Sítio do Picapau Amarelo (2006) – “Fora, Matilda!”

“Eu venci mais uma vez. E vencerei sempre”

A Rainha Matilda precisa ser deposta… o mais rápido possível! Luterra está enfrentando tempos sombrios sob o comando de uma tirana, que acabou de colocar toda a guarda real atrás da cabeça do responsável por trazer os exemplares d’O Grito do Picapau ao Reino de Luterra – segundo ela, cheio de “calúnias”. Como, aparentemente, encontrar o responsável pela “distribuição” do jornal é impossível, uma vez que “eles caíram do céu”, Matilda manda os guardas prenderem qualquer um que seja encontrado com um desses jornais, o que quer dizer que o calabouço do palácio está cada vez mais cheio, até que não possa mais comportar todas as pessoas que, de um jeito ou de outro, ficaram contra Matilda. Até porque, com a chegada d’O Grito do Picapau, a esperança nasceu no povo e uma revolução está prestes a acontecer, com gritos de “Fora Matilda!”

Enquanto os guardas reais prendem qualquer um que encontram pela frente, em uma verdadeira confusão, o Conde de Lumbago, um primo do Rei Basileu, vai lentamente se tornando o rosto da revolução – ou uma espécie de esperança contra a tirania de Matilda, a rainha maldita. Conforme forças se levantam nas ruas, o Conde de Lumbago enfrenta Matilda dizendo que o seu reinado terminou, preparando-se para o início de uma guerra, mas Matilda ainda está no comando da situação e manda os guardas prenderem, também, o Conde – “Tolinhos… acharam que eu não ia prever uma traição. […] Eu venci mais uma vez. E vencerei sempre”. Com o início da revolução aparentemente controlado por uma série de prisões, a última esperança está em Menelau, o antigo chefe da guarda, que consegue escapar antes de ser pego e que segue fiel aos antigos reis.

Enquanto isso, no Sítio do Picapau Amarelo, a preocupação toma conta de todos, e Thirza parece estar se aproximando de Theo, de alguma maneira… talvez ela já esteja até mesmo começando a questionar os seus sentimentos por Chico Maciel, ao que parece, o que enche o coração de Theo de esperanças. Theo tem consciência, mais do que imaginávamos, de que Thirza está apaixonada por outro homem, e chega a falar tranquilamente e de forma conformada sobre isso com ela, mas Thirza, por algum motivo, coloca seus sentimentos em dúvida, e fala sobre como o Theo é “justo, nobre e bondoso”, e como ele é “um príncipe especial que vai salvar seu povo”, o que parece deixá-lo radiante. E Theo está mesmo preocupado com a situação no Reino de Luterra, desde que despertara do feitiço que o deixou adormecido… agora, ele quer voltar para lá e destronar Matilda.

Emília também não quer ficar parada – quando é que a bonequinha conseguiu? Ela decide mudar o seu título de “conselheira real” para “espiã secreta”, mas quando ela fala sobre o seu plano de partir imediatamente para o Reino de Luterra, o Visconde de Sabugosa lhe diz que o estoque de pó de pirlimpimpim acabou e, infelizmente, ele não tem mais um dos ingredientes especiais para fazer mais… enquanto a Marquesa de Rabicó pensa em alternativas, Visconde desabafa com a Tia Nastácia sobre como se sente um pouco mal por ter mentido para as crianças: a verdade é que ele ainda tem, sim, pó de pirlimpimpim guardado em seu laboratório, mas ele preferiu mentir porque é muito perigoso ir para Luterra naquele momento, eles não sabem bem qual é a situação por lá, e não quer que eles corram perigo… uma atitude quase nobre, mas Pedrinho escuta a conversa.

Agora, ninguém pode deter a Emília e ele!

 

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