Severance (Ruptura) 1x04 – The You You Are
“Your job
needs you, not the other way around”
QUE EPISÓDIO
TENSO. Gosto muito da imprevisibilidade de “Severance”,
e do fato de que existem muitas possibilidades de rumos que a série pode tomar.
“The You You Are”, o quarto episódio
da temporada, intensifica o controle que a Lumos tem sobre os personagens, ao
mesmo tempo em que a situação no escritório fica cada vez mais desesperadora,
mas, também, talvez estejamos prestes a ver o nascimento de uma revolução… Helly
está insatisfeita com o seu “trabalho” desde o primeiro dia, e continua fazendo de tudo para se livrar dele, mas
eu ainda acho que Mark vai se juntar a ela em algum momento – e conforme eles
se unem, talvez, eles tenham força o suficiente para fazer alguma coisa… mas me intriga aquele livro “deixado” lá? Será
que foi proposital? É um teste?
Um experimento?
Helly é,
possivelmente, a melhor personagem de “Severance”
até o momento – e ela tem as melhores e mais angustiantes cenas desse episódio.
No episódio anterior, ela fez de tudo para escapar ou, ao menos, passar uma
mensagem para a sua Externa, o que acabou lhe rendendo uma visita à Sala de
Descanso… acompanhá-la repetindo exaustivamente aquela fala absurda causa
desconforto e raiva. Quando Helly retorna para o escritório, ela está exausta, mas mesmo todo o trauma da Sala
de Descanso não vai fazer com que ela pare de continuar lutando pelo que quer: se ver livre daquele trabalho eterno
(porque é o que é para a Helly Interna, no fim das contas, e eu entendo
perfeitamente a sua dor e a sua angústia, porque eu mesmo não sobreviveria).
Acreditando
que a sua Externa a entenderia se ela pudesse falar com ela, Helly exige uma
câmera para gravar um vídeo para ela, ameaçando cortar quatro dedos fora com
uma guilhotina se não lhe derem o que ela pede – e, no momento em que ela entra
naquele elevador com o vídeo nas mãos, ela está perfeitamente confiante de que,
dessa vez, ela não voltará mais para lá… o que torna ainda mais triste o momento em que as portas do elevador se abrem
novamente e ela está ali de novo, com outro vídeo na mão, dessa vez da sua
Externa para ela: e é tão REVOLTANTE
assistir ao vídeo que a sua Externa gravou. No vídeo, a Helly Externa diz
que ela é uma pessoa, mas a Interna não é, e é ela quem toma as decisões…
extremamente violenta, irredutível, desumana.
Então, Helly
faz a única coisa em que consegue pensar: e
tenta se matar.
Sequência
final toda é alarmante e triste, mas entendemos seus sentimentos.
Surpreendentemente,
com um clima muito menos pesado,
estamos acompanhando as “aventuras” de Irving pelo escritório, e se o episódio
passado sugeriu alguma relação entre ele e Burt a partir daquele encontro no
corredor, esse episódio oficializa isso quando Burt aparece com um convite para
que eles visitem o seu setor, e Irving corre para aceitar o convite. Todo o
flerte dos dois rende cenas fofas (o momento que Burt toca sua mão, ou quando
Irving o procura, depois), e acho que existem duas possibilidades a partir de
agora: ou a) Burt e Irving se conhecem do lado de fora e têm uma relação; ou b)
o fato de eles se apaixonarem dentro
da empresa vai fazer com que eles desejem “sair” para que possam viver esse
sentimento do lado de fora.
Curioso pelo
futuro dessa trama.
Do lado de
fora, Mark se depara com a notícia não surpreendente da morte de Petey, e
escolhe ir ao seu funeral – ele tem uma desculpa boa sem precisar admitir que
Petey o procurou recentemente: ele pode dizer que a matéria de jornal falava
sobre como Petey trabalhava na Lumos e, como ele também trabalha lá, talvez
eles se conhecessem… a maneira como a morte de Petey pesa em Mark é
interessante, porque tem a ver com aquilo que Petey falara sobre a dor
continuar presente, mesmo quando não se lembra dela… ele pode não se lembrar de Petey no trabalho, mas eles eram amigos, não
eram? Enquanto isso, a Sra. Selvig, a vizinha de Mark e chefe na Lumos,
também aparece no funeral com uma missão específica: tirar o chip de Petey antes que alguém o encontre.
Por fim,
temos o Mark do escritório – e nos perguntamos se poderemos vê-lo se rebelar um
dia. Talvez sim. Mark sente a falta de Petey com o seu desaparecimento
repentino e misterioso, e o mapa que Petey desenhara e escondera no
porta-retratos do escritório mexeu com ele de alguma maneira. Além disso, eles
encontram um livro com dedicatória a Mark
no escritório (o livro escrito pelo cunhado de Mark, e que foi levado para a
Lumos para uma “vistoria”), e alguma coisa o faz querer ler e saber o que está
escrito ali… talvez o Mark Interno de alguns dias atrás não teria se
interessado, mas, agora, ele não consegue controlar a curiosidade, o que pode
ser bom. Tanto que Harmony Cobel (a “Sra. Selvig”) o manda para uma sessão especial no Bem-Estar…
Ela acha que
“ele está precisando”.
Tensão,
mistério… estou deveras intrigado com “Severance”
e amando cada episódio!
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