I Feel You Linger in the Air – Episode 8
“They were
destined to meet each other long ago”
Eu não vou
mentir: é o episódio de que menos gostei
em “I Feel You Linger in the Air” até
o momento, mas isso não quer dizer que eu tenha achado um episódio ruim nem nada. Eu amo essa série, de
verdade, porque ela tem uma fotografia lindíssima, uma premissa intrigante e um
desenvolvimento lindo para o romance de Khun Yai e Jom, com a química perfeita
que os personagens compartilham – e talvez esse tenha sido o motivo pelo qual o
oitavo episódio foi o de que “menos gostei”: embora tenhamos tido cenas
icônicas de Yai e Jom, a maior parte do episódio não foi centrada neles e ainda que eu entenda a importância dos
outros núcleos, eu senti falta, sim, de acompanhar mais do meu casal… embora
narrativamente essa “ausência” faça sentido.
Afinal de
contas, as coisas finalmente fluíram entre
Yai e Jom – e enquanto eles curtem a lua-de-mel do seu relacionamento, com
noite de núpcias e tudo, outras tramas caminham porque o que está por vir é sofrimento para os protagonistas, e “I Feel You Linger in the Air” quis
permitir que a audiência “curtisse” esses momentos fofos, românticos e/ou
quentes dos personagens por uma semana completa. Então, acabamos explorando
outras tramas, como a de Fong Kaew, que continua entrando sem permissão no
escritório de Robert em busca de provas de que ele está envolvido na morte de
sua família (!), e de Kham Saen, cuja mãe tem uma conversa breve com Fong Kaew
para tentar mantê-la afastada do filho, dizendo que “ele está mais feliz” ou
qualquer coisa assim.
Grande parte
do episódio é dedicada, no entanto, à descoberta do romance de Eeang Peung,
irmã de Khun Yai e a primeira esposa de Robert, e Maey – e essa é uma trama
paralela à de Yai e Jom que serve, em parte, como “espelho” para o que provavelmente
está por acontecer com eles quando eles forem descobertos… se ainda atualmente
existe tanto preconceito contra a comunidade LGBTQIA+, a época em que Jom está
em “I Feel You Linger in the Air” é
ainda pior. É muito triste acompanhar
todo o desenrolar dessa trama, quando as duas se AMAM e não estão fazendo nada de errado… Maey é presa em condições
sub-humanas, enquanto Peung é sujeita aos constantes abusos do marido, que a vê
como sua propriedade. Cenas angustiantes
de se assistir.
Em paralelo,
então, Khun Yai e Jom estão vivendo momentos lindos… a abertura toda do
episódio é uma das melhores sequências da série, unindo paixão, amor, desejo,
urgência e entrega de uma maneira bonita e poética. Seguindo exatamente de onde
paramos no episódio passado, naquele beijo apaixonado embaixo da chuva, Yai e
Jom entram em casa vivendo cada toque, cada beijo, cada olhar em uma química
palpável. A sensualidade e o romance dançam em uma cena que é bem escrita, bem
dirigida e bem atuada, quando Jom provocantemente pede a Yai que “ele o deixe
despi-lo”, para que “ele não fique doente”. A construção dos toques, a criação
da expectativa, o aumento do desejo… o cuidado. Uma cena realmente de encher os olhos e o coração.
Khun Yai
estava foguentinho nesse episódio, é
verdade… mas sempre cuidadoso e fofo, o que é muito lindo. Quando Jom acorda
meio atordoado depois da primeira
noite deles, porque viu alguma coisa (gostei de vermos aquele “encontro” entre
os dois Joms, dessa vez do outro ponto de
vista), Yai resolve fazer algo para que ele se sinta melhor… algo por Jom
e, quem sabe, por ele mesmo também, como o Jom acaba percebendo, sem se
importar. Achei muito delicado e muito sensível que Khun Yai prepare aquele
banho para ele e para Jom, e a intimidade daquela cena, que vai muito além da
paixão ou do sexo, é algo que me deixou muito feliz. A maneira como eles estão
conectados, a maneira como é visível como
eles estão felizes e como se amam verdadeiramente.
Por isso, o
sofrimento a seguir vai ser ainda mais
doloroso… Yai e Jom compartilham pequenos momentos muito especiais nesse
episódio: a primeira noite, o banho juntos, os vagalumes, as brincadeiras bobas
e felizes quando voltam para casa. Mas o romance, já percebido, está
incomodando ao pai de Khun Yai, que vai querer ainda mais abafar todo esse caso depois de o romance de Eeang e
Maey ter sido descoberto. Por isso, embora o monge consultado por ele fale
sobre como “ele e Jom estavam destinados a se encontrar há muito tempo”, ele vai
seguir com o plano de obrigar Yai a se casar com uma mulher, e fazer de tudo
para tirar o Jom de sua vida. E eu confesso que não sei o que vem pela frente. Quero ver Yai e Jom lutarem pelo
amor deles…
Mas, mais
cedo ou mais tarde, Jom vai ter que voltar para o seu tempo, não?
E aí? O que
vai acontecer?!
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