Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis (Scooby-Doo on Zombie Island, 1998)

Sobrenatural.

Talvez um dos filmes mais importantes na história das animações de “Scooby-Doo”? Eu sempre fui APAIXONADO pela turma da Mistério S.A., personagens criados originalmente em 1969, e que são jovens “intrometidos” resolvendo uma série de mistérios e salvando pessoas de golpes e vilões que comumente aparecem usando fantasias e máscaras bizarras de fantasmas, zumbis e todo tipo de criatura sobrenatural… cresci assistindo às animações clássicas do Scooby-Doo na TV (embora confesse que eu nunca tenha gostado muito do Scooby-Loo e as animações com ele me interessam bem menos… ainda assim, assisti a algumas, como “Os 13 fantasmas de Scooby-Doo”, por exemplo), as animações em longa-metragem e, é claro, os filmes live-action que saíram depois dos anos 2000.

Lançado em 1998, “Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis” é o primeiro de uma série de filmes que foram lançados diretamente para lançamento em vídeo, e é até hoje uma das animações mais queridas pelos fãs (inclusive, conta com uma aprovação notável da crítica e do público em sites como o Rotten Tomatoes). Na história do filme, a Mistérios S.A. se separou depois de “se entediarem” com a vida de resolver mistérios, porque é sempre a mesma coisa: algum vilão usando uma fantasia e tentando enganar as pessoas. Assim, Velma abriu sua própria livraria onde vende livros de mistério; Salsicha e Scooby foram trabalhar em um aeroporto, confiscando comida que entra ilegalmente no país (!), e Daphne virou apresentadora de TV, com o Fred trabalhando com ela…

Mais ou menos um ano depois de se separarem, no entanto, eles se reencontram para voltar aos velhos tempos… Daphne está começando um novo programa no qual pretende procurar fantasmas de verdade, e como ela sente falta da turma reunida, Salsicha e Scooby acabaram de perder o emprego e Velma está entediada vendendo livros, por que não colocar a Máquina de Mistério para rodar novamente?! Então, a turma roda o país em busca de um caso sobrenatural de verdade que possam explorar para o novo programa da Daphne, mas acabam caindo novamente naquela série de “pessoas com máscaras”, até que eles recebem a promessa de uma casa realmente mal-assombrada na Ilha de Moonscar… bem, e eles não podem deixar de investigar, certo?

A história tem tudo o que adoramos acompanhar nas aventuras de “Scooby-Doo”, com direito a uma excelente trilha sonora (que conta com a clássica “Scooby-Doo, Where Are You!” e as excelentes “The Ghost is Here” e “It’s Terror Time Again”), fugas alucinadas de assombrações, Scooby e Salsicha devorando tudo o que veem pela frente e coisas que não são o que parecem ser… e todo mundo, naturalmente, é um suspeito: Jacques, o homem da balsa que os levou até a ilha; Snakebite, o pescador sinistro que está tentando pegar um peixe há sabe-se lá quantos anos; Simone, a mulher que atraiu a turma para a ilha falando sobre a casa mal-assombrada; Lena, a dona da casa, anfitriã e dona de uma centena de gatos; e Beau, o novo “jardineiro” da casa.

Gosto muito de como as coisas se desenvolvem em “Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis”, e de como Fred e Velma estão convencidos de que mais cedo ou mais tarde descobrirão máscaras, fantasias, hologramas e todo o tipo de coisas com as quais estão habituados, mas Daphne acredita que eles podem finalmente ter esbarrado em um caso com assombrações de verdade. E realmente as coisas são diferentes dessa vez. Existe um tom mais sombrio em “Ilha dos Zumbis”, que conta com bonecos de vodu, rituais para sugar a energia vital de visitantes inocentes em busca de imortalidade (!), e zumbis de verdade que acabam sendo os mocinhos da história, porque só estão tentando alertar os visitantes para fugirem dali – uma subversão interessante de expectativa.

Assistindo a “Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis” atualmente, eu percebo como o filme “serviu de base”, de certa maneira, para o que veríamos poucos anos depois, no primeiro live-action de “Scooby-Doo”, em 2002. Existem alguns paralelos interessantes, como 1) o fato de a Mistérios S.A. passar um tempo separada antes da grande missão do filme, embora por motivos distintos; 2) a ação principal se passar em uma ilha para onde a Mistérios S.A. é atraída e onde os turistas são atacados; e 3) a exploração do elemento sobrenatural além do básico “alguém sob a máscara”. E, em propostas diferentes, eu acho que esses elementos funcionam muito bem em ambos os filmes: uma excelente maneira de “expandir” o universo das animações clássicas seriadas.

Toda a resolução do caso é interessante, e conta com a ajuda de Scooby e Salsicha, que são comumente subestimados pelos vilões, mas que mesmo entre tantas trapalhadas, são os responsáveis por salvar Fred, Velma, Daphne e o Detetive Beau de terem suas vidas sugadas por Lena, Simone e Jacques. É uma aventura gostosa da Mistérios S.A., com sustos, zumbis, uma pimenta muito forte, bons personagens secundários e sobrenatural. Depois do sucesso de “Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis” e da proposta de fazer filmes de “Scooby-Doo” direto para lançamento em vídeo, a turminha ganhou uma série de outros filmes, como “Scooby-Doo e o Fantasma da Bruxa”, em 1999, um crossover com “Coragem, o Cão Covarde”, em 2021, e o mais recente até agora, “Doces ou Travessuras, Scooby-Doo!”, de 2022.

 

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Comentários

  1. Adoro esse filme. Tem vários que eu adoro como "Fantasma da Bruxa", "Invasores Alienígenas", e "Aloha Scooby-Doo".

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    1. Estou adicionando uma parte só para Scooby-Doo no Cantinho de Luz, pretendo ir comentando todos com o tempo.

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