Smash 2x01 – On Broadway
“Broadway, here I come!”
SEGUNDA TEMPORADA DE “SMASH” – e já começo minhas reviews avisando que eu AMO essa
temporada, e sempre vou achar que a série merecia muito mais (ou pelo menos uma
terceira temporada que levasse até os Tonys com calma, como claramente era a
intenção original do roteiro). “Smash”
é uma série musical completa, com atuações competentes e talentosas alinhadas
com um roteiro inteligente e dramático que mostra os bastidores do nascimento
de um musical da Broadway, e todos os dramas da vida pessoal dos personagens
envolvidos nessa produção. Aos compositores incríveis que nos trouxeram todas
as músicas de “Bombshell”, o musical
sobre a vida de Marilyn Monroe, agora se juntam alguns novos compositores que
trarão outro estilo de música para “Smash”, quando um problema na produção
faz com que Karen e os demais procurem “outra coisa”.
Na temporada passada, vimos a
estreia de “Bombshell”, com Karen
Cartwright no papel de Marilyn Monroe – e embora a estreia e a temporada de
Boston tenham sido um sucesso, nem
tudo vai assim tão bem para o musical… afinal de contas, quando é que foi?! Há
muitos elogios a “Bombshell”, Karen
está sendo constantemente elogiada como uma estrela em ascensão (finalmente a
deixaram ser uma estrela, como ela pede em “Let
Me Be Your Star”), e certamente as pessoas se levantam para aplaudir ao fim
de cada apresentação, mas isso não quer dizer que não existam ajustes a serem
feitos se eles quiserem levar o show para a Broadway… e dentre os ajustes necessários,
o texto de Julia precisa passar por uma reformulação,
segundo as críticas, mas Tom ainda não teve coragem de falar com ela sobre
isso, até porque ela está envolvida nos problemas com o próprio casamento.
Que, agora, parece ter chegado ao fim.
O início da segunda temporada de “Smash” é um caso interessante e
característico de séries que buscam se reinventar quando são renovadas… o
roteiro é ágil para excluir, de uma vez por todas, o Dev da vida de Karen, por
exemplo, porque a vida e a série precisam
seguir em frente. Gosto de como o episódio consegue se dividir muito bem
entre ser uma continuação do que estávamos vendo (gosto muito de ver Karen no
palco interpretando Marilyn Monroe com uma música totalmente nova e incrível de
“Bombshell”, “Cut, Print… Moving On”), mas ser também um divisor de águas para o
que quer que esteja à frente… também temos a apresentação de Ronnie, que canta “Mama Makes Three” durante uma
apresentação na Broadway e “On Broadway”
como um dueto com Karen durante um evento promovido por Eileen em celebração
pelo sucesso e futuro de “Bombshell”.
Que não sai como ela planejou…
Eileen estava planejando levar “Bombshell” para a Broadway agora que a
temporada em Boston chegara ao fim… e parecia que as coisas dariam certo para
ela, com um teatro reservado para as apresentações e tudo, mas as coisas
começam a sair de controle mais facilmente do que qualquer um esperava – e tem
dedo de Jerry, o ex-marido amargurado de Eileen! Uma matéria dizendo que
Rebecca Duvall deixou “Bombshell”
porque Derek a tinha assediado no camarim não
é o tipo de notícia que eles precisam associada ao show (além de que é uma
mentira!), mas uma denúncia anônima sobre como
Eileen conseguiu o dinheiro de que precisava para montar “Bombshell” é realmente o grande problema: agora, o show vai ser
investigado e, enquanto esse processo que pode durar interminavelmente não
chegar ao fim, a produção do musical ficará parada.
Todos precisam seguir em frente.
É desolador para todos os
envolvidos como um ano de trabalho parece por fim não ter dado lá muito certo…
com a produção de “Bombshell” parada
e sem previsão para retornar (se é que algum dia vai retornar), as pessoas precisam tentar seguir em frente. Ivy faz
uma audição ao som de “Don’t Dream It’s
Over”, Julia se muda para a casa de Tom, com o fim de seu casamento, Sam
provavelmente vai embora em uma turnê de “The
Book of Mormon”, Derek vai enfrentar acusações que podem lhe custar a
direção de “The Wiz”, minando
totalmente o que era para ser sua grande
temporada de sucesso, e Karen está de volta ao trabalho de garçonete, no
fim das contas… e é aqui que percebemos que, de uma maneira ou de outra, “Smash” tem ideias para um “recomeço”
nessa segunda temporada, e mal podemos esperar pelas novidades, enquanto as
vemos se insinuar.
Karen também interage rapidamente
com dois novos personagens (que se tornarão meus queridinhos durante a
temporada): Jimmy, um jovem um tanto quanto amargo,
mas claramente talentoso, que
trabalha em um bar, e Kyle, seu melhor amigo com quem está trabalhando em um
musical… as cenas de Karen com Jimmy funcionam muito bem e mostram química e um
potencial para provocações que não
tem como não dar certo, e a cena de Karen com Kyle rende um dos momentos mais
divertidos (e maldosos) de “Smash”,
quando ele pede que ela assine um playbill
de “Bombshell” e, enquanto ela pega o
playbill para assinar, talvez
lisonjeada ou não sei, ele diz que “coleciona programas de musicais
fracassados”. E o pior é que dá para ver
que o Kyle não fala aquilo por mal… mas, claro, é um comentário desafortunado, especialmente para alguém
que você acaba de conhecer.
O destaque de Jimmy, nesse
episódio, fica para a última cena do episódio – impactante e perfeita para nos
deixar vidrados e ansiosos para o que
vem a seguir. Na última vez em que vimos Karen e Derek juntos, ele a incentivou
a procurar alguma “outra coisa”, porque ela é muito talentosa, e disse que, se
encontrasse, ela podia ligar para ele… talvez
ele estivesse procurando um emprego. E é exatamente o que acontece quando
Karen esquece o celular dentro do bar e volta para buscar, e se depara com
Jimmy sentado ao piano que ele nem tem
autorização para estar tocando, e ele está ARRASANDO ao tocar e cantar “Broadway, Here I Come!”, que é uma
música forte, impactante e que, na voz de Jeremy Jordan, causa arrepios – eu adoro sua potência vocal, e adoro ouvi-lo
cantar. É apenas um começo, apenas uma introdução, mas mostra que essa temporada tem potencial.
E é uma grande temporada!
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