Good Omens 2x03 – Chapter 3: I Know Where I’m Going
“If any
harm comes to Aziraphale because of this I will…”
O que
Gabriel está fazendo na livraria de Aziraphale, sem qualquer lembrança de quem
ele era antes a não ser por súbitos rompantes de profecias apocalípticas que
ele não parece controlar? Ainda não sabemos, mas alguma coisa grande está acontecendo, tanto o Céu
quanto o Inferno estão alvoroçados, e
Crowley está determinado a proteger Aziraphale de qualquer mal que possa cair
sobre ele – o que é absolutamente fofo. “I
Know Where I’m Going” é mais um excelente episódio de “Good Omens”, e é impressionante como a química entre Crowley e
Aziraphale funciona tão perfeitamente mesmo
quando eles não estão necessariamente no mesmo lugar… afinal de contas,
Aziraphale deixou Crowley para cuidar da livraria enquanto ele “vai
investigar”.
Dessa vez,
os flashbacks do episódio não nos
levam tão longe assim… não chegamos
a, sei lá, 6.000 anos atrás, quando o mundo começou e tudo o mais. Dessa vez,
estamos em 1827, e vemos Crowley e Aziraphale na Escócia do Século XIX, lidando
um pouquinho com a realidade daquela época… eles conhecem Elspeth, uma garota
que costuma roubar “corpos frescos” do cemitério local para poder vendê-los ao
Sr. Dalrymple, o que levanta toda uma discussão até que bem interessante, com
um toque de filosofia, ética e, é claro, comédia. Ainda temos a oportunidade de
ver o David Tennant falar com sotaque escocês (!), e o vemos se apresentar ao
Sr. Dalrymple como “Doctor” (como ele é tratado dali em diante), o que fez o
meu coração meio que disparar.
Toda a
sequência em 1827 é interessantíssima, e eu gosto muito de como ela está, de
certa maneira, conectada à trama no presente da busca de Aziraphale, e de como,
assim como os flashbacks anteriores,
é importante para entendermos mais da relação do anjo e do demônio e como cada
um pensa. Gosto muito da ironia de “Good Omens” de Crowley ter muito mais consciência de classe, por exemplo, e os
diálogos dos dois levantam algumas questões MUITO BOAS sobre como Aziraphale
não pode achar que “está tudo bem” os ricos gastarem tanto dinheiro para
proteger os mortos, enquanto as pessoas vivas pobres estão tentando sobreviver
em condição tão deplorável nas ruas… sério, como é que pode o Crowley ser TÃO
absolutamente incrível?!
No presente,
Aziraphale está em uma jornada própria, em busca do pub onde discos estão
“milagrosamente” se tornando uma única música: “Every Day”. Dei boas risadas com o Aziraphale dirigindo o carro de
Crowley (desculpa, o carro dos dois),
e com o Crowley conversando com ele pelo rádio, percebendo as mudanças que ele tinha feito (O CARRO
AMARELO!), e a animação do Aziraphale bancando o “jornalista investigativo” é
muito boa, e ele de fato faz uma descoberta, embora ainda não pareça significar
muita coisa: Gabriel esteve naquele pub antes, e acompanhado de alguém! Amo,
também, a sequência do cemitério, a ligação de Aziraphale para Crowley e, é
claro, o Aziraphale abençoando o Twitter e o Grindr do dono do celular que ele
pegou emprestado!
Na livraria,
Crowley está tendo que lidar sozinho com Gabriel – seja lá o que ele está
fazendo desmemoriado na Terra. Além disso, ele também tem que “dar uma
mãozinha” para toda aquela história de o Aziraphale ter mentido para o Céu que
tinha feito com que Maggie e Nina se apaixonassem e tudo o mais… e Crowley está
confiante de que uma repentina chuva
torrencial vai fazer o trabalho por ele! Amo toda a cena do Crowley
assistindo satisfeito aos efeitos do seu “trabalho”, inclusive quando as coisas não saem exatamente como
ele queria – mas Nina e Maggie chegarão lá, eu acredito. De todo modo, a
maior preocupação com Crowley é o fato de que Aziraphale pode estar correndo
perigo com toda essa história de “esconder o Gabriel na livraria”.
E ele não vai permitir que nada de mal
aconteça ao Aziraphale!
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