Heartstopper 2x06 – Truth / Dare
“Fui eu. Nós estamos namorando”
O EPISÓDIO
MAIS PERFEITO QUE “HEARTSTOPPER” JÁ
NOS ENTREGOU! “Truth / Dare” era o
episódio mais aguardado de qualquer
um que tenha lido os quadrinhos de “Heartstopper”,
porque era fácil entendermos o que ia acontecer apenas pelo título… finalmente o grande momento de Nick contando
para todos que ele e Charlie estão namorando. A conclusão da viagem à Paris
(vou sentir falta desse arco, que foi perfeito!) traz momentos muito bonitos e
românticos para Nick e Charlie conforme eles se tornam cada vez mais próximos,
cenas lindíssimas para o Sr. Farouk e o Sr. Ajayi, e um aceno ao Volume 4 de “Heartstopper”, quando Nick consegue
encontrar o pai em Paris, mas ele fica alguns
poucos minutos com o filho e tem que “sair correndo”.
Mas ele
estará de volta em breve.
A
intensidade de tudo o que os personagens vivem nesse último episódio de Paris é
quase inexplicável. Depois de terem
coberto os principais pontos turísticos da cidade, como a Torre Eiffel e o
Museu do Louvre, eles aproveitam um último dia andando pela cidade, tirando
fotos lindas e, como o Nick comenta, “sendo um casal em Paris”. Eu amo como, mesmo antes de falar
abertamente sobre o namoro deles, Nick nunca deixa Charlie de lado… quer
dizer, é só olhar para eles para ter certeza que eles estão juntos, né?! E eu
adoro aquela cena em que Nick e Charlie veem um casal gay caminhando na rua e
então eles se sentem “seguros” para segurar a mão um do outro… é um momento tão
singelo, e é aquela sensação que pessoas LGBTQIA+ de cidades pequenas sentem ao
chegar à cidade grande.
“Heartstopper” sempre faz com que eu me
identifique um pouquinho.
Mas nada me
preparou para as cenas do Sr. Farouk e do Sr. Ajayi, nem mesmo ter lido os
quadrinhos e saber, desde sempre, o
que aconteceria. Eles são personagens que eu amo profundamente em “Heartstopper” (comentei isso em minhas reviews das comics), mas a força da
mensagem que veio em uma cena bem rápida quando os adolescentes estão
“explorando o hotel” (muito fofos se esgueirando pelos corredores para trocar
beijos apaixonados, principalmente Nick / Charlie e Tao / Elle) me pegou
desprevenido… foi algo muito pessoal para
mim. Quando o Sr. Farouk diz que “já passou das 23h” e manda Nick e Charlie
de volta para o quarto, o Sr. Ajayi comenta alguma coisa a respeito de “já ter
feito algo assim quando tinha a idade deles”.
Eu acho que
o Ajayi estava “testando” o Farouk de alguma maneira, flertando com ele também
(ele não nega), mas a fala do Youssef sobre como “você perde essas experiências
gays da adolescência quando se descobre depois dos 20 anos” me atingiu em
cheio. Eu me entendi gay quando eu tinha 17 ou 18 anos, me assumi aos 19, e
embora tenha sido mais jovem do que o
Youssef, eu tenho essa mesma sensação que ele: muita coisa me foi tirada, muita coisa eu não vivi… eu não entendi
o meu crush da época de escola, eu
não beijei um garoto aos 15 anos, me esgueirei por corredores, namorei, não até
depois dos 20. E são experiências que, quando eu assisto a algo como “Heartstopper” agora, eu gostaria de ter
vivido, mas isso me foi negado só por eu ser gay.
As coisas são mais fáceis para você se você
é hétero e cis.
Eu chorei
com a fala do Youssef… chorei de verdade, de soluçar, como eu não esperava
chorar – e essa é uma discussão que não é nova para mim, que já comentei em
milhares de textos com temática LGBTQIA+, mas a cena me pegou de jeito. Que bom
que a série aqueceu o nosso coração
entregando, também, aquele momento absolutamente fofo de Farouk e Ajayi no fim
do episódio, exatamente como nos quadrinhos, quando o Farouk convida Ajayi para
dormir na mesma cama que ele, por causa da “visita” de Darcy e tudo o mais, e
logo fica sem jeito, tem medo de ter feito algo errado, e Ajayi está ali para
dizer que não acha a ideia absurda e para beijá-lo. EU ESTOU TÃO FELIZ POR ELES
DOIS. Espero ver um pouquinho mais deles nos próximos episódios, mesmo que eles
não estejam em destaque.
É uma noite
especial para os adolescentes também… é o aniversário de 16 anos de Tara, e os
próprios professores sabem que “eles vão dar trabalho essa noite”. Afinal de
contas, tem uma festa acontecendo, com direito a bebida não autorizada e um
jogo de verdade ou consequência que realmente
traz algumas verdades – e um dos momentos mais inesperados e mais icônicos
de toda a segunda temporada de “Heartstopper”:
O BEIJO DE CHARLIE E TAO. Eu amo tanto esses dois e a amizade deles, que eu não
consegui me impedir de ficar sorrindo feito um idiota com o Tao falando sobre
como “o Charlie o amou a vida inteira”, vindo beijá-lo, e a expressão de
surpresa tanto de Charlie quanto de Nick. Como
é bom que eles tenham esse grupo tão incrível!
Mas, é
claro, sempre tem quem queira estragar tudo… tem o Ben, sendo um idiota (e nem
sei o que ele estava fazendo ali), e o Harry aparecendo para pedir desculpas,
mas sendo dispensado por Charlie em uma cena maravilhosa! E, quando a garrafa
aponta para Charlie, ele é desafiado a beijar o James (odeio essa ideia de que,
como James é a única outra pessoa “assumidamente gay” da festa, algumas pessoas
acham que eles precisam gostar um do outro) ou o Ben, e quando escolhe
“verdade” ao invés de “consequência”, perguntam quem lhe deu aquele chupão…
Elle e os amigos de Charlie protestam, Charlie fica sem saber direito o que fazer,
mas Nick segura a sua mão e percebe que ele não pode deixar o Charlie lidar com
tudo isso sozinho, não mais pelo menos…
Então, ele
diz que foi ele quem fez o chupão. Eles
estão namorando.
É um momento
tão rápido, mas, ao mesmo tempo, é algo tão grandioso! Eu adoro o fato de o
Nick ter conseguido se assumir para tantas pessoas depois de ter sofrido com
isso por tanto tempo, e eu amo a expressão de “bobo apaixonado” do Charlie,
porque ele não poderia estar mais feliz com isso, e os dois compartilham uma
série de momentos fofos… amo a intimidade deles quando eles têm o quarto só para eles pela noite toda, e então eles se
beijam (o diálogo sobre como ainda não estão prontos para ir além dos beijos, mas querem
ir algum dia é muito bom!) e conversam e riem e dormem, mesmo depois de
terem dito que “queriam passar a noite toda acordados”. O que o Nick e o
Charlie têm é muito especial, e “Heartstopper”
não cansa de me fazer feliz.
Que
episódio!
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