Raven’s Home (A Casa da Raven) 5x23 – A Day Without Baxters

Simulação de terremoto.

Mais um episódio MUITO BOM dessa temporada de “Raven’s Home”, e com uma organização narrativa um pouquinho diferente do que estamos habituados. Em “A Day Without Baxters”, os núcleos são um pouco misturados, e terminamos com um grupo grande formado por Raven, Victor, Booker, Alice e Ivy presos no porão da casa dos Baxters, enquanto o restante do elenco está tentando viver, como diz o título do episódio, “um dia sem os Baxters” – mas todas as histórias têm relação com eles , de alguma maneira, e isso acaba gerando um humor bastante bacana que vai se complementando aos poucos… ainda não figura entre meus episódios favoritos na temporada, como “Tying the Astro-Knot”, mas certamente é um episódio bastante divertido!

Alice e Ivy estão testando um novo sistema de som e assistindo a um filme de desastres naturais que, surpreendentemente, parece deixar a Alice apavorada… ela não costuma ter medo das coisas, e até chega a reclamar sobre como esses filmes de desastres naturais “não são cientificamente apurados”, mas ela ainda é uma criança de 10 anos, e a imprevisibilidade de um terremoto que poderia colocar todos em perigo parece atingi-la de uma forma inesperada – e ela decide que precisa fazer algo a respeito! Inicialmente, Alice tenta falar com toda a família para tentar conscientizá-los da necessidade de terem como se proteger no caso de um desastre, mas todos estão tão distraídos com outras coisas que, no fim das contas, nenhum deles lhe dá ouvidos…

Booker está preocupado demais com o fato de Cami estar viajando com uma ex-namorada e não ter ligado para ele, como prometeu que faria, e agora está esperando uma ligação dela; Raven está agitada porque ela e Alana ficaram juntas responsáveis por um carro alegórico ou algo assim, e ela não pode deixar que a Alana faça as coisas do jeito dela; e Victor está tentando manter organizado o cronograma de entregas no Grill Nota Mil para não gerar brigas entre os fornecedores cujas histórias pessoais “são mais complicadas do que uma novela”; então, nenhum deles ao menos escuta o que Alice tem a dizer. Portanto, ela decide que precisa de algo que seja mais concreto… uma verdadeira experiência de como eles não estão preparados para um desastre.

Com a ajuda de Ivy, Alice prepara uma “simulação de terremoto” de madrugada e manda todo mundo para o nostálgico cenário do porão (!), onde eles acabam presos porque a fechadura, por algum motivo “misterioso”, não quer abrir… e, ali embaixo, os Baxters reunidos naturalmente RENDEM EXCELENTES MOMENTOS DE DIVERSÃO! Raven está realmente MARAVILHOSA depois de ter reencontrado o seu trompete do qual o pai se livrou há muitos anos, por exemplo, e a história surpreendentemente traz alguns momentos mais emocionais e bonitos, como a Raven sendo uma mãezona para o Booker ao falar a respeito do seu namoro com Cami, e a Alice confessando que foi ela quem sabotou a fechadura porque ficou com medo que algo de ruim acontecesse às pessoas que ela ama.

É bom essa “desmistificação” da personagem da Alice!

Em paralelo, o episódio rende bons momentos daqueles que estão sendo obrigados a viver um dia sem os Baxters. Neil (que teria rendido boas risadas se estivesse junto no bunker!) está contando para a abuelita as histórias mirabolantes que viveu com Booker, o que acaba a convencendo de que Booker é “um amigo imaginário”, porque as histórias não podem ser reais; Lazlo sente na pele o porquê de o cronograma tão rigoroso de Victor ser importante para as entregas no Grill Nota Mil; Nikki está tão entediada sem a Raven no trabalho (!), que, milagrosamente, resolve trabalhar; e Alana está furiosa com a ausência da Raven, se perguntando se tudo é um plano dela… surpreendente como Raven e Alana se conhecem bem, não?

Mesmo separadas, elas rendem alguns dos momentos mais engraçados do episódio.

E, no fim, talvez Alana seja importante para Raven… afinal de contas, é o que Raven acaba confessando naquela cena LINDA, quando eles ainda estão presos no porão, e conversam sobre como é natural sentir medo e os medos que eles têm – Raven fala sobre o medo que sentiu ao voltar para São Francisco, e como brigar com Alana é a única coisa que parecia “familiar”. O encontro caótico de todos os núcleos quando todos acabam na casa dos Baxters (a conclusão é que ninguém pode viver um dia inteiro sem os Baxters?) é muito gostoso de se assistir, e naturalmente destacamos o abraço de Raven e Alana, que não conseguem se conter antes de perceber o que estão fazendo e voltarem para as suas “personagens” de pessoas que “se detestam”.

No fundo, acho que elas são amigas.

 

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