Heartstopper 2x02 – Family
“I’m bi,
actually. So what?”
E que
comecem os problemas… depois de uma estreia absolutamente deliciosa e que
aqueceu o nosso coração, “Heartstopper”
nos lembra que, infelizmente, o mundo em que vivemos não é perfeito – e, assim,
conhecemos David Nelson, o irmão de Nick. “Family”
já tem um tom totalmente diferente do
primeiro episódio da temporada: ainda que Nick e Charlie sigam tão apaixonados
quanto sempre (!), as coisas ao redor não estão às mil maravilhas, com o irmão
bifóbico de Nick, a mãe rigorosa de Charlie e algumas pinceladas em temas que
foram aprofundados no Volume 4 de “Heartstopper”,
e que os fãs já conseguem antecipar. Nesse momento, de coração um pouquinho apertado, só consigo pensar
em como aguardo a viagem da turma a Paris!
Eu gosto
muito de como Nick e Charlie são o porto-seguro um do outro… é uma carga
pesada, que exploraremos mais adiante, quando um se sente excessivamente responsável pelo outro (Charlie disse, no fim do
episódio passado, que poderia “garantir” que as coisas seriam “perfeitas” para
Nick, e conforme ele percebe que não é algo que está em seu controle, ele se
sente mal), mas é inegável o bem que um faz ao outro e, é claro, o quanto eles
se amam. Quando eles são “afastados” por causa dos estudos de Nick, por causa
da presença do seu irmão mais velho babaca e porque as notas de Charlie estão
baixas e a mãe o colocou de castigo, os dois “fogem” para se encontrar no
parque, e compartilham um dos momentos mais bonitos e mais ternos do episódio.
Eles se amam demais.
Com toda a
questão das notas de Charlie, a mãe o proíbe de ver Nick por um tempo, e esse é
um ponto bastante delicado. Eu não acho que a mãe esteja inteiramente errada em sua motivação, porque existe a necessidade
de fazer com que Charlie se dedique propriamente aos estudos; ainda assim, o modo como ela o faz é, sim, equivocado,
porque é extremo demais, não tem nenhum tipo de conversa civilizada e ignora
sinais que ela devia estar observando em Charlie, mas que ela está simplesmente
“deixando passar”, como sabemos. Nick, por sua vez, tem toda a pressão do
início das provas para a faculdade, o fato de Imogen estar se aproximando de
Ben, a presença de David e toda a questão de ele querer se assumir, mas não saber como fazer isso.
Amamos o
Nick e o Charlie, certo? Por isso, ver qualquer um dos dois sofrer é doloroso. Portanto, todas as cenas com
David, o irmão de Nick, são revoltantes – como eu sabia que seria, porque elas
não fogem muito do que vemos nos quadrinhos, inclusive em relação às falas mais
problemáticas dele, quando ele diz ao Charlie que queria “conhecer o garoto que
fez seu irmãozinho virar gay”, ou quando invalida a bissexualidade de Nick
dizendo à mãe que “ele nem consegue admitir que é gay”. Toda a cena é
revoltante, toda a situação é desconfortável e causa angústia, ainda que a mãe
de Nick seja, sim, uma pessoa incrível que nós amamos do fundo do coração, e ela tente ao máximo contornar a situação e é
firme, como deveria ser, com David em defesa de Nick.
Destaco a
maneira como o “episódio” com o David afeta tanto o Nick quanto o Charlie. Nick
é afetado diretamente porque é ele quem está “saindo do armário” agora, e David
é o constante lembrete de que o mundo não é perfeito e nem todo mundo vai ser
tão legal quanto o grupo de Charlie ou a mãe de Nick, por exemplo, e ele
dizendo para o Charlie, por mensagem, que “ele aguenta” é doloroso porque a)
ele não precisava ter que “aguentar”
nada; e b) talvez ele só esteja se fazendo de forte para não preocupar o
Charlie. Para Charlie, por outro lado, isso o faz lembrar de como foi quando ele foi tirado do armário, sofreu um bullying pesado na escola e ele não quer
que o mesmo aconteça com Nick, e sente que é sua responsabilidade impedir que
Nick sofra.
E ele se desespera quando percebe que isso
não está sob seu controle.
Também
acompanhamos um pouquinho de Tao e Elle, e eu ADORO a maneira como a série
consegue dar protagonismo à Elle e desenvolver, também, a sua história… toda
essa história de Escola de Artes e os novos amigos de Elle são uma novidade
para mim, e estou curioso para saber o que vem daí – mas também estou curioso
para ver um desenvolvimento do romance dela com Tao, que é algo que eu adoro
nos quadrinhos. Quando as coisas não
estão indo lá tão bem romanticamente para eles, a mãe de Tao (MAIS UMA MÃE
MARAVILHOSA!) brilha naquela conversa
com o filho, finalmente o fazendo perceber algumas coisas e mais do que isso: o fazendo agir de acordo com o que ele sente.
Abri um sorrisão com o Tao dizendo ao
Charlie e ao Isaac que quer contar a Elle como se sente.
Vem aí!
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Você pretende comentar sobre a série do "Chucky"?
ResponderExcluirJá ouvi falar que está bem boa, mas eu nunca gostei do personagem. Então não.
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