Vencer o Medo – Três Anos Depois
O retorno de Marcela.
Depois de
uma apresentação EXCELENTE durante os primeiros capítulos da novela, “Vencer o Medo” tem um salto temporal de
três anos para dar sequência às
histórias das protagonistas – tempo esse que Marcela Durán passou em um centro
de internamento pelo crime de ter roubado um carro, Cristina se conformou com
um trabalho chato que não tem nada a ver com natação, Areli se afastou do pai
conforme ele começava um novo relacionamento com uma mulher problemática, e
Inês continuou sofrendo diariamente os abusos do marido em forma de insultos,
deboches e humilhações constantes. E é agora que a vida de cada uma delas vai
começar a mudar, e ficamos bem empolgados para ver o que “Vencer o Medo” tem para nos apresentar.
Conseguir sair já é uma vitória para Marcela –
porque havia quem não queria que ela
saísse, de modo algum. Horácio, pai do homem que foi assassinado há 3 anos,
está inconformado com o fato de “essa criminosa” estar prestes a sair em
liberdade “depois de ter assassinado o seu filho”, e realmente tememos pelo
destino de Marcela, sabendo que é uma família poderosa e com dinheiro… a
pressão imensa sobre o diretor do centro de internamento para que ele mantenha
Marcela lá é gigantesca, mas, felizmente, não há nada que ele possa fazer,
aparentemente. E, de qualquer maneira, Marcela está mexendo seus pauzinhos: ela
consegue o contato de Horácio, faz uma ligação e consegue chamá-lo para conversar,
porque ela quer propor um acordo.
A proposta
de Marcela é muito simples: se ele não fizer nada para impedi-la de sair dali,
ela vai entregar todo mundo… afinal de contas, ela conhece Rommel e o resto da
gangue, e ela só precisa investigar um pouco se quiser descobrir quem está por
trás do assassinato de verdade. É uma boa proposta e começa a virar o jogo a
favor de Marcela, mas também parte do pressuposto de que Horácio vai dar-lhe um
voto de confiança, o que quase parece improvável, mas ele acaba aceitando, como
se não tivesse nada a perder… ainda assim, é ele quem vai dar as cartas. Quando
a Marcela é liberada, Horácio está esperando por ela em um carro do lado de
fora, para dizer que, se ela falhar, vai fazer com que ela sinta na própria pele o que ele sentiu com o assassinato do filho…
Ela tem três
meses para provar sua inocência e entregar o verdadeiro assassino.
E, agora, é
correr contra o tempo.
Depois de
encontrar Horácio, tudo o que Marcela mais quer no mundo é ir ver a mãe, mas,
infelizmente, Inês continua morando com Vicente, o que quer dizer que Marcela
tem que passar por alguns comentários absurdos e um desprezo gritante quando
ela pergunta o que “essa daí” está fazendo na sua casa – e, na mesma hora, ele
a coloca para fora. Vicente a proíbe de ver a mãe e a irmã (?), e garante que
ninguém naquela família quer vê-la, embora Areli corra para abraçar a tia e
dizer que está muito feliz em vê-la, até Lorenzo a tirar de lá para que ela não
se meta… Areli, aparentemente, está tendo que lidar com um pai mais ou menos
cego pela mulher com quem está prestes a se casar: uma mulher preconceituosa,
cheio de comentários e que detesta Marcela.
Marcela não é a única pessoa tentando se
infiltrar na gangue de Rommel. Omar Cifuentes, filho do homem que foi assassinado e, portanto, neto de Horácio,
também está tentando entrar na gangue em busca da verdade e de vingança e, para
isso, ele se converte em “Beto”: ele muda o cabelo, o estilo de roupa, coloca
tatuagens falsas, aluga um quarto barato nas redondezas… é arriscado, seu
disfarce pode cair a qualquer momento, mas ele está determinado. E rapidamente notamos que ele é uma pessoa
boa, quando ele vê Vicente sendo grosseiro e violento com Inês no meio da rua e
resolve interferir para impedi-lo, o que eu achei incrível da parte dele… e
já estou bem curioso para explorar mais sobre o passado de Omar/“Beto”, bem
como do seu plano agora.
Cristina,
por sua vez, consegue um novo emprego no ministério público, depois de ter
deixado mesmo a natação para trás… ela não quis mais saber de natação, de
competição, nem dos amigos que foram embora para os Estados Unidos com uma
bolsa que poderia ter sido dela também, e agora ela está completamente diferente da Cristina que conhecemos no início do
primeiro capítulo, que era mais cheia de vida e de sonho. Traumatizada,
ressabiada e quase assustada,
Cristina caminha pela vida de maneira tensa, o que é transmitido perfeitamente
ao espectador, que está o tempo todo apreensivo,
especialmente quando o seu novo chefe começa a rodear e a oferecer caronas, e
nos perguntamos se ela vai reviver o trauma que sofreu há três anos.
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