Our Skyy: Vice Versa – Episode 2: Multi Color

Existem muitas formas de demonstrar amor…

Encerrando o arco de “Vice Versa” em “Our Skyy”, “Multi Color” é um episódio absolutamente fofo, com uma solução inusitada e divertida para todo o “mistério” do garoto que apareceu de surpresa na casa de Puen e Talay em uma noite chuvosa os chamando de “papais”. Os dois episódios funcionam como uma espécie de “epílogo” para “Vice Versa”, retomando os personagens e as histórias do BL, mas também apresentando uma nova fase da vida deles e tentando amadurecer a sua relação – embora parte de mim ainda não consiga vê-los como um casal que está há 5 anos junto. Toda a trama do arco de Puen e Talay parte do princípio de que, embora se amem, eles estão enfrentando problemas em sua relação… e amigos propõem uma solução absurda.

O início do episódio, ainda sem respostas a respeito de Jigsaw, nos permite apenas curtir aqueles momentos legais de Puen e Talay “brincando de casinha”. Depois de terem se aventurado em um mês de “dias especiais” um para o outro, eles embarcam agora em uma nova aventura ainda mais desafiadora, que é a de criar uma criança de 5 anos de idade. Não há tempo para se preocupar com a origem de Jigsaw, e se ele pode ser filho de Pakorn ou de Tess, consequência da troca de corpos e de universos que foi a base para “Vice Versa”, porque o episódio está interessado mesmo em apresentar momentos fofos em família… e, por algum motivo, eu sinto que Puen e Talay combinam como pais daquele garoto – mesmo que ainda não estejam prontos para a missão.

E isso fica evidente no dia em que eles resolvem levar Jigsaw ao zoológico… as coisas estavam indo muito bem, com os “papais” de Jigsaw desenhando com ele, brincando na piscina e o colocando para dormir em cenas repletas de carinho, atenção e amor, mas a sequência do zoológico mostra que o excesso de trabalho continua sendo um peso – afinal de contas, ter um filho é algo trabalhoso, e geralmente precisa ser muito bem planejado, e Puen e Talay não tiveram tempo para se programar para as mudanças que aconteceram nas suas vidas desde que Jigsaw apareceu com uma mala e alguns brinquedos que “misteriosamente” parecem aumentar a cada dia. Além disso, como um casal gay, Puen e Talay só terão filho um dia se DECIDIREM que é o que querem.

O dia no zoológico começa bem – inclusive, me deu vontade de visitar um zoológico como aquele, onde os animais parecem mais soltos e parecemos estar tão perto deles… inclusive, e desculpem-me pelo desvio rápido do tema, eu sou apaixonado por girafas por algum motivo que nem sei explicar, então fiquei encantado com a possibilidade de vê-las tão de perto, dar comida para elas, e com aquela girafa gigante de pelúcia no fim do episódio; mas voltemos ao episódio… quando Puen e Talay se “distraem” em seus próprios celulares, envolvidos demais com o trabalho, eles “perdem” Jigsaw que sai andando sozinho pelo zoológico e felizmente é encontrado por Tup e Two, os amigos de Puen e Talay que “os seguem” até lá depois de verem os stories.

E, naquela noite, temos revelações… e eu achei tão absurdo e, ao mesmo tempo, tão cômico que eu dei boas risadas e me diverti. Sem grandes mistérios, no fim das contas, Jigsaw é sobrinho de Tup, e faz parte de um plano de Tup e Two para tentar aproximar Puen e Talay, que “andavam brigando demais”. É descabido? É. Rendeu uma trama divertida? Também. Foi gostoso revisitar algumas cenas do especial sabendo da verdade, e vemos as peças do quebra-cabeças se encaixando de maneira curiosa – e ficamos nos perguntando qual será a reação de Talay quando descobrir que Puen sabia de tudo… não desde o primeiro dia, mas desde o segundo, quando ele deveria ter ido até a polícia para ver se alguém estava procurando por uma criança desaparecida e lhe contaram a verdade.

Agora, é a hora da virada.

Confesso que não desconfiei de Talay no primeiro momento, quando ele parece estar dando bronca em Jigsaw por causa de um HD com o trabalho de tanto tempo que o garoto jogou na água… quer dizer, é bastante convincente que ele fique bravo com isso, e o seu desabafo com Puen é bastante sincero, também. Mas conseguimos ler Talay direitinho no momento em que ele some com Jigsaw e volta para casa dizendo que “o deixou em um orfanato” porque “era a melhor coisa a se fazer” ou algo assim. Eu não sabia bem quando, mas eu tinha certeza de que o Talay tinha descoberto tudo e estava jogando… E EU O AMO POR TER FEITO ISSO E SURPREENDIDO A TODOS. Afinal de contas, é uma gostosa virada do roteiro e quase que uma “vingança”.

Inclusive, dei boas risadas com o Jigsaw gritando seu nome na “chamada” do carro!

Assim, a resolução para todo o caso da “criança misteriosa” é simples, divertida e, felizmente, não gera um grande conflito para a relação de Puen e Talay – talvez pela falta de tempo do roteiro mesmo. De todo modo, eles levam isso muito bem, e ainda tiram lições importantes de toda a experiência inusitada, depois de se despedirem de Jigsaw e se verem sozinhos novamente: se algum momento faltar o rosa, eles têm muitas outras cores com as quais preencher as suas histórias. Não é nessas palavras que eles dizem, mas minha conclusão é: existem muitas maneiras de demonstrar afeto e amor, apenas precisamos aprender a enxergar isso… e, se eles estiverem dispostos, eles vão encontrar o amor em pequenos gestos e momentos, mesmo no meio da correria do dia-a-dia.

Foi lindo revê-los, foi lindo vê-los relembrando o início de sua história…

Uma bela revisita a “Vice Versa”. Agora, partimos para “My School President”.

 

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