The Eighth Sense – Episode 1

Amigos?

Foi um ótimo episódio de estreia, e é muito interessante que eu realmente não saiba o que esperar ainda. Não sei que rumos a história de Jae Won e Ji Hyun vai tomar, como ela será desenvolvida, que alegrias e que tristezas os encontrarão no meio do caminho, mas há algo extremamente carismático nesse primeiro episódio de “The Eighth Sense”, algo que me cativou genuinamente e que me deixou com uma vontade imensa de correr para o próximo só para eu poder explorar um pouquinho mais, conhecer um pouco mais… é um primeiro episódio de apresentação dos protagonistas, mas sentimos que ambos são pessoas complexas que vamos desvendar lentamente conforme “The Eighth Sense” avança, e conforme, também, um permite que o outro o conheça.

Há um toque de melancolia evidente, também, nesse primeiro episódio, portanto eu não me surpreenderia com um final triste ou agridoce – felizmente, eu me safei de spoilers até agora, e vou poder curtir a experiência de assistir a “The Eighth Sense” como deve ser: com teorias, com surpresas, com angústias, com suspiros… não sei explicar bem, mas existe uma beleza intrínseca à melancolia, a meu ver, mais do que no trágico em si (embora o trágico possa, também, entregar a sua beleza, como é o caso de “Seu Nome Gravado em Mim”, ou mesmo o maior ato do cinema de todos os tempos, “Titanic”). É uma linguagem totalmente diferente, porque são propostas naturalmente diferentes, mas algo nessa estreia me fez pensar em produções como “Hoje é dia de Maria”.

O episódio nos apresenta aos seus dois protagonistas no meio de uma noite parcialmente caótica em um restaurante/bar, na semana antes da volta às aulas na faculdade. De um lado, temos Jae Won, que acabou de ser dispensado do exército e está de volta à sua vida antiga, onde tudo parece ser o mesmo, exceto ele mesmo; de outro, temos Ji Hyun, um garoto do interior que se mudou para Seoul para fazer faculdade e que está querendo viver coisas diferentes, porque não quer que a sua vida seja a mesma para sempre. O caminho dos dois se cruza pela primeira vez quando Ji Hyun precisa ajudar a separar uma briga entre Jae Won e um dos seus amigos (que é, na verdade, um embate motivado pelo álcool mais do que uma briga de fato).

Achei muito interessante como “The Eighth Sense” se esquivou do clichê de BLs quando Ji Hyun segura Jae Won, e não existe uma jogada de câmera lenta, uma trilha sonora romântica, segundos prolongados… eu realmente acho que Ji Hyun e Jae Won se viram verdadeiramente naquele momento, e é a fagulha inicial de algo, mas vemos acontecer em segundo plano, e na velocidade normal de todo o restante da cena – porque é assim que acontece na vida real. Essa “ligação” entre eles, que talvez seja causada por uma primeira impressão forte, vai ser desenvolvida aos poucos, quando Ji Hyun e Jae Won conversam do lado de fora, por exemplo, ou quando Ji Hyun consegue um cigarro para Jae Won e o deixa levar com ele o acendedor do restaurante…

Pequenos momentos, mas momentos significativos.

Gosto muito de como o episódio colocou os dois protagonistas juntos e como fez com que os caminhos se cruzassem repetidamente (quando Ji Hyun está voltando para casa e vê Jae Won no ponto de ônibus, ou quando Jae Won vê Ji Hyun na faculdade e se senta para conversar com ele, porque se voluntariara para ser seu amigo quando percebeu que ele não parecia ter nenhum, por exemplo), mas como também se dedicou a apresentar cada um deles de forma isolada… o retorno de Jae Won a Seoul, por exemplo, o faz ter que enfrentar a presença de Eun Ji, uma ex-namorada com quem as coisas não acabaram lá muito bem, e que ele diz já ter superado, mas que os amigos parecem querer empurrar para cima dele novamente, e que ele tem que encontrar rotineiramente na faculdade.

Ji Hyun, por sua vez, tem momentos muito interessantes com a sua nova chefe, com quem ele parece ter uma relação bacana, e com o amigo de infância com quem divide um dormitório na faculdade, mas de quem ele está tentando se “desvencilhar” porque eles nasceram na mesma cidade, estudaram juntos desde sempre, e ele não quer que as coisas sejam iguais para sempre. Mas as melhores cenas de Ji Hyun talvez estejam nas cenas que ele protagoniza sozinho, quando ele segue um conselho e decide pegar o metrô para ir ver o rio, e acaba em um lugar distante da faculdade, mas um lugar bonito onde ele se senta com um papel na mão e desenha… Ji Hyun tem algo muito introspectivo, e eu tenho certeza que ele é um personagem com boas histórias a contar.

Os dois vão se aproximar novamente na faculdade ou graças a ela, quando Ji Hyun parece razoavelmente fascinado por um pôster do Clube de Surf que ele vê na faculdade. Ainda é difícil de entender se ele ficou fascinado por Eun Ji, pelo próprio Jae Won ou pela ideia realmente de se aventurar em algo que ele nunca fez… de todo modo, ele se inscreve no Clube de Surf, e rapidamente ele está dentro de um ônibus para a primeira viagem do clube, e quando Jae Won finalmente chega, quase atrasado, ele se senta no banco vazio ao seu lado – ele dissera que eles seriam amigos, não dissera? Abri um sorriso bobo com o Jae Won compartilhando o fone de ouvido com Ji Hyun e comentando alguma coisa sobre como “estarão vendo a mesma paisagem, é legal que escutem também a mesma música”.

Eles realmente têm MUITO potencial. Curioso pelo que vem pela frente!

 

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