Foundation 2x05 – The Sighted and the Seen
Dinastia
Genética em crise!
Antes de
mais nada, eu preciso dizer: Hober Mallow
fez falta. Infelizmente, Gaal e Hari Seldon nunca foram a parte mais interessante de “Foundation”,
o que me preocupa um pouco, mas pode ser que estejamos vendo nascer uma trama
interessante agora que nos aproximamos da Segunda Fundação, e existem os
Mentálicos/Visionários que tentarão impedir a criação dessa nova Fundação –
apenas os próximos episódios nos dirão. “The
Sighted and the Seen”, que não é um dos meus episódios favoritos na
temporada, se destaca, no entanto, pela narrativa protagonizada pelos Irmãos
Dawn e Dusk, agora que a Dinastia Genética está tão comprometida que eles estão duvidando
e brigando entre si… e parece que
temos coisas interessantes para explorar aí.
Eu gosto
muito de como os Cleons que acompanhamos agora, qualquer um deles, são muito diferentes dos Cleons da primeira
temporada de “Foundation” que, por
sua vez, foi responsável por introduzir a trama da modificação genética através
do mais novo dos Cleons da época, o Irmão Dawn. Agora, temos Cleons diferentes em qualquer um dos “três
momentos do dia”. Enquanto o Irmão Day está tentando fazer funcionar sua
proposta de casamento a Sareth (que, por sua vez, está investigando a morte da
família e tentando descobrir o envolvimento do Império nela), o Irmão Dusk
reencontra Rue, alguém do passado por quem ele pode ter se apaixonado verdadeiramente? Ou ao menos alguém com quem ele
poderia ter vivido uma vida, se não fosse um Cleon.
A
aproximação de Cleon e Rue, 30 anos depois da primeira vez em que se viram,
levantam algumas questões: Rue, como acontece com qualquer mulher que durma com
um Imperador, teve sua memória alterada para esquecer esse encontro e,
diferente do que Dusk imaginava, ela não sente a “ausência” dessa memória… se a
memória, quando alterada, não fica com “espaços em branco” que denunciam a
alteração, como alguém poderia saber que tem alguma coisa faltando? Como ele e
Dawn poderiam saber se Day, que assumiu para si o total controle das memórias
dos “irmãos”, os fizesse esquecer alguma coisa? É correto que o Irmão Day tenha
tanto poder assim, inclusive sobre eles? E é muito bom ver os Cleons começarem
a questionar isso.
O tema da
memória foi muito forte em “The Sighted and the Seen”, com direito
a Sareth se aproveitando disso para descobrir, por exemplo, que Demerzel é um
robô e estava no quarto com Cleon no dia da tentativa de assassinato, e Dawn e
Dusk buscam a memória do Cleon I para questionar as decisões de Day e falar
sobre desequilíbrio – o que não deixa
o Cleon I nada satisfeito, porque a Dinastia Genética foi criada para que eles fossem todos a mesma pessoa… não
deveria estar havendo brigas entre eles. A trama “termina” com Dusk olhando
para a sua versão mais jovem e falando sobre querer ter tido uma vida e vivido
um amor (!), enquanto descobre que Cleon I tem muitas mais memórias que a média
de qualquer outro Cleon no fim da vida.
E o que isso quer dizer?
Com essa trama
interessante do Império se desenrolando, e o roteiro permitindo que eu sinta
falta de Hober Mallow, esperando pelo seu retorno no próximo episódio, toda a parte protagonizada por Hari Seldon,
Gaal Dornick e Salvor Hardin parece muito
menos interessante de se acompanhar, mesmo com a aparição de Raych, mesmo
com o Hari Seldon se perguntando como
pode ter um corpo novamente, mesmo com Gaal preocupada com o destino de
Salvor… a criação da Segunda Fundação, no entanto, pode ser uma trama
interessante, agora que o trio encontrou adversários perigosos que têm poderes telepáticos que os colocam em uma
vantagem injusta – qual a missão real de Tellem Bond e como ela e os Mentálicos
pretendem impedir a Segunda Fundação?
Primeiro,
eles precisam encontrar o Primeiro Radiante.
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