[Season Finale] One Piece 1x08 – Worst in the East
“We’re
going to the Grand Line!”
Eu não sabia
que eu ia me apaixonar tanto por “One Piece” e agora, ao fim dessa
primeira temporada, eu percebo que a série é uma das minhas estreias favoritas
do ano – e tem tudo para se tornar uma das minhas séries mais queridas. Parece
que tudo funciona brilhantemente em “One Piece”: o tom e o ritmo da história,
a construção do universo, os personagens… a série tem carisma, força e
personalidade, e não tem medo de ser ela mesma, com toda sua loucura e sua
bizarrice, conseguindo equilibrar diversão e emoção de uma maneira
surpreendente! Falando como alguém que nunca
antes tinha lido o mangá ou assistido ao anime, a adaptação em live-action foi uma grata surpresa e uma
maneira apaixonante de entrar nesse
universo de “One Piece”.
Que bom que
a série já foi oficialmente renovada!
“Worst in the East” é um Season Finale
que beira a perfeição, e que tem cara de Season Finale. Com um material-base
tão longo, o roteiro da série soube
escolher um bom momento para “pausar” a história dos Chapéus de Palha,
entregando tanto um clímax satisfatório repleto de ação e catarse, quanto uma
conclusão emocionante que amarra algumas pontas e empurra a história para a
frente – e a parceria e a amizade que esse improvável
grupo formado por Luffy, Nami, Zoro, Usopp e Sanji construíram é incrível e
verdadeira. A intensidade das interações, o carisma e a entrega dos intérpretes
e o roteiro bem conduzido conseguiram fazer com que isso se desenvolvesse de
forma orgânica e sentimos o quanto é
sincera essa relação depois de 8 episódios.
Uma série
realmente incrível!
No episódio
anterior, Luffy levou os Chapéus de Palha até Coco Village em uma missão
paralela: resgatar Nami. Afinal de
contas, ele sempre acreditou que Nami é
uma boa pessoa, ainda que ela tenha ido embora com o Bando de Arlong,
porque aparentemente faz parte dele, e tenha mandado Luffy e os demais ficarem longe… a construção da trama de
Nami é, talvez, a mais dramática dessa temporada de “One Piece” e rendeu excelentes momentos no episódio anterior,
conforme entendíamos o seu trauma e o seu “acordo”, brevemente explorado no
último flashback da personagem no
início desse episódio. E se Nami pediu a
ajuda de Luffy no fim do episódio anterior (a cena de Luffy colocando o
chapéu de palha nela!!!), é claro que Luffy vai ajudar.
Toda a
sequência de ação do primeiro ato do episódio é PERFEITA. De um lado, temos
Luffy protegendo Nami e partindo para um
segundo round com Arlong; de outro, temos Sanji e Zoro em uma espécie de
“batalha” bastante interessante; e também temos o Usopp, enfrentando seus medos
sozinho contra um pirata na mata. Foi uma
delícia acompanhar Sanji e Zoro, tanto porque eles são magníficos lutando,
cada um no seu estilo, quanto porque a energia entre os dois envolve alguma provocação mútua e contínua que é
interessante de se acompanhar… e eu também gosto de como fica um negócio meio “O Luffy precisa da gente” x “Você acabou de chegar, você não sabe do que
o Luffy precisa”, porque a maneira como o Zoro ama o Luffy nem dá pra
explicar!
Luffy, por
sua vez, tem uma das melhores e mais corajosas batalhas de sua vida – e isso é
algo muito grande para o personagem: ele é excepcionalmente animado, tem uma
energia caótica inerente a ele, e pode ser um pouco intenso demais, mas ele também é corajoso, extremamente leal e
criativo o suficiente para descobrir como vencer lutas improváveis e sair de
situações complicadas… assim, quando
manda Nami se proteger, Luffy enfrenta Arlong sozinho, em uma batalha que
eventualmente ele percebe não ser capaz
de vencer – mas se ele não pode vencer o Arlong, ao menos ele pode destruir tudo o que ele construiu. Isso
envolve tanto o Arlong Park quanto os mapas que Nami vem desenhando para ele
nos últimos nove anos… e sem os quais
Arlong não é nada.
Que cena
grande para o Luffy!
Essa
sequência pode ser considerada o clímax (ou um dos clímaces) do episódio, e
aquele golpe final do Luffy é
realmente espetacular… mas nada supera o
que vem depois, quando o Arlong Park está destruído e Nami, Zoro, Usopp e
Sanji estão olhando para os destroços, quase lamentando a possível morte de
Luffy, até que ele saia do meio dos escombros, gritando para Nami que ela é amiga deles e que eles são seu bando.
AH, AQUILO NÃO PODERIA SER MAIS PERFEITO! É como se um ciclo se fechasse, é a
conclusão perfeita para toda essa trama de Nami, e eu acho que, agora, ela
nunca mais duvidará de seu lugar no Bando de Luffy e os Chapéus de Palha… além
disso, é muito bom ver a alegria estampada nos sorrisos e nas risadas de todos
ao ver Luffy bem.
Como não
sorrir ao ver que o Luffy está bem?
Acho que todo mundo ama o Luffy.
Depois,
Luffy ainda tem que enfrentar a Marinha e, principalmente, o Vice-Almirante
Garp… seu avô. Adoro o pequeno
momento de Koby, que se recusa a obedecer a ordens diretas do vice-almirante porque
não concorda com elas (ele não vai
prender Luffy e seu bando porque eles não são os verdadeiros criminosos, foi o
bando de Arlong que destruiu Coco Village), mas a cena é mesmo de Luffy e de
Garp – tanto que o bando de Luffy assiste angustiado, mas sabendo que não há
nada a fazer: essa é uma coisa que eles
precisam resolver entre eles. E, curiosamente, Garp externa algo que já
vínhamos percebendo há algum tempo: de
certa maneira, ele respeita quem Luffy é… Luffy não “quer ser pirata”;
Luffy SEMPRE foi um pirata. E convenhamos… ele é um dos bons!
Tanto que
Luffy FINALMENTE GANHA O SEU CARTAZ DE PROCURADO – e não tem nada mais
divertido do que a alegria que toma conta dele e de todo mundo que se importa
com ele por causa desse cartaz! Koby é muito fofo indo visitar o Luffy como seu amigo (amei a relação desses
dois, e foi bonito retornarmos a isso para fecharmos um ciclo que se iniciou lá
no primeiro episódio) e levando o cartaz para ele, e Luffy é uma graça todo
animado mostrando para o resto do seu bando… e esse cartaz está por aí, se
espalhando por todos os lugares e arrancando sorrisos de pessoas que conheceram
Luffy em sua jornada, e que sabem o quanto ele queria ser reconhecido como um
pirata. Destaque para a rápida aparição
de Shanks, orgulhoso do seu menino.
Esperando
por um reencontro deles!
Por fim, a
série se encerra da maneira mais bonita possível, com o Bando de Luffy reunido
no Going Merry, e oficialmente reconhecidos como os Chapéus de Palha… com direito a uma bandeira de pirata de uma
caveira com chapéu de palha que o bando de Luffy “dá de presente” para ele.
A animação quase infantil e puramente verdadeira de Luffy, o sorriso do resto
do bando feliz em vê-lo feliz… essas são as preciosidades que “One Piece” entregou e que, para mim,
tornam a série tão grande: essa humanidade latente, essas relações bonitas e
verdadeiras que foram estabelecidas, a força dessa amizade e do que eles sentem
uns pelos outros… eles são um bando de
verdade, o melhor bando que poderíamos conhecer. E, agora, eles têm uma
missão à frente…
Ir ao Grand Line. Encontrar o One Piece.
Amei toda a
simbologia da cena em que todos se reúnem no convés para uma espécie de ritual que sela a amizade e a parceria
deles de uma vez por todas, quando Sanji coloca um barril no meio deles, e cada
um coloca um pé sobre ele, falando sobre seus sonhos ao fazê-los… sonhos que
eles carregam consigo desde crianças, ou sonhos que eles decidiram naquele
momento, não importa – sonhos que os representam e que agora não são apenas
deles; sonhos que eles compartilham e que
eles vão tentar alcançar juntos, um ajudando o outro. Não tem coisa mais
linda do que o visual daquela cena e a energia que transborda de cada um
naquela parceria talvez improvável, mas mais concreta do que qualquer um deles
jamais poderia ter imaginado. Que final incrível.
Totalmente
apaixonado por “One Piece”.
Aguardando
ansiosamente pela segunda temporada!
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