Manifest 4x17 – Threshold

“Stay”

Com uma passagem de tempo significativa, estamos oficialmente na reta final de “Manifest”. “Threshold” é o décimo sétimo episódio da última temporada da série e tem um salto de oito meses, nos levando até o dia 02 de maio e, consequentemente, a apenas um mês da Data da Morte… e Cal continua fazendo o que acredita ser sua parte para impedir o fim do mundo, acessando Chamados exaustivamente de todos os passageiros, em um trabalho que o está esgotando, mas que ele sente que é sua responsabilidade – mesmo quando o próximo Chamado o direciona a Autumn Cox. É um dos melhores (se não o melhor) episódios dessa segunda parte da última temporada, e começo a ficar curioso para saber como “Manifest” vai fechar toda essa trama.

Jared acompanha Cal no seu mais novo Chamado, que curiosamente o leva até a casa onde eles moravam e que foi invadida por ninguém menos que Angelina – a pior pessoa que já conhecemos em “Manifest”. Acho particularmente irritante acompanhar a Angelina, e ouvir os seus discursos me dá calafrios: a maneira como ela diz ter sido escolhida por Deus para julgar os passageiros e escolher os oito merecedores do Novo Mundo ou algo assim… o pedestal de importância no qual ela se coloca, dizendo ser a “única esperança de salvação” é realmente assustador, e ela e Cal têm mais uma interação quando ela tenta convencê-lo de que eles precisam trabalhar juntos porque foram ambos escolhidos… e o Chamado final de Cal indica algo similar?

Medo.

O Chamado de Cal, no entanto, também os leva até outro lugar que é muito perto do centro de detenção onde os 828ers estão vivendo nos últimos oito meses sem supervisão, mas sem ter como sair tampouco… Ben está liderando uma sociedade razoavelmente organizada, mas eu acho um pouco forçado essa coisa toda de eles terem ficado ali tão passivamente durante os oito meses que não assistimos, e agora os vemos pedir ajuda e tudo o mais – mas também tem a ver com o fato de que alguns tremores, que estão mais recentes, causam um curto-circuito que corta a energia do lugar e, consequentemente, os aparelhos que mantinham alguns deles vivos… mais do que nunca, eles precisam de ajuda externa, mas não existem muitas pessoas dispostas a ajudar.

Felizmente, Drea é uma dessas pessoas que quer ajudar… o Chamado leva Jared e Cal até Drea no momento ideal, e eles a salvam de um cara que a estava ameaçando – e, naquele momento, algumas revelações são feitas: a) Jared descobre que Drea está grávida e que provavelmente ele é o pai; b) Drea está tentando quebrar uma parede que conecta a sua nova casa ao centro de detenção, para ter uma forma de salvar os 828ers que estão presos lá dentro. Uma dessas histórias me interessa mais do que a outra. Eu gosto de Drea, mas eu realmente não gosto do Jared, e não estou com paciência para o drama que provavelmente virá por causa dessa gravidez, com a Michaela querendo se afastar de Jared para que ele crie o seu filho com Drea e toda aquela coisa.

Mas toda a parte de chegar aos 828ers? ÓTIMO, e é um ponto para Drea! Infelizmente, como foi apenas no episódio passado que eles ficaram presos dessa maneira, eu acho que há uma quebra da tensão, com tudo sendo resolvido “rápido demais”. Oito meses separam esse episódio do último, é verdade, mas isso é narrativamente… quando se termina um episódio como o anterior e logo em seguida se coloca para tocar o próximo e tudo isso acontece, o impacto é inevitavelmente perdido. De todo modo, ficamos felizes de ver o Cal reencontrar o Ben, a Olive e a Eden, e agora Ben quer manter o máximo de passageiros ali, mesmo que eles tenham como sair… para ele, resolver os Chamados com a ajuda do Cal é a única maneira de salvar a vida de todo mundo.

Mas será mesmo?

Sempre digo que eu esperava mais de “Manifest”, e não acho que ela tenha sido conduzida da melhor maneira possível. Sinceramente, ainda não tenho certeza, por exemplo, se resolver os Chamados é realmente o que todo mundo precisa para “impedir a Data da Morte” ou qualquer coisa, e não sei o que se espera dessa história de Cal e Angelina “trabalharem juntos”. Vocês SEMPRE me verão elogiando “Lost”, porque eu considero essa uma das melhores séries já feitas e adoro a maneira como ela conduziu o suspense e os mistérios (que são respondidos, ao contrário do que muita gente que nem viu ou viu sem atenção pensa), e talvez “Manifest” tenha falhado comigo por causa da minha própria expectativa… foi mais uma promessa mesmo do que, de fato, uma série tão boa assim.

 

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