Power Rangers Operation Overdrive – Power Rangers Operação Ultraveloz

“Five heroes walking through the sun for five days”

Eu sinto que “Power Rangers Operation Overdrive” tinha potencial para ser uma das melhores temporadas da franquia – mas, infelizmente, não o é. Talvez parte do motivo seja o fato de que vínhamos de uma sequência muito boa de temporadas (“Time Force” é e sempre foi a minha temporada favorita na franquia, mas em anos próximos tínhamos tido também “Wild Force”, que é uma das temporadas mais amadas pelos fãs, “Ninja Storm”, que faz parte do meu Top 3, e “S.P.D.” e “Mystic Force”, duas temporadas de que eu, particularmente, gosto bastante!), mas não apenas isso, porque é preciso reconhecer que “Operation Overdrive” tem problemas que são muito particulares à temporada em si, dentre eles a atuação exageradamente caricaturada, e o próprio desenvolvimento da trama.

A 15ª temporada de “Power Rangers” traz uma ideia de tema nunca utilizada antes na franquia: UMA CAÇA AO TESOURO. Criativa e cheia de boas ideias, essa poderia ter sido uma temporada surpreendente e revolucionária, mas acaba pecando no desenvolvimento que eventualmente falha em nos empolgar, mesmo com as possibilidades narrativas quase infinitas que a ideia de caça ao tesouro traz. Enquanto os Power Rangers buscam as poderosas joias da Corona Aurora, os vemos se aventurar por histórias que nos remetem a “Indiana Jones”, “Piratas do Caribe”, “A Lenda do Tesouro Perdido” e “A Múmia” – vocês me verão comentando, ao longo das reviews dos episódios, sobre como as ideias de “Operation Overdrive” são muito bacanas, mas não são bem aproveitadas.

Quando comento séries em geral, costumo dizer que mesmo uma história que deixa a desejar consegue se sustentar se fizer com que nos apaixonemos o suficiente por seus personagens – mesmo com uma premissa bacana, sinto que a temporada não faz com que nos apaixonemos de verdade por seus protagonistas, talvez porque eles sejam tão exagerados em suas atuações e tão rasos em desenvolvimento, que falhamos em vê-los como pessoas reais (“Time Force” desenvolveu personagens talvez como nenhuma outra temporada, por exemplo) e, portanto, eles não geram a conexão necessária para que curtamos o suficiente. Mack é o único Ranger da temporada com um pouco mais de história, e ela só é desenvolvida muito perto do fim da temporada…

Talvez a ansiedade por ver alguma história dos personagens tenha me feito gostar do plot.

Ironicamente, no entanto, “Power Rangers Operation Overdrive” traz UM DOS MELHORES CROSSOVERS DA FRANQUIA. Como ela é a temporada que celebra os 15 anos de “Power Rangers”, temos um especial duplo interessante cuja premissa traz os Rangers da época sem seus poderes, e eles precisam ser “substituídos” pelos que se tornam conhecidos como RETRO RANGERS: uma equipe formada por Rangers de diferentes cores e de diferentes equipes… temos Tori, a Ranger Azul de “Ninja Storm”; Kira, a Ranger Amarela de “Dino Thunder”; Xander, o Ranger Verde de “Mystic Force”; Bridge, agora o Ranger Vermelho de “S.P.D.”; e a liderança de Adam, o Ranger Preto de “Mighty Morphin”. É uma equipe de Rangers MUITO carismáticos, e ficam visualmente incríveis juntos!

Assistiria tranquilamente uma temporada com os cinco!

Assim como “Mystic Force” (e tendência que permaneceria ainda em “Jungle Fury” e “RPM”), “Operation Overdrive” tem apenas 32 episódios, que foram ao ar entre 26 de fevereiro (com a première “Kick into Overdrive: Part 1”) e 12 de novembro de 2007 (com o Season Finale “Crown and Punishment”), usando algumas temáticas e filmagens de “GoGo Sentai Boukenger”, também uma temporada de aniversário do Super Sentai (no caso do Sentai, o 30º aniversário). Minha impressão geral da temporada? É decepcionante – principalmente porque ela não é apenas fraca (embora seja, sim, bem fraca), mas porque tinha ideias incríveis em mãos, que podemos ver ao longo dos episódios, mas o roteiro e a direção não souberam como aproveitar todo o potencial que tinha.

Uma temporada que eu não assistiria novamente.

 

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