Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 3) – Falhas e Sonhos
O mistério por trás do jogo…
Antes de
tudo, gostaria de novamente elogiar o visual da nova “Turma da Mônica Jovem”. Eu ainda tenho receios em relação ao novo
modelo, como venho comentando nessas reviews,
mas quando peguei “Falhas e Sonhos”
para a leitura, eu passei algum tempo olhando para a edição, para os traços e
as cores da capa e realmente é um
trabalho de excelente qualidade… o modelo de três histórias por revista, no
entanto, ainda não me convenceu –
dessa vez, finalmente, temos duas histórias igualmente
interessantes para completar a “história principal” da edição, mas é
impossível não ficar com a sensação de que falta
algo porque a história só tem 30 páginas: aquela história do Louco, por
exemplo, é uma história que, em outra ocasião, seria desenvolvida em uma
história de 120 páginas… assim, continua parecendo que a história é
“superficial”, mas também continuo gostando da atenção a outros personagens.
A primeira
parte da edição, como sempre, se dedica a continuar a “saga” em vigência. A
terceira parte de “Lendas do Recomeço”
não é a minha favorita até agora, porque tenho a sensação de que ela não avança o suficiente – já foram
três de seis edições, e parece que a história ainda não saiu de seu tom
introdutório… coloquei muita fé na entrada do Do Contra na trama, porque ele é um dos meus personagens favoritos
(e ele está muito bonito nessa edição!), mas ele não entrega a história que eu
esperava, tendo um motivo muito bobo para ter chegado ao Nível 11 mais rápido
do que todo mundo, por exemplo… nessa edição, ele luta ao lado de Mônica e
Cebola contra um dragão poderosíssimo que leva os três até o Nível 20 (!), e Mônica
e Cebola continuam parecendo dois personagens extremamente genéricos – sei nem
qual é a história deles aqui.
É diferente
do Cascão, por exemplo, que está quase esquecido e com pouquíssima aparição,
mas nos intriga com o seu mistério, a sua determinação, a sua personalidade
mais séria e sofrida… e, dessa vez, ele interage com Luca, e é uma dupla
interessante. Magali, por sua vez, continua no seu drama com Quim, que parece
estar escondendo algum segredo, mas novamente a edição só quer nos lembrar de que
“existe algo ali”, sem que nos explique de fato… gostei de acompanhar aquela
ida de Marina, Milena e Denise até a sede da empresa responsável pelo jogo “Lendas do Recomeço”, porque conhecemos
um vilão do jogo que pode não ser apenas um
vilão do jogo – e, ao que tudo indica, isso tem muito a ver com o Franja e
todo o mistério por trás do seu desaparecimento
desde que ele foi trabalhar como estagiário nessa empresa… curioso pela trama
do Franja.
Mas com medo
de que eles pensem muito grande e não tenham tempo de resolver…
Faltam apenas três edições para concluir
essa primeira saga!
A segunda
história da edição é “Quebrado em Dois”,
que funciona por vários motivos: além de ter um pouquinho do Louco, que é um
personagem muito querido, a história também traz um protagonismo bem-vindo à
Milena, enquanto continua trabalhando sua amizade com Marina, em uma história
que se assemelha muito a histórias já contadas anteriormente na “Turma da Mônica Jovem”, mas tem um
clima meio de “Stranger Things” e “Doutor Estranho”, e é repleta de ação…
nela, Milena percebe que alguma coisa
está errada com o Professor Licurgo, então ela resolve investigar,
especialmente quando ela fica com a sensação estranha de que está sendo observada através do espelho…
no fim, a história traz uma boa mensagem sobre o Licurgo abraçar a sua loucura,
porque é parte dele, e isso tudo me fez pensar muito nos Monstros do ID de
outrora.
Por fim,
temos “A Porta”, uma história
protagonizada pelo Nimbus (outro personagem de que gosto bastante) e seus
amigos – Tikara, Keika, Maria Mello e Toni – durante uma excursão que eles
fazem até Quixadá, uma cidade no Ceará famosa por seus monólitos e com algumas
histórias misteriosas e intrigantes sobre “abduções alienígenas”. A trama é
muito parecida com o que lemos por muito tempo nas revistas do “Chico Bento Moço”, que adorava uma
história de alienígenas quando deixou sua primeira fase mais interessante. A
história é interessante, traz o Nimbus abrindo um portal e resgatando os amigos
de outra dimensão em uma trama cheia de ação, e, infelizmente, poderia ter sido
trabalhada ao longo de mais páginas… mesmo assim, fico feliz por ver
personagens como o Nimbus ganhando destaque e protagonismo, mesmo em poucas
páginas.
Aos poucos,
a revista vai encontrar o tom e o ritmo corretos.
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