Star Trek: Strange New Worlds 2x09 – Subspace Rhapsody
“How would
that feel?”
COMO ISSO
AQUI FOI MARAVILHOSO! Eu sou fã de “Star
Trek” desde a minha infância, quando comecei a assistir “The Original Series”, e eu sempre fui
muito fã de musicais, então a junção desses dois universos foi, para mim,
espetacular. “Subspace Rhapsody”, o
episódio musical de “Star Trek: Strange
New Worlds”, é uma empreitada inédita na franquia e que funciona
incrivelmente bem (independente de quem estiver espumando porque “odeia
musicais” ou qualquer coisa amargurada assim): o episódio é divertido, curioso,
criativo na maneira como traz as músicas para a narrativa e ainda funciona
muito bem como desenvolvimento de
personagem, porque as músicas são usadas justamente para trazer à tona os sentimentos mais profundos dos
personagens.
Aqueles que eles normalmente não mostrariam.
O resultado
é excelente!
“Subspace Rhapsody” justifica, em seu
roteiro, o uso da música – e não traz os personagens “cantando do nada”
simplesmente “porque sim”, o que eu achei bem legal… mas não isenta o episódio
de receber ataques que, a partir de agora, eu vou ignorar porque, como eu já
disse, EU AMEI O EPISÓDIO. A USS Enterprise se aproxima de um evento cósmico
que chama a atenção de Spock e, enquanto ele e Uhura fazem experimentos, eles acabam atraídos para uma espécie de campo de
improbabilidade que vai se expandindo, “engolindo” não apenas a Enterprise,
mas, eventualmente, toda a Frota Estelar e até alguns Klingons (!) em uma
espécie de “realidade musical”, que segue as regras de um musical, onde as
músicas são usadas quando apenas palavras
não são o suficiente.
Depois de
uma introdução MARAVILHOSA com “Status
Report”, que é uma música interpretada por grande parte do elenco, numa vibe meio “I Can’t Stop Singing”, de “Teen
Beach Movie” (!), entendemos o motivo e o tom do episódio e, dali em
diante, eu apenas me diverti mesmo enquanto ouvia as músicas e explorava
sentimentos profundos dos personagens – o que pode, eventualmente, ser chamado
de “um problema de segurança”, já que coisas que nunca seriam ditas em voz alta
acabam vindo à tona, como acontece na divertida “Private Conversation”, quando Chris Pike e Marie Batel têm uma
espécie de DR a respeito das férias que vão tirar na frente de toda a ponte da Enterprise, até que La’An desligue a
ligação e impeça que aquilo prossiga.
Minha música
favorita é, sem qualquer sombra de dúvidas, “How Would That Feel”, interpretada por La’An: a voz de Christina
Chong é algo inexplicável, a música e a melodia são lindas, e a maneira como
ela entrega toda a emoção da personagem, que é algo que vem se acumulando desde
a sua viagem no tempo na qual conheceu um
outro James Kirk é espetacular! A música vem logo depois de “Connect to Your Truth”, do Kirk com
Una, e expressa toda a dor que La’An está tão decididamente tentando esconder –
e que Una tenta ensiná-la como em “Keeping
Secrets”. A conversa de La’An e Kirk na qual ela conta tudo para ele é
lindíssima e dolorosa, porque aquele é outro Kirk, e ele tem uma vida… acredito
que é uma conclusão para essa trama.
Chapel e
Spock, também algo que vem se desenvolvendo durante toda a temporada, chegam a
um momento importante quando o campo de improbabilidade faz com que tudo o que
eles não estavam dizendo seja finalmente dito… Chapel resolve tomar distância,
e ser aceita para um programa a qual se candidatou é a maneira perfeita de
fazê-lo, mas é dolorosa a maneira como ela é direta em “I’m Ready” – embora seja uma das melhores músicas do episódio;
Spock, por sua vez, tem que lidar com a frustração, e é muito bonita sua
conversa com Uhura a respeito de como ele é Vulcano, sim, mas também é humano,
e ele deixa sair toda a dor que essa história com Chapel está causando… “I’m the X” é outra excelente música, e
eu adorei ver o Ethan Peck cantando.
Por fim, é
Uhura quem “resolve” todo o problema – assim como em um episódio recente,
quando ela foi a única capaz de entender uma mensagem alienígena. Tudo começa
na emotiva “Keep Us Connected”, que
fala muito sobre Uhura, e todo o discurso que vem depois disso, quando ela percebe que, apesar de sempre ter se
sentindo muito sozinha, aquela
tripulação é a sua família, e é esse sentimento catártico que a música pode
proporcionar que deve romper o campo de improbabilidade e salvar a Enterprise e
a Frota Estelar de um ataque Klingon que poderia acabar com todos eles… eles só precisam de um “grand finale”, um
número com muitas vozes juntas, e é
assim que ganhamos “We Are One”,
proporcionada por Uhura, que conecta
toda a tripulação.
Um episódio
incrível, amei do início ao fim!
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