Club 57 – O novo Rubén
Rubenífico.
Sempre que eu tenho a
oportunidade de dizer isso, eu digo: Rubén
é um dos melhores personagens de “Club 57”. Enquanto o roteiro caminha para
uma parte não lá muito legal na qual
o JJ falso, de 1987, consegue chegar a 1957 para se passar pelo JJ verdadeiro e
roubar o seu lugar (e acho que ninguém
merece suportar dois JJs ao mesmo tempo), eu estava mesmo interessado em
toda a trama que vem depois do
desaparecimento de Rubén. O vemos sumir aos poucos, até que ele tivesse
desaparecido por completo, e agora, quando ele retorna, temos UMA NOVA VERSÃO
DO RUBÉN – e é uma versão muito parecida com a Eva, na verdade, embora talvez
um pouquinho mais arrogante… inteligente, falando coisas que ninguém entende,
de óculos e com uma jaqueta jeans cheia de pins, como da irmã, eu preciso dizer
que esse Rubén é MUITO BONITO.
Um pouco metido e condescendente
demais? Sim. Mas muito gato!
A dinâmica do “novo” Rubén com
Eva é divertidíssima de se acompanhar, porque Eva fica absolutamente irritada com o Rubén, sendo que ele é igual a ela – dois espertalhões se achando um máximo, falando
propositadamente difícil, e Rubén consegue, mesmo nessa “versão”, nos arrancar
sinceras risadas… o carisma e o timing
para a comédia de Sebastián Silva fazem com que o personagem seja sempre
incrível! Vide a reação dele naquela cena em que Eva se surpreende porque ele
consegue dizer “ergonômico” sem travar, e ele diz que é ela quem não consegue dizer “ergonômico”, mas ela mostra que consegue sim. Os dois disputam o mesmo
armário, de certa maneira, disputam durante a aula de matemática para responder
à professora e ser o melhor aluno da sala, até mesmo a idade deles mudou e,
agora, Eva é quem é a mais velha.
Naquele “mundo”, no entanto,
parece que o passado que vale é aquele do qual aquele Rubén se lembra, apesar
de Eva agir como se quem estivesse errado fosse ele… tudo é cômico e divertido,
e eu amo o roteiro por brincar com a sua semelhança com Eva, quando ela diz a Tiago
que “esse Rubén é brilhante, mas é insuportável”, por exemplo, e ele diz que “o
faz pensar em alguém que ele conhece”. A disputa de Rubén e de Eva continua
eternamente, com o Rubén conseguindo todas as vagas para atividades
extracurriculares para as quais a Eva também queria se inscrever, mas
aparentemente não tem um histórico tão
bom quanto o dele, e ela acaba no clube de artes antigas, que ela não gosta
nada. Achei fofo como o Tiago troca de lugar com ela, se sacrificando para que
ela possa fazer algo que ela gosta, e ela acaba desistindo, porque não aguenta
o Rubén, e termina no clube de artes antigas mesmo, com Tiago…
O CLIMA ENTRE TIAGO E EVA.
Infelizmente, eu não gosto de JJ,
e sei que ele e Eva devem terminar juntos, mas é impossível não torcer por
Tiago e Eva quando, mesmo na reta final da temporada, o roteiro continua
insistindo em criar oportunidades para que torçamos por eles… o Tiago é fofo se
sacrificando por ela, e rola um clima entre eles quando ela retorna para o
clube de artes antigas, mas então Eva escuta a voz de JJ na jukebox do diner e
parece que tudo acaba – como se a única coisa que importasse para ela fosse o
JJ. Percebendo que a música que está tocando é do JJ de 1987 e que isso deve
significar que ele encontrou uma maneira de fugir e chegar a 1957, ela pensa em
partir imediatamente para o passado para salvar o verdadeiro JJ, que deve estar
correndo perigo, e como só um deles pode usar o Chronos para saltar, Tiago
resolve deixar que Eva use seu dispositivo e vá…
Porque “o JJ precisa dela”.
Sério, esse altruísmo é motivado
por amor… e eu não queria vê-lo sofrer.
A parte boa de a Eva partir
sozinha para 1957, no entanto, é que podemos ver mais um pouquinho de Tiago e
Rubén, uma dupla INCRÍVEL que adoraríamos que tivesse sido mais explorada
durante a temporada, mas que rendeu ótimos momentos sempre que estiveram
juntos, mesmo que por trechos tão curtos do roteiro. Essa temporada foi tão
repleta de saltos temporais, de maneira quase irresponsável, que nenhum
“reencontro” de Eva e JJ consegue ser emocionante,
e parece que talvez eles nem estejam mais tentando… no fim, Eva só está ali
para descobrir quem é o JJ verdadeiro e quem é o JJ falso, para que o JJ falso
possa ser capturado pelos guardiões e tirado dali – e, eventualmente, ela consegue,
com uma ajudinha de Sofía. Além disso, o velho Rubén é trazido de volta, para a
alegria de quase todos, com a ajuda do diário que pode mudar o futuro.
A trama do JJ de 1987 em 1957,
que felizmente (!) termina mais rápido do que eu imaginara, motiva o JJ
Verdadeiro a voltar a falar com Manuel sobre torná-lo capaz de saltar no tempo – se a sua cópia pôde fazê-lo,
talvez exista alguma maneira de que ele também possa! Sinceramente, eu torço
muito para que isso nunca aconteça, mas… até porque, em pleno capítulo 55 (de
apenas 60!), vemos Sofía incentivando o Tiago a saltar no tempo para 1957,
também, para contar a Eva como se sente, e ele resolve seguir o conselho de
Sofí e colocar seus sentimentos em palavras, de maneira sincera. Quando está em
1957, no entanto, Eva só consegue pensar em JJ, como se todo o clima que
outrora compartilhara com Tiago nunca
tivesse existido, então enquanto ele está ali, todo fofinho tentando dizer
o que sente, Eva está ocupada demais e não presta atenção nele.
Será que o coração de Tiago vai
ser mesmo partido?
Será que podemos nos surpreender
e ver Eva terminar a série com ele? Quem sabe.
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