Foundation 2x03 – King and Commoner

Hober Mallow!

Está tudo bem dizer que a parte de Gaal, Hari Seldon e a Fundação é a que menos me interessa em “Foundation”? “King and Commoner”, o terceiro episódio da segunda temporada, é um episódio EXCELENTE, e abriu novas portas em “Foundation”, com tramas que eu estou bem interessado em acompanhar… de um lado, ganhamos um rosto para o famoso nome Hober Mallow, sobre o qual estávamos ouvindo falar, e ele é um vigarista extremamente carismático (e bonito), com um quê de Han Solo, talvez? Sei que vai ser muito interessante acompanhá-lo de agora em diante; de outro, acompanhamos o Império mandando Bel Riose em uma missão para investigar o avanço da Fundação, e só o romance de Bel e Glawen já me deixou muito, muito feliz!

Salvor e Gaal acreditam estar partindo rumo a Ignis, a casa da Segunda Fundação, de acordo com a visão que Gaal tivera recentemente de 150 anos no futuro, mas quando Hari Seldon assume o controle da nave, ele as leva para outro lugar: o Mundo de Oona, onde ele tem algumas coisas a resolver. Visualmente, toda a jornada de Hari e Gaal pelo desolado Mundo de Oona é bastante bonito, mas nem de longe foi a parte que mais me empolgou no episódio… de todo modo, é importantíssimo para mudar algumas coisas na trajetória de “Foundation”, porque quando Gaal e Salvor estão partindo de Oona para Ignis, Gaal resolve voltar e “resgatar” Hari Seldon que, de alguma maneira misteriosa, parece ter voltado a ter um corpo humano agora… e precisava do resgate.

Em paralelo, Demerzel aparece na Colônia Penal Lepsis em busca de Bel Riose, um homem que “não tem medo de morrer” e, consequentemente, é a pessoa indicada para um trabalho para o Império… e ela sabe exatamente como manipulá-lo, contando que Glawen, o marido dele, não está morto, como Bel Riose acreditou nos últimos seis anos. Isso gera uma crescente ansiedade em Bel Riose e o no espectador, que culmina em um desafio entre Bel Riose e Cleon XVII em Trantor, quando o Irmão Day fala a Bel sobre Siwena e a aparente crescente ameaça da Fundação… Day quer que Bel Riose investigue essa ascensão da Fundação nas margens do Império, para determinar se ela pode ser, conforme previra Hari Seldon há tanto tempo, uma ameaça.

A melhor sequência de Bel Riose é, certamente, o reencontro com Glawen. Eu FICO MUITO FELIZ com a representatividade LGBTQIA+ em “Foundation”, e eu confiei tanto no amor de Bel e Glawen: a intensidade dos olhares no reencontro, a maneira como muita coisa foi dita além das palavras, e a intimidade e o alívio que emanam de toda a sequência na qual Glay ajuda Bel a “voltar a ser ele mesmo” – não a pessoa em quem o Imperador o transformou o mandando para Lepsis. A cena dos dois é perfeita, o beijo deles, ainda que em segundo plano, é repleto de amor, de intensidade e de entrega, e eu mal posso esperar para saber o que os personagens ainda têm a oferecer… e gostei dessa coisa mais de nave e exploração que eles parecem ter trazido, em um estilo meio “Star Trek”.

Que, inclusive, eu amo profundamente.

Por fim, CONHECEMOS HOBER MALLOW. E eu sinceramente não esperava gostar tanto dele quanto eu gostei já no primeiro episódio de sua aparição! O personagem é extremamente carismático e tem tudo para “roubar” a temporada para si! É curioso, na verdade, porque eu sempre achei que “Foundation” tem um tom mais sério, às vezes até contemplativo, talvez em um estilo mais parecido com “2001: Uma Odisseia no Espaço”, enquanto Hober Mallow me lembrou muito o Han Solo, de “Star Wars”, que é um estilo completamente diferente – ainda que o seu tom pareça quase “destoar” do restante da série, no entanto, eu acho que foi uma adição interessante e promissora, e tenho certeza que esse vigarista charmoso tem muito a entregar!

Toda a sequência de Hober Mallow em Korell é fenomenal… toda a demonstração do equipamento para enganar o cara lá e roubar o Olho de Korell é perfeita, e mesmo quando ele é preso e sentenciado à morte (!), ele segue sendo inteligente, falante e com um quê de deboche que meio que fez com que eu me apaixonasse por ele. Eu achei mesmo que Poly e Constant estavam lá para “salvar” o Hober Mallow, mas a verdade é que Hober Mallow não precisava que ninguém o salvasse… ele tinha tudo muito bem planejado, e a maneira como ele faz isso segundos antes de ser executado é brilhante! A sequência da fuga de Hober Mallow já é, facilmente, a minha cena favorita da segunda temporada de “Foundation”. Será que tenho um novo personagem favorito?!

Ansioso pelo futuro de Hober Mallow na temporada!

 

Para mais postagens de Foundation, clique aqui.

 

Comentários

  1. E essa representatividade é forçada ou tem no livro tb ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tendo ou não no livro, ela não é "forçada" por isso, porque fez sentido dentro da narrativa e foi bem trabalhada. O que é "forçado" (mas não vejo muita reclamação) são as estratégias para manter personagens como a Gaal de uma temporada para a outra, e isso definitivamente não tem no livro.

      Excluir
  2. Concordo em relação a Gaal, mas não respondeu minha pergunta, apenas mudou o assunto.

    ResponderExcluir
  3. Eu pelo menos nao achei o marido dele nos livros, entao se Gaal nao faz sentido, ele tb nao faz.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não sei, não li o livro, mas realmente não vejo qual a preocupação. Porque, na sua opinião, pode ser "forçado". Faria diferença se o roteiro fosse exatamente o mesmo mas no lugar de um marido o Bel Riose tivesse uma esposa que o Império usa para que ele aja de acordo com o que eles esperam?

      Excluir
    2. Marido, esposa, tanto faz, desde que não destoe do livro.

      Excluir
    3. Mas seu questionamento inicial foi puramente sobre representatividade. Você está empenhado assim desde o início da primeira temporada a encontrar tudo que está "destoando do livro"?

      Excluir

Postar um comentário