Star Trek: Strange New Worlds 2x05 – Charades

Human Spock.

EU AMO DEMAIS O SPOCK! Já comentei mil vezes sobre como “Star Trek: Strange New Worlds” tem se mostrado uma das melhores, se não a melhor, série da franquia “Star Trek”, e um dos motivos de eu amar tanto essa série é o fato de ela saber dividir o seu protagonismo e contar histórias singulares de acordo com quem está “no comando” do roteiro, sempre valorizando a essência de “Star Trek”. Isso é incrível. “Charades” é um episódio com uma reviravolta peculiar para o Sr. Spock, inusitadamente permitindo que o Ethan Peck brinque com o personagem e é necessário dizer: ele dá um show de atuação. O episódio é inesperadamente divertido e nos arranca uma série de risadas sinceras, além de contar com sua carga dramática e, é claro, muita emoção.

Conforme se aproximam de uma lua kerkhoviana e Spock se prepara para um ritual a ser celebrado com os pais de T’Pring em vista do casamento próximo, ele e Chapel acabam se envolvendo em um acidente ao voar perto demais de uma anomalia que parece uma ruptura no contínuo de espaço-tempo. As possibilidades eram infinitas. Quando Spock desperta de volta na USS Enterprise mais tarde, confuso e pouco se lembrando do que aconteceu entre o momento em que eles perceberam que iam bater e aquele, ele está diferente. Aparentemente, o acidente do qual Christine Chapel saiu ilesa foi complicado para Spock, e quando ele estava quase morrendo, ele foi salvo pela tecnologia e medicina extremamente avançada e incompreensível dos kerkhovianos.

Mas alguma coisa deu errado.

Afinal de contas, os kerkhovianos usaram Chapel como “modelo” para o “conserto” de Spock e, agora, ELE É INTEIRAMENTE HUMANO. Ver o Spock humano foi uma das coisas mais legais que eu vi em “Star Trek: Strange New Worlds” até o momento. Além de valorizar o seu lado humano, que de certa maneira está sempre sendo reprimido pelo seu lado Vulcano, conseguimos conhecer um “novo” Spock que proporcionou momentos incríveis… sem contar que o Ethan Peck estava lindo (é impressionante o que um corte de cabelo e uma sobrancelha podem fazer, huh?). Depois de tantos anos valorizando o seu lado Vulcano e suprimindo toda e qualquer emoção, quando seu DNA Vulcano parece ter sido apagado e ele é inteiramente humano, Spock as sente mais intensamente que nunca.

O que é desesperador para ele.

Spock se transforma em um verdadeiro adolescente humano, como a La’An explica: o tempo todo com fome, sentindo uma série de coisas ao mesmo tempo e não sabendo lidar com elas. E isso é absurdamente divertido! Eu amo ver o Spock tentando se adaptar a isso da melhor maneira possível, mas cometendo exageros porque ele nunca precisou lidar com emoções dessa maneira e, portanto, não sabe quando “parar” de rir de uma piada em um encontro com outros membros da tripulação ou de comer bacon enquanto cozinha com o Capitão Pike. De certa maneira, também, Spock estava parecendo uma criança feliz descobrindo o mundo. Afinal de contas, tudo era mesmo muito novo para ele! E sabe? Eu teria continuado assistindo a esse Spock com um sorriso no rosto por um tempo!

Apesar de eu amar qualquer versão do Spock.

Quando a mãe de Spock, Amanda, aparece na Enterprise para ajudá-lo a se preparar para o rigoroso ritual com os pais de T’Pring que está por acontecer, ele até tenta usar uma toca e enganá-la, mas é claro que ele não consegue… Amanda, no entanto, avisa que o jantar não pode ser adiado, porque T’Pril, a mãe de T’Pring, está procurando qualquer desculpa para acabar com o noivado. Então, Spock precisa se preparar para se passar por Vulcano no dia seguinte, se nenhuma solução for encontrada até lá… Spock arrasa em todos os momentos, e eu dei boas risadas com a) Uhura, Una, Ortegas e La’An tentando ensiná-lo como “falar como um Vulcano”; b) as reações exageradas de Spock que não sabe lidar com surpresa, choque, desconforto ou raiva; c) as expressões dele tentando fingir ver as memórias da mãe.

TUDO É ICÔNICO!

O jantar poderia ser desastroso… e, bem, quase o é. Bem treinado, com um corte de cabelo e orelhas falsas para se passar por Vulcano, determinação e o apoio constante de Amanda, que vive como uma humana em Vulcano há tanto tempo, Spock até que consegue levar o ritual adiante. Enquanto isso, Chapel tenta fazer de tudo para trazer o Spock de volta, porque embora esse novo Spock seja interessante, mais fácil de conversar e entenda melhor os sentimentos das outras pessoas, ele é apenas parte do verdadeiro Spock. Então, ela envolve Uhura e Ortegas em uma missão até uma espécie de dimensão paralela para falar com os kerkhovianos e pedir a ajuda deles – e ela só a consegue quando consegue ser sincera a respeito de como se sente em relação ao Spock.

Um momento fortíssimo.

Assim, Spock consegue passar ileso pelo ritual (ele já é uma “decepção” para T’Pril de qualquer maneira, então não há nenhuma novidade na sua desaprovação) e sua parte Vulcana volta a fazer parte dele, eventualmente. Isso torna ainda mais legal a sua atitude no fim de tudo, porque é a união perfeita da emoção humana e da lógica vulcana quando ele não permite que T’Pril faça aqueles comentários pejorativos a respeito de sua parte humana e de sua mãe. É tão bonito e tão emocionante ver Spock defendendo Amanda com tanto carinho e tanto amor, mostrando para T’Pril que independente do que ela pense e diga, Amanda não é uma “fraqueza” ou um “defeito” seu: ela é uma mulher forte e corajosa que passou por muita coisa por pessoas como ela.

Spock defendendo a mãe foi tudo.

Também foi TUDO ele revelando que era humano durante todo o jantar!

Agora, as coisas devem mudar um pouquinho para Spock… acho que talvez ele esteja mais em paz com a sua parte humana, de alguma maneira, mas isso tudo também fez com que ele e T’Pring tivessem um problema, porque ela não gosta de ele ter envolvido tanta gente da Enterprise nesse seu plano para esconder que tinha “se transformado” em humano, mas não contou nada para ela (!), então eles resolvem dar um tempo. Um tempo no qual Spock terá que lidar com os seus sentimentos por Chapel, sentimentos que ele tenta suprimir como Vulcano há muito tempo, e que não tem conseguido também há muito tempo… sentimentos que ele praticamente revelou quando ele era humano e os filtros estavam “mais baixos” do que o normal.

Sentimentos sobre os quais os dois agem quando se beijam no final.

Eita, o que pensar disso?!

 

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