Todas as Flores – Diego foge da Fazenda
Ah, o que o poder do protagonismo não faz, não é
mesmo?
Como Débora sente um tesão danado por Diego (e,
assim, eu tenho muitas críticas ao
personagem do Diego, é verdade, mas dizer que eu não entendo o que a Débora
sente é impossível), não importa o que ele faça e o quanto se ache no controle
da situação, ele sempre vai acabar sobrevivendo porque ela não tem coragem de
matá-lo… é assim que, para começo de conversa, ele vai para a Fazenda ao invés
de ser assassinado, e isso o aproxima novamente de Jéssica. Posso dizer, no
entanto? Eu ADORO a Jéssica, mas fico tristíssimo com a maneira como a
personagem foi apagada na segunda
fase de “Todas as Flores”, e o que
era para ser um reencontro todo emocionante não me pareceu nada de mais no fim
das contas… não consegui me conectar ao momento.
Até porque,
nessa altura, as “promessas” de Diego me parecem tão vazias… o que, é claro,
não é uma exclusividade dele em “Todas as
Flores”. Ele fala sobre como vai tirar a Jéssica de lá e tudo o mais, e eu
só fico pensando em tudo o que ele fez até agora… ou seja, nada. Vendo que bancar o bonzão e se recusar a obedecer na Fazenda
não lhe dá muitas vantagens, Diego muda a estratégia e dá a Débora o que ela
tanto queria e transa com ela… o que é a única maneira minimamente possível de
manipulá-la. Diego acaba sendo transferido para uma casa melhor e recebe a
proposta de se unir à Débora na organização (o que não faz o menor sentido, é sério), e o roteiro é tão fraco e se
estende por capítulos que parecem intermináveis sem qualquer avanço.
E sobre a
Jéssica: uma pena. Para mim, Jéssica foi uma parte brilhante da primeira fase de “Todas
as Flores”. Ela se destacou protagonizando cenas excelentes e entregando
drama e verdade, e então apagaram totalmente a personagem, que passa capítulos
inteiros simplesmente esquecida, e
colocá-la à sombra de Diego quando ele aparece na Fazenda é um CRIME. Nem o seu
romance com Rominho, que era algo que eu gostava, perde um pouco o brilho com a
interferência de Diego… é ele quem incentiva Jéssica a dar uma chance para ele, por exemplo, porque ele tem ajudado os
dois desde que ele chegou sem pedir nada
em troca, e eu acharia a cena muito mais bonita sem a parte do Diego. De todo modo, fico feliz pelo Rominho
recebendo aquele abraço e aquele beijo.
Diego
termina de passar vergonha quando
consegue uma arma e decide enfrentar a
Débora, e é um show de amadorismo e de burrice – também, não uma exclusividade
do Diego. Tudo me parece forçado e sem sentido, infelizmente. Débora não mata
Diego, e lhe dá a chance de matar Rominho em troca de devolver seus irmãos, mas
Diego não aceita o acordo, diz que “não é um assassino como ela”, e Débora não faz nada, só mais tirar os dois dali. Mas a cena serve pelo Nicolas Prattes sem camisa. Eu NÃO QUERIA, de jeito nenhum, que o Rominho morresse, mas sejamos minimamente
racionais aqui: na vida real, Rominho teria morrido; Débora não teria nem hesitado, e teria atirado em Rominho
na frente de Diego, até para passar uma mensagem para ele… e tudo bem o roteiro
não querer matar o Rominho, mas então não o coloque nessa situação.
Ver ele andando normalmente na Fazenda
depois não encaixa de jeito nenhum.
No fim, Luis
Felipe também acaba na Fazenda (no caso dele, existe uma desculpa boa para não
matá-lo, já que, se ele morrer, Joy herdará sua parte na Rhodes e eles perderão
a maioria), e ele e Diego inusitadamente “se unem” com um plano de fuga que acaba dando certo. Diego encontra uma
maneira de ir para a enfermaria e então assume o lugar de um cadáver que vai
ser desovado em breve, e isso o coloca para
fora da Fazenda… e aqui temos algumas das poucas cenas boas dessa
sequência, que é quando Diego desesperadamente chega até um bar e consegue um
telefone para ligar para o Rafael e dizer onde está, mas, consequentemente,
acaba colocando em perigo o dono do estabelecimento, que rapidamente parece se
arrepender de ter ajudado.
Eventualmente,
o pessoal da Fazenda aparece em busca de Diego, e é uma sequência de ação
repleta de tensão e suspense, que termina com o homem tentando proteger o
Diego, mentindo que não o viu por ali, mas acaba acontecendo uma troca de tiros
e ele morre – afinal de contas, era só uma participação especial “sem
importância” e, portanto, o roteiro não se importa de matá-lo… e é isso o que
me incomoda e repito: se não querem matar
os “personagens importantes”, está tudo bem, mas não fique os colocando
repetidamente em situações nas quais eles seriam mortos e os salvando ou, pior,
os poupando “milagrosamente” com coisas que não fazem sentido. De todo
modo, Diego consegue correr e Rafael chega à cidade de helicóptero para ajudar.
Agora, os
dois estão juntos para desmantelar a organização.
Mas, sinceramente… nem um pouco empolgado
para esses dois chatos juntos.
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