
do Rei de Espadas, alguém que parece usar de métodos brutos, mas que pode, sim,
ter salvado a sua vida… e alguém que está aliado com um rosto conhecido: Aguni.
Vamos ver como Arisu e Aguni trabalham
juntos.
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