Sítio do Picapau Amarelo (2006) – Quermesse pelo Grito do Picapau
O amuleto de Trévan.
Querendo se
livrar d’O Grito do Picapau, o jornal que fala mal dele dia sim e outro também,
Valdo Serrão decide destruir a redação de
Samuel – o que é um crime bárbaro e que deixa o Samuel arrasado, a Emília
inconformada e o Arraial dos Tucanos mobilizado para reerguer a sua principal
fonte de informação… surpreendentemente, é Thirza quem sugere que eles façam
uma campanha para arrecadar dinheiro para conseguir pagar pelas peças que
precisam ser substituídas e tudo o mais que foi quebrado, então Emília
complementa a ideia de Thirza dizendo que ELES PODEM MONTAR UMA QUERMESSE: vai
ter barraquinhas, muita comida, música, dança… uma verdadeira festa que está agitando todo mundo. Eu adoro
acompanhar a energia da organização da quermesse, com todo mundo empenhado em
ajudar a deixar tudo pronto.
Thirza está
animadíssima, ajudando a Tia Nastácia na cozinha e dizendo que vai ficar na
barraquinha, vendendo doce… Samira, por sua vez, fica responsável por fazer a
arte que vai para os panfletos que eles espalham por todo o Arraial e, então, a
quermesse é levantada em pouco tempo e é uma verdadeira festa deliciosa. O
Arraial dos Tucanos fica LINDO, e a energia de todo mundo sorrindo, dançando e
se divertindo é mesmo contagiante! É uma festa que rende bons momentos, como o
reencontro de Flor e Baobá e, é claro, o Urbano finalmente descobrindo que a Flor é uma caipora, ou o Chico e a
Thirza, mais apaixonados do que nunca… e, é claro, a quermesse cumpre o seu
objetivo principal, que é arrecadar dinheiro o suficiente para reabrir O Grito
do Picapau. Mas, é claro, a quermesse
também tem as suas confusões, causadas por Trévan e Valdo.
Quando
Thirza e Chico se aproximam, dançam juntos em um dos momentos mais lindo dos
dois e Thirza diz que seu sentimento por ele está cada vez mais forte (eles
estão alimentando esse flerte há muito tempo, com direito a vários momentos
lindos e o Chico sempre se despedindo dela com um beijo carinhoso no rosto, por
exemplo), Trévan fica furioso, fala sobre “destruir todas as forças do bem” e,
consequentemente, o amor de Chico e Thirza, então ele manda o Príncipe Theo
enfeitiçado para ir separá-los, e ele chega intenso e violento, gritando: “Larga a minha princesa!”. São cenas bem
fortes para o “Sítio do Picapau Amarelo”,
na verdade, e a cena termina em uma verdadeira pancadaria violenta, mas, como
eu comentei em outras ocasiões: eu não consigo sentir raiva do Theo, porque
esse não é o verdadeiro Theo, gentil
e educado, mas o Theo controlado por Trévan…
Na verdade, ele não tem culpa.
Mas o Theo
enfeitiçado por Trévan é, sim, um pouco difícil de engolir, e ele tem um
discurso nervoso sobre como a princesa e a medalha “são dele”, e quando a Thirza
tenta dizer que ele não pode falar assim com ela, ele diz que os pais deles
fizeram uma promessa, e pergunta se ela está disposta a esquecer tudo e
desonrar o nome deles… então, ele a puxa pelo braço para levá-la embora, e é
nesse momento que as coisas se agravam – por mais que Theo mande o Chico se
afastar porque “não sabe do que ele é capaz”, Chico não pode deixar que ele
leve a Princesa Thirza dessa maneira (“A
Thirza está entre amigos e só vai aonde ela quiser!”), e então Theo desfere
o primeiro soco na cara de Chico… e, dali em diante, a confusão está armada.
Chico é bem contra a violência, e, por isso, tenta se defender e deter o Theo
sem precisar devolver-lhe os golpes…
Às vezes, no
entanto, é impossível.
Chico teria
encerrado aquela briga assim que ela começou, mas Theo está fora de si, furioso
e violento, joga baixa tacando terra nos olhos do Chico, por exemplo, mas toda
a cena é importantíssima em vários sentidos: durante a confusão, por exemplo, o
Valdo Serrão invade a redação do jornal para roubar o dinheiro arrecadado (!),
enquanto Emília percebe que o Theo está agindo de uma maneira estranha, “como
um zumbi”… o festival de socos, quedas e sangue continuam até que,
infelizmente, o Chico precise dar um soco em Theo que o faça desmaiar – a parte
boa é que, na confusão, Theo derruba o colar de Trévan, o que faz com que ele
acorde de volta a si, e eu preciso dizer que eu fico com dó do Príncipe Theo no fim das contas… é triste vê-lo
acordar machucado e com dor, sem se lembrar de nada, quando tudo o que ele fez
não foi porque quis…
Educado e
correto, Theo pede desculpas à Thirza e ao Chico pela confusão sobre a qual lhe
contam, e pede que o perdoem, que não foi sua intenção e que não estava em sã
consciência, e Chico, que é mesmo um homem muito bom, aperta a mão de Theo
respeitosamente. Agora, no entanto, todos querem entender o que foi que
aconteceu e por que Theo não se lembra do que aconteceu… o amuleto de Trévan,
por sua vez, é descoberto por Elias, que o reconhece dos quadros de Samira e o
devolve a Theo – a pior coisa que ele podia ter feito. O mais inusitado no caso
da pintura que Samira fizera de Theo é que ela
não pintou o colar em seu pescoço, porque o acha horroroso e, ainda assim, ele
apareceu na pintura… o que, é claro, é muito suspeito e chama a atenção de
Emília, que está presente na pensão quando o Seu Elias aparece devolvendo o
amuleto.
A bonequinha já matou a charada!
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