Good Omens 2x04 – Chapter 4: The Hitchhiker

Aziraphale no West End!

Os detalhes fazem toda a diferença, não? O que foi a Shaw dizendo para o Aziraphale que “ele não fazia o estilo de Crowley” e o anjo respondendo em silêncio com um movimento de sobrancelha? EU AMO ESSES DOIS! “Chapter 4: The Hitchhiker” é o episódio de que eu menos gostei nessa segunda temporada de “Good Omens” até o momento, e não porque ele tenha sido ruim, porque foi divertido acompanhar Aziraphale e Crowley em um show de mágica no West End em 1941 e toda a confiança que um tem no outro (!), mas porque eu termino o episódio sentindo que ele não levou muito a nenhum lugar… a não ser, é claro, por ter explorado um pouco mais da antiga relação entre o anjo e o demônio, que sempre têm uma química mais que perfeita.

A maior parte do episódio é um longo flashback de uma história de Aziraphale e Crowley na Londres de 1941 – e o pessoal no Inferno está de olho em Crowley e tentando condená-lo por “associar-se a um anjo” desde aquela época. E a verdade é que os dois nunca foram lá muito discretos mesmo… quando, depois da explosão de uma bomba em uma igreja durante a Segunda Guerra Mundial e um “milagrezinho”, Crowley começa a ser seguido por três “zumbis” que são enviados do Inferno atrás de uma prova de como ele se associa a Aziraphale, Aziraphale está muito mais ocupado se preocupando com um show de mágica cuja responsabilidade ele assume, NO WEST END… não é coisa pequena, e talvez Aziraphale não esteja preparado para algo tão grande?

Crowley e Aziraphale juntos são SEMPRE INCRÍVEIS, essa é a verdade. Eu acho a coisa mais fofa do mundo a relação deles e a maneira como o Crowley pode ter um quê de sarcástico e de durão, mas não realmente com o Aziraphale… diferente do que Shaw parece capaz de ver, ele sempre faz todas as vontades de Aziraphale, e sem reclamar muito. Adoro como ele fica ao lado de Aziraphale conforme ele planeja o seu grande show, e como ele aceita ser parte de um truque arriscado de “segurar a bala” e tudo o mais, com o roteiro deixando bem claro que esse truque só pode ser realizado “com a ajuda de alguém em quem se confia muito”. E os dois confiam um no outro lindamente. Além disso, Crowley está preocupado com Aziraphale e quer que tudo saia conforme o planejado.

O que pode ser complicado quando eles descobrem que os seus milagres não estão funcionando. Eles não sabem, mas tem alguém na plateia que veio direto do Inferno e que está bloqueando milagres, e conforme o show avança sem dar muito certo, eles percebem que terão que fazer funcionar do jeito humano – o que é muito legal, porque adiciona uma camada extra de dramaticidade e de confiança, e é lindo vê-los se saindo bem em um truque que se baseia na confiança mútua! Destaque, também, para o Aziraphale se saindo bem em truque de mágica não planejado (ele tem os seus dons, no fim das contas!), conseguindo impedir o Inferno de levar de volta uma foto dos dois juntos no palco, consequentemente salvando a vida de Crowley ou algo assim.

Que dupla.

No presente, pouquíssimo se avança em relação à trama principal, na verdade… no início do episódio, vemos Aziraphale retornando para casa no Bentley e sendo praticamente obrigado a dar carona a Shax, que está em busca de qualquer informação a respeito do paradeiro do Arcanjo Gabriel – e talvez Aziraphale tenha dado alguma informação no meio de toda aquela confusão tensa e estranhamente ameaçadora… quando ele chega na livraria de volta, no entanto, as coisas continuam mais ou menos como ele deixou, acho que Crowley soube lidar bem com a livraria e com o “Jim” durante esse tempo. Ou assim esperamos, porque quando Crowley diz que “ouviu roncos”, ficamos nos perguntando se ele não deixou alguma coisa passar…

Mas isso fica para depois.

 

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