Grease: Rise of the Pink Ladies 1x06 – Sloppy Seconds Ain’t My Style

O resultado da eleição.

“Sloppy Seconds Ain’t My Style” não é necessariamente um dos meus episódios favoritos em “Grease: Rise of the Pink Ladies”, mas eu sinto que é um importante episódio de transição, agora que as eleições chegaram ao fim – talvez não as consequências dela, no entanto. Afinal de contas, Jane foi a vencedora, conforme vimos no fim do episódio anterior, mas também percebemos de imediato que as autoridades da escola fariam alguma coisa para manipular o resultado. Saber que provavelmente Buddy seria anunciado presidente, mesmo sem ter vencido a eleição, não nos preparou para a raiva que sentimos quando isso se concretizou, no entanto. Depois de termos acreditado na vitória de Jane e de termos celebrado esse momento, o baque é grande.

E vai ficar por isso mesmo?

Difícil saber… Olivia estava lá quando a contagem foi feita, duas vezes, portanto ela sabe que a vitória é de Jane. Na verdade, até mesmo o Buddy sabe que a vitória é de Jane, embora ele não esteja disposto a fazer nada grandioso e aceita o cargo, apenas convidando Jane para estar com ele na presidência – para o desespero de Susan. Enquanto Jane acredita que não há nada que possa ser feito e aceita a proposta de Buddy (até porque ela está se envolvendo com ele novamente, o que não devia estar fazendo), Olivia decide não descansar, e vai atrás de qualquer prova que possa conseguir para mostrar a fraude nas eleições… e a “suspeita” se confirma, embora ainda seja incerto o que se pode fazer com o pouco que ela conseguiu descobrir e reunir de evidência.

Embora não seja dos melhores episódios da série, “Sloppy Seconds Ain’t My Style” é importante para definir algumas coisas e para mudar algumas relações… algumas pessoas são obrigadas a sair de suas zonas de conforto e descobrem o quanto têm força; outros personagens encontram apoio e conselho em figuras completamente inesperadas; mais de uma personagem decide que não quer ser “segunda opção”; e Jane percebe que não precisa ser presidente para fazer a diferença na escola, porque as Pink Ladies já estão consolidadas. Mas será que a “gangue das meninas” consegue sobreviver a essa derrota? Cynthia parece acreditar que, agora que elas perderam a eleição, cada uma vai seguir o seu caminho, porque esse era o único motivo de elas terem se juntado em primeiro lugar…

Mas era mesmo?

Inesperadamente, Jane tem uma cena interessante com Susan, quando ambas são colocadas juntas em uma aula de direção, onde ganhamos uma sequência musical muito boa protagonizada por Susan: “Girls Can’t Drive” é forte e intensa, e expressa um pouco das angústias de uma profundidade não aparente na personagem de Susan… gostei muito de como elas conseguiram terminar o episódio “superando” (mais ou menos) as suas diferenças, quando Susan reconhece as virtudes de Jane, como o fato de ela ser uma boa pessoa, e fala sobre como ela tem poder na escola, porque todo mundo respeita as Pink Ladies ou qualquer coisa assim. Por mais estranho que seja, é Susan quem ajuda Jane perceber que ela não quer ficar na sombra de Buddy.

E é muito bom ver a Jane saindo de lá.

Cynthia, por sua vez, está lidando com seus sentimentos por Lydia, e as duas compartilham algumas das melhores cenas do episódio, embora elas ainda não saibam bem o que fazer com o que estão descobrindo… depois de elas terem se beijado uma e várias vezes durante os ensaios para a peça, Lydia parece ter se afastado como se tudo não passasse apenas de ensaio, e aquilo está deixando Cynthia confusa, angustiada e quase se sentindo sozinha. Amei o momento, tão próximo da estreia da peça, em que Lydia procura Cynthia nos bastidores e elas resgatam o primeiro exercício do qual Cynthia participou quando se juntou ao grupo de teatro, e isso as leva a uma expressão tão sincera dos seus sentimentos, mesmo com tão poucas palavras… e é muito bonito!

Cynthia, no entanto, acaba abandonando “Romeu e Julieta” no último instante… e Hazel precisa assumir o seu lugar. Afinal de contas, ela sabe toda a peça de cor, só precisa superar o seu medo de palco. É legal como é Nancy quem parece ser quem lhe dá o último empurrãozinho, depois de elas terem brigado tão sério no início do episódio – é o começo de uma bonita amizade? Afinal de contas, a briga foi intensa, mas a maneira como elas formaram uma dupla para finalizar os figurinos foi EXCELENTE, e a maneira como Nancy empurrou Hazel rumo à vitória também. “Finding My Light”, a estreia de Hazel como Julieta, é um momento importantíssimo para a personagem, que decidiu parar de se esconder e de não ser vista… é hora de ela mostrar a que veio.

Finalização de “Finding My Light” tem muitas influências de “Defying Gravity”, de “Wicked”.

Será que a trama da eleição ainda tomará grande parte de “Rise of the Pink Ladies”? Eu sei que eu gostaria de ver a fraude sendo exposta, mas não sei se é isso o que a série vai trazer… de todo modo, o episódio funciona como um ponto interessante de transição, e termina responde à pergunta levantada lá no início: com a derrota nas eleições, ainda existe algo que une as Pink Ladies? Aparentemente, sim. Afinal de contas, elas criaram um laço, construíram uma amizade… as Pink Ladies se tornaram um grupo onde elas se encontraram, e isso é muito importante para ser abandonado. A sequência final é lindíssima, com as quatro reunidas sem precisar falar sobre nada sério, apenas curtindo a companhia uma da outra, assistindo televisão e cantando uma música de um comercial de pasta de dentes.

Poderia ser mais legal?

 

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