Star Trek: Strange New Worlds 2x06 – Lost in Translation
Nyota e Jim!
Eu sei que não
é “Star Trek: The Original Series”, e
sim uma prequel da época em que o
Capitão Pike era o Capitão da USS Enterprise, mas o meu coraçãozinho de fã de “Star Trek” não consegue não ficar extremamente empolgado toda
vez Jim Kirk aparece – e a sua participação mais efetiva durante a segunda
temporada de “Strange New Worlds”
pode indicar a possibilidade de uma temporada final de “SNW” que mostre já o Capitão Kirk na Enterprise, conectando até
onde conhecemos a história em “TOS”?
De todo modo, “Lost in Translation”
é mais um excelente episódio de “Star
Trek: Strange New Worlds”, trazendo Nyota Uhura em destaque quando
alienígenas desconhecidos tentam passar uma mensagem através da única forma de
comunicação que encontram.
O episódio é
extremamente bem conduzido, e brinca constantemente com “o que é real” e “o que
não é”, num estilo meio Philip K. Dick que eu devo dizer que muito me agrada.
Uhura é a primeira personagem através da qual vemos sinais de que alguma coisa está errada quando a USS Enterprise
chega a uma estação de abastecimento moderna que pode significar a próxima
etapa da exploração espacial. Uhura escuta um barulho que ninguém mais está escutando, e vê Hemmer em uma versão sombria
como se fosse um zumbi, e as suas “alucinações” são diagnosticadas como fruto
de possível intoxicação com o combustível em questão ou mesmo a privação do
sono, já que faz dias que Uhura não está dormindo bem… mas, no fundo, ela sabe que tem algo mais.
Gosto muito
de como o episódio brinca com o sinistro e com o misterioso criando um suspense
interessante conforme Uhura começa a ver coisas que não tem certeza se estão
realmente ali (como a nave explodindo e o Spock sendo sugado para fora), e ela
recebe a mais que inusitada ajuda de Jim Kirk, que por acaso estava na USS
Enterprise depois de ser promovido. Ver Uhura e Kirk se conhecendo é algo muito bacana para “Star Trek”, e eles rendem momentos muito bom juntos, assim como
Kirk rendeu bons momentos com La’An em outro episódio da temporada –
infelizmente, ele não tem qualquer memória daqueles eventos porque aconteceram,
na verdade, a uma “outra versão” de James T. Kirk, então a emoção do reencontro
é apenas de La’An.
Kirk e Uhura
compartilham uma dinâmica interessante e rendem bons momentos investigando os
sintomas de Nyota e tentando descobrir o que eles significam… enquanto isso,
Saul Ramon também apresenta sintomas similares aos de Uhura (como o Pike diz,
isso é um bom sinal: quer dizer que ela
não está louca), mas que o levam a agir de uma maneira muito mais extrema e
perigosa, possivelmente colocando em risco a vida de pessoas na Enterprise –
inclusive dele mesmo… toda a trama de sabotagem e ataques rendem um excelente
suspense, e ficamos apreensivos ao lado de Uhura enquanto ela se pergunta se
também está a poucas horas de perder
completamente a razão como Saul Ramon, que pode só ter começado os sintomas
antes que ela.
Eventualmente,
no entanto, Uhura entende o que está acontecendo…
E É
SENSACIONAL.
Uhura é
realmente MARAVILHOSA quando se trata de comunicações, e ela fala sabe-se lá
quantas línguas diferentes… é perfeito que seja ela a receber essa mensagem de
alienígenas, porque eu não sei se alguma outra pessoa teria conseguido decifrá-la.
Uhura e Kirk descobrem que existe uma nova espécie alienígena que está vivendo
na nebulosa e no combustível que a estação está filtrando, e as atividades da
Federação estão, consequentemente, os
matando. Esses seres entram em contato com Uhura e, sem uma linguagem que
lhe seja inteligível, eles escolhem falar com ela através de suas memórias,
projetando coisas como a USS Enterprise explodindo, o Spock sendo jogado para o
espaço e o Hemmer aparecendo em uma forma de “zumbi”.
Tudo como uma mensagem que Uhura finalmente
decifra: eles estão matando esses seres alienígenas e precisam parar a estação
agora… e se não tem como desligá-la, então ela precisa ser destruída. É de
ARREPIAR toda a sequência da Uhura desvendando a mensagem, e então o Capitão
Pike confia nela e acaba com toda a operação, salvando a vida dos seres
alienígenas, que manifestam a sua gratidão através da imagem de Hemmer saudável
e sorridente, balançando a cabeça para Uhura… uma sequência bastante bonita, por sinal. O episódio consegue trazer
o Kirk para a Enterprise, aproximá-lo de Uhura e, de certa maneira, ainda é uma
homenagem ao Hemmer, que também é relembrado com carinho e com dor por Una, em
uma cena bonita.
Por fim, “Lost in Translation” ainda nos
presenteou com uma cena que deve ter feito qualquer fã de longa data de “Star Trek” sorrir de orelha a orelha: o momento em que Kirk e Spock se conhecem.
É uma cena rápida, mas tão significativa, que traz Uhura apresentando os dois e
eles apertando as mãos pela primeira vez,
e eu achei aquilo tão incrível, mesmo que tenha sido apenas alguns segundos!
Minha sensação, na hora, era: podem me
dar uma temporada inteira de “Strange New Worlds” com esse Kirk e esse Spock
que eu definitivamente não vou reclamar. E eu acho que talvez isso
aconteça. A série está incrível, e devemos acompanhar o Capitão Pike no comando
da USS Enterprise por mais um tempo, mas uma última temporada sendo
protagonizada por Kirk?
Eu ia gostar!
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