Te Amar Dói (Te Quiero y Me Duele) 1x04 – Chiaroscuro
Festa.
Eventualmente,
eu terei um problema com “Te Quiero y Me
Duele” se eu não conseguir comprar o romance de Juan Gris e Lola,
infelizmente… apesar de entender que esse é, de certa maneira, o “fio condutor”
da obra e a maneira como os mundos distintos colidem, e de acreditar que
histórias a la “Romeu e Julieta” são
muito difíceis de não funcionar, eu sinto que estou me distanciando dessa
relação, talvez porque eu tenha sentido muito a dor de Dante, e eu não gosto do
fato de a Lola quase beijar o Juan Gris
em uma festa na qual o Dante pode vê-los, mesmo depois de tudo o que acabou
de acontecer. De modo algum eu acho que a Lola precise ficar com o Dante, não é sua obrigação… mas dizer a verdade
para ele e terminar esse namoro se não gosta mais dele, sim.
Curiosamente,
o início do episódio é a minha sequência
favorita… terminamos o episódio anterior nos perguntando se Dante se matou quando tirou os tênis e entrou
no mar, e esse quarto episódio começa ainda
deixando essa dúvida por alguns segundos, enquanto vemos a escola assistir
a um vídeo fortíssimo que Dante postou falando sobre bullying. É um vídeo bastante corajoso e bastante consciente, que
diz muito (!), e que felizmente não é a sua versão de “uma carta de suicídio”,
no fim das contas, mas um pedido de ajuda…
foi um alívio ver o Dante sair do mar e ver o reencontro dele e de Lola na
escola. Fico feliz porque nada de pior aconteceu, mas Dante ainda terá que
lidar com algumas coisas, e quanto mais Lola prolongar essa relação, pior será.
De todo
modo, a ação principal do episódio não está
relacionada a Dante, mas sim a uma festa organizada por Camila, que contrata
Juan Gris e a sua banda para tocar – e toda a situação já é extremamente desconfortável, por vários
motivos: a reação de Lola, vagamente incomodada com a presença de Juan, porque
sabe que tem que dar atenção a Dante; o receio do próprio Juan Gris, que está
tendo seu lar destruído justamente pelo pai de Lola, que não pode fazer nada
para impedir, embora tenha prometido; Marcos e os seus amigos babacas, que
ficam fazendo comentários preconceituosos a respeito de DJ; e, é claro, Migue,
o irmãozinho de Juan Gris, que encontra drogas no chão, usa (!), cai de uma
escada logo depois e acaba em estado grave no hospital.
Toda a
tristeza, o desespero e a injustiça que tomam conta do episódio depois do que
acontece a Migue é pesado… e, é claro, temos o agravante do fato de não existir um sistema como o SUS no
México, o que quer dizer que, embora Migue precise urgentemente de uma
operação, ele só será operado mediante pagamento. O Sistema Único de Saúde pode
ter alguns problemas, sim, mas a maior parte deles não é inerente ao sistema em
si, mas à gestão, e não seria negado a uma criança como o Migue, no Brasil,
tratamento e operação. Além de tudo o
que já está acontecendo, Juan Gris agora precisa lidar com a necessidade
urgente de conseguir dinheiro para poder pagar o hospital de Migue e,
eventualmente, com a prisão do pai, que sofre uma denúncia.
A trama
acaba trazendo uma novidade interessante…
embora fosse uma festa patrocinada pelos riquinhos, e a droga que Migue
encontrou fosse deles, é óbvio que ninguém se responsabiliza ou se importa em
ajudar – ninguém além de Lola, que faz um apelo ao pai, e não consegue nenhuma
resposta. Naquele diálogo, no entanto, quando ele diz que “o garoto é só um
desconhecido”, ela também diz que “também era uma desconhecida quando ele a
resgatou naquele furacão”. É UMA REVIRAVOLTA INTERESSANTE, E DEVE GERAR UMA BOA
TRAMA FUTURAMENTE. De todo modo, Lola encontra alguma maneira de pagar pelo hospital de Migue, e então ele entra
para a operação antes que Juan Gris precise tomar uma decisão extrema e se
envolver com algo ilegal.
O medo de
ter o irmão tirado dele, no entanto, segue.
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