Uncoupled 1x05
“It’s a
journey. No
shortcuts”
É CADA
SITUAÇÃO EM QUE O MICHAEL SE ENCONTRA! O término com Colin ainda está pesando sobre ele – e vai continuar pesando por muito
tempo, infelizmente. Não tem como ser
fácil. Entender isso não quer dizer que ele esteja contente com tudo o que
está vivendo, ainda mais quando ele esbarra em um homem bonito, mas com uns
pensamentos irresponsáveis que fazem com que qualquer relação seja impossível,
e isso faz com que o Michael fique ainda
mais bravo com o Colin, por tê-lo mandado de volta para uma vida de
azaração, com a qual ele não sabe lidar, não depois de 17 anos em um
relacionamento estável… aparentemente, as
coisas mudaram desde quando Michael saía por aí, e talvez “voltar para o
mercado” não seja a coisa mais fácil.
Ao menos agora ele tem “a nude perfeita”.
E Michael é
um homem que chama atenção!
Tentando
ajudar o amigo a “ficar menos bravo”, Suzanne resolve levar Michael para uma
espécie de guru ao qual uma conhecia dela, Mia, foi e supostamente a ajudou a ficar muito mais calma ou qualquer coisa
assim. Toda a sequência de Michael com o guru é bizarra e hilária, e eu me
diverti muito tanto com as reações do Michael enquanto o homem estalava os
dedos na sua frente em um “processo de cura”, quanto com as reações de Suzanne
depois, reclamando dos 400 dólares que eles gastaram (!), e praguejando contra
Mia. No dia seguinte, no entanto, alguma coisa de fato parece ter mudado em Michael, e ele está muito mais calmo que o normal. Sorridente
e vendo arco-íris pela janela do quarto (!), Michael demora 36 minutos inteiros
par apensar em Colin pela primeira vez.
O “novo”
Michael é realmente HILÁRIO. Totalmente descabido e não combina com o
personagem, mas é justamente por isso que é
tão engraçado, porque estamos habituados a assistir à versão rabugenta e
reclamona do Michael, e é quase assustador
vê-lo tão leve, chamando o Colin de “coitadinho” e coisas assim. Enquanto
decide “se abrir para o mundo”, Michael resolve aceitar a ajuda do pai, que o
está tentando juntar com o seu dermatologista, e embora isso pareça arriscado
ou desesperado, uma pesquisa no Google lhe mostra que o dermatologista é um homem muito bonito e quem sabe ele
deva dar essa chance ao universo. Por que não? Então, ele acaba em um encontro
que parece perfeito demais para ser
verdade… alguma coisa tem que dar errado.
Demora um
dia para acontecer. Mas acontece.
Durante uma
exibição no estúdio de Stanley, as coisas entre Michael e o dermatologista
parecem esquentar a ponto de eles
terem que resolver isso no quarto – o que não é nenhuma grande surpresa, a
exposição era realmente bastante gráfica
e excitante. E é aqui que ganhamos uma das cenas MAIS ZOADAS de “Uncoupled”, quando Michael se assusta
ao descobrir que o pênis do dermatologista é
muito maior do que ele podia imaginar… e, consequentemente, muito maior do
que ele está habituado. Inseguro, Michael até pensa em tentar, mas o dermatologista começa a falar sobre “dar uma injeção
para amortecer a região” e Michael percebe a tempo que ele precisa fugir dali o mais rápido possível… realmente, nem
quando parece que as coisas vão dar certo, elas dão.
Não vai ser
fácil.
Eventualmente,
o episódio chega a uma conclusão muito fofa e inesperada, quando o vizinho de
Michael, Jack, o encontra antes de entrar no prédio e fala sobre “uns recados
que deixara para ele”, e que descobrimos que Michael tinha entendido de maneira
equivocada… apesar de Michael achar que ele
estava flertando com ele, na verdade Jack queria falar sobre a venda do seu
apartamento e contratá-lo como seu corretor, já que está pensando em mudar da
cidade, porque descobriu que Nova York não é mais para ele, não na sua idade –
é uma cidade para os jovens, mas talvez Michael ainda se encaixe nessa
categoria. É um momento bonito de drama e esperança no qual vemos alguma coisa se transformar na maneira
como Michael olha para o horizonte.
E é muito
bonito!
Além disso,
Jack é quem ajuda Michael a entender um pouco do que ele está sentindo, e mais
do que isso: a entender que ele vai
sentir essa dor e não tem como fugir dela. Jack conta brevemente sobre como
o homem que ele amava morreu há 23 anos e como ele sofreu, como acreditou que
nunca superaria essa dor, mas isso acontece, com o tempo… mas só assim, só com
o tempo. É muito bonita a fala sobre como
essa é uma jornada, e não há atalhos que Michael possa pegar. Espero que “Uncoupled” siga esse caminho e não
traga, como eu nunca achei que traria, um retorno de Michael e Colin, porque
queremos ver o Michael superar, queremos vê-lo seguir em frente, até para que
todos saibam que, por mais que doa, é possível seguir em frente.
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