Sítio do Picapau Amarelo (2006) – “Luterranos, às armas!”

Agora ou nunca.

As coisas ficaram muito complicadas no Reino de Luterra quando Matilda descobriu que a trupe do Bobo Cortez e os Saltimbancos era, na verdade, o pessoal do Sítio do Picapau Amarelo disfarçado, e embora Pedrinho, Emília, o Príncipe Theo e o Rei Basileu tenham conseguido escapar a tempo, o pobre Visconde de Sabugosa é capturado, e agora está na lista de execução em praça pública, ao lado de Menelau, o antigo chefe da guarda real, e o Conde de Lumbago, primo do Rei Basileu que tentou desafiar Matilda, sem sucesso… quando Pedrinho vai, disfarçado, até o vilarejo para tentar descobrir alguma coisa, ele retorna com um panfleto sobre a única coisa de que se fala na cidade: a execução que está prestes a acontecer. Eles têm pouco tempo para salvar o amigo sábio deles, e Matilda espera mesmo que eles apareçam, para capturá-los também.

No Sítio do Picapau Amarelo, Dona Benta chama Flor para usar a sua magia de caipora para ajudar Chico Maciel e curar a sua perna, machucada desde que ele caíra de um barranco na floresta e conhecera o eremita – o professor Lúcio Lobo. Com a perna de Chico curada, Dona Benta lhe faz um pedido: ela confia nele, e pede que ele vá até Luterra e traga de volta a sua família em segurança… é uma cena bastante fofinha. A Princesa Thirza, então, o ajuda a se disfarçar como um camponês de Luterra, para passar despercebido no meio do povo quando chegar lá, e Narizinho o ensina a se concentrar nas pessoas que ele quer encontrar ao usar o pó de pirlimpimpim – já que ele não sabe bem a localização do Reino de Luterra, isso deve ajudá-lo a chegar no lugar certo, e é uma sequência ótima… e um timing perfeito, porque Chico chega no meio da confusão.

Matilda manda começarem a execução pelo “falso saltimbanco” – “Enforquem o sabugo!” –, e eu sofri muito com a carinha do Visconde, chorando de desespero ali em cima, e felizmente o Príncipe Theo vai à frente mandar que eles parem com aquilo imediatamente. Então, o Rei Basileu retira seu capuz, revelando sua identidade, e Theo faz o mesmo… e como os nervos estão bastante inflamados em Luterra há algum tempo, desde a chegada d’O Grito do Picapau, no mínimo, quando a rainha manda os guardas “prenderem os insurgentes”, ela percebe que não tem exatamente o mesmo poder que tinha antes. Pedrinho e Emília jogam as bombas de maribondos que prepararam no Sítio e trouxeram com eles, gerando a confusão necessária para que o Rei Basileu comande o seu povo fiel: “Luterranos, às armas! Pela paz, pela justiça e pela liberdade!”

Então, com a execução cancelada e com o grupo liderando a revolta em Luterra, o povo vai à luta, cansado das tiranias de Matilda – e é uma sequência interessante com direito a luta de espadas e tudo. E, então, o Chico faz a sua entrada em um momento PERFEITO, quando Theo está prestes a ser derrotado e está no chão, com uma espada apontada em sua direção, e ele é salvo por Chico Maciel… SÉRIO, COMO EU AMO A AMIZADE INESPERADA DESSES DOIS! E sempre sinto a necessidade de ressaltar: o Chico é muito bonito, meu Deus! No fim, com o reino transformado em um caos, Matilda e Mirthes percebem que não podem fazer nada e acabam escapando, enquanto o povo grita três vivas ao Rei Basileu e ao Príncipe Theo e, depois, mais três vivas para “os amigos do rei”. Infelizmente, no entanto, a guerra não acabou: eles precisam encontrar a Matilda.

Basileu, Theo e Chico Maciel têm até um momento bacana no qual juntam suas espadas em cima do palco preparado para a execução, soltando o clássico “Um por todos e todos por um”, no melhor estilo “Os Três Mosqueteiros”, que eu adoro… e enquanto o povo celebra e Matilda pede ajuda de Trévan, Trévan está morrendo de raiva e chamando Matilda de inútil e incompetente, fazendo questão de ignorar completamente os seus pedidos de ajuda, dizendo a Fígaro que, por ele, ela pode ser presa e eles podem fazer com ela o que bem entenderem… mas ele vai acabar mudando de ideia. Sem a ajuda de Trévan e desesperadas, Matilda e Mirthes correm de volta para o castelo para buscar suas joias, o que se mostra algo bastante estúpido da parte delas, porque elas podiam ter saído correndo e, quem sabe, ter escapado, mas acabam encurraladas.

É uma ótima sequência a de Matilda e Mirthes encurraladas no quarto real delas. Eu adoro aquela turma reunida enfrentando Matilda depois de terem finalmente conseguido “virar o jogo”, e Theo pede que elas devolvam sua medalha, mas Matilda conta que não está com ela, mas com Trévan. No fim, Matilda e Mirthes acabam escapando quando Trévan percebe que o fato de Matilda conhecer o Mundo Real pode lhe ser útil para encontrar a medalha encantada de Thirza, então ele as tira de lá e as leva para Néres. Enquanto isso, Theo e os demais percebem que o Reino de Luterra segue vulnerável, já que uma medalha está com Trévan e a outra está desaparecida, mas eles ainda assim têm a chance de celebrar essa vitória e o fazem. Amei ver essa reunião de Basileu, Theo, Emília, Visconde, Pedrinho, Chico Maciel… que grupo e tanto essa temporada tem!

Tudo funciona tão bem nessa temporada!!!

 

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