Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 2) – Realidade Ampliada
O mundo mudou…
Estou
curioso, gostando de “Lendas do
Recomeço”, mas ainda leio à nova fase da “Turma da Mônica Jovem” com um pé atrás, sentindo que ela poderia
ser menos superficial. Seguindo a
proposta de três histórias por edição, “Realidade
Ampliada” continua a história maior que vai durar seis edições, trazendo
mais algumas pequenas informações e um destaque bem-vindo para o DC, que sempre
foi um dos meus personagens favoritos, enquanto traz duas outras pequenas
histórias, de 30 páginas cada uma… o que eu gosto nessa proposta de “histórias
curtas” é a oportunidade de darmos o protagonismo a personagens que geralmente
ficam em segundo plano e, dessa vez, vemos uma história protagonizada pelo Titi
e outra pelo Xaveco, nosso eterno personagem secundário… assim como aconteceu
na edição passada, uma delas é melhor
do que a outra.
“Lendas do Recomeço: Parte 2” é
bastante expositiva em relação às mudanças no mundo em que a turma agora vive:
a realidade ampliada é parte da vida cotidiana das pessoas, todos têm lentes
que lhes permite ter “uma tela de computador” na frente dos olhos o tempo todo,
que lhes mostra nomes, direções, preços das coisas… isso me lembrou muito
premissas de “Black Mirror”, e sinto
que apesar dos problemas que provavelmente serão enfrentados no futuro dessa
história, a ideia principal é muito bacana, e eu acho que o mundo está mesmo
caminhando nessa direção, embora ainda levará alguns anos para que cheguemos
lá… voltado ao mundo jovem, a realidade ampliada significa, para o pessoal da
turma, que os videogames vieram para o
mundo real, então todos parecem estar se envolvendo enquanto tentam vencer
um concurso com um prêmio promissor.
Acho que a
história principal está falhando com Cebola e Mônica – eu não acho que a
revista precise girar em torno do romance deles, como girou por várias edições
cansativas no passado, mas é estranho não saber bem onde eles estão no relacionamento deles (namorados ou só amigos?),
e enquanto eles aceitam missões, avançam de nível e competem entre si, sinto
que Mônica e Cebola estão mais
superficiais do que nunca… parecem personagens sem qualquer profundidade. É
diferente do próprio Cascão e da Magali, por exemplo, que não tiveram muita
participação ainda, mas que trazem premissas que, se bem desenvolvidas, devem
ser um destaque de “Lendas do Recomeço”:
Magali continua enfrentando problemas em seu namoro com o Quim, enquanto o
Cascão sofreu um acidente praticando parkour, mas não quer perder o concurso.
Para mim, o
maior destaque dessa segunda edição na história principal foi o Do Contra – eu
AMO o Do Contra, eu o acho lindo, e eu estou muito feliz em ver que,
aparentemente, ele vai ter uma grande participação nessa nova fase da revista!
Do Contra reluta um pouco a se juntar ao jogo “Lendas do Recomeço”, mas o faz
eventualmente, e surpreende a todos quando, no
seu primeiro dia jogando, consegue avançar até o Nível 11 – quer dizer, a
Mônica que parece ser a melhor jogadora está no Nível 12, enquanto o Cebola,
dedicado e querendo vencer uma aposta que fez com ela, passa do Nível 9 ao 10
durante essa edição… como o Do Contra
conseguiu subir tão rápido? Acredito que isso será explorado nas próximas
edições e quero ver o que ele trará à história, mas foi bem legal vê-lo se
juntar a Mônica e Cebola em uma missão maior que todas as outras, enfrentando
um dragão!
Mas qual é o
propósito da história, no fim das contas?
Temos quatro
edições para descobrir!
A segunda
história da revista é “Titi Tantsor”,
protagonizada pelo Titi, que não é um dos personagens mais queridos da “Turma da Mônica Jovem”, já que ele só
se preocupa com o próprio corpo e vive agindo como um babaca… essa história é
fraca, mas não chega a ser tão ruim quanto a última história da edição anterior
– depois de perder uma aposta na academia, Titi é desafiado a fazer um mês de aula de ballet, e a
história é bastante didática como a “Turma
da Mônica Jovem” vive sendo, falando sobre como o ballet é difícil e todos
os benefícios que ele pode trazer, mas acho que a mensagem funciona bem,
falando com leveza e de maneira direta contra o preconceito que às vezes os
homens sofrem por querer dançar ballet, com direito ao Jeremias, sempre
maravilhoso, perguntando ao Titi “em que século ele vive”. Pode ser um
crescimento para o Titi.
Por fim,
temos “XavecoTube”, uma história
protagonizada pelo Xaveco – um personagem querido, mas que normalmente é
recordado apenas em piadas sobre “personagens secundários”. Aqui, o vemos
trabalhar exaustivamente para editar vídeos de Carmem e Denise o tempo todo, e então ele começa a
pensar que talvez ele mesmo devesse abrir um canal, e faz uma pesquisa sobre
temas que fazem sucesso, até descobrir que vídeos
de terror fazem sucesso… então, ele acaba invadindo uma suposta “mansão
mal-assombrada” dos limites do Bairro do Limoeiro, da qual a Ramona está
tomando conta enquanto o dono está na Transilvânia (!), se excedendo e Ramona
precisa lhe dar uma lição sobre filmar
uma casa sem a autorização do dono. Também é um pouco superficial e
bastante didático, mas Xaveco e Ramona conseguiram sustentar bem a história.
Uma edição
interessante… mas a nova série ainda está precisando engatar.
Promissora,
só precisa de um gás e de propósitos mais definidos.
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Luz
Eu li algumas revistas dessa nova temporada, embora sejam melhores que a segunda temporada, eu ainda prefiro as primeiríssimas edições que foram publicadas em 2007 e até 2016. O roteiro podia ser até datado, mas eu amava.
ResponderExcluirComecei a postar agora o primeiro arco dessa nova série, quero começar a ler o segundo, estou atrasado... também amo a 1ª Série (comentei algumas aqui no blog, mas não tantas, quero completar esse projeto ainda). Quando reli 4 Dimensões Mágicas para escrever pra cá, minha nossa! QUE DELÍCIA DE LEITURA haha
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