Bake Me Please – Episode 2
Pedido de desculpas.
E foi aqui
que eu comecei a me apaixonar de verdade por “Bake Me Please”. Eu ainda acho que não é a melhor estreia do ano
nem nada, mas acontece que nem tudo precisa ser “a melhor coisa que eu já vi na
vida”, sabe? Despretensioso, mas com bastante carisma, o BL entrega um segundo
episódio infinitamente melhor e mais fofo do que a sua estreia, e é muito bom
poder conhecer um pouco mais de Shin e sua história, além de ver a maneira como
a presença de Peach e o que Shin está começando a sentir por ele vai mudando
sua forma de agir – sei que Shin vai terminar “Bake Me Please” sendo uma pessoa muito melhor do que ele era quando a série começou… e que, durante
uma boa parte do tempo, ele continua sendo nesse segundo episódio.
Mas ele tem
potencial. Tem margem para a mudança.
Quando o
episódio começa, os personagens precisam lidar com mais um dia difícil na
Temptation, trabalhando com Shin… o mau-humor rotineiro e a maneira ácida como
julga o trabalho alheio torna o ambiente de trabalho bastante insalubre, se
você me perguntar. Enquanto Shin continua sendo um verdadeiro mala e bastante grosseiro dando feedback, Peach encontra uma amizade interessante em Guy, e é
gostoso vê-los se dando tão bem, enquanto conversam a respeito de Shin e como,
no fundo, ele “não é uma má pessoa”. Fico me perguntando se o Guy pode estar se
apaixonando pelo Peach, e no fundo eu gostaria que ele não estivesse… Guy
parece ser um cara muito legal e, se ele se apaixonar pelo Peach, ele vai
acabar sofrendo.
Até porque o
Shin já está morrendo de ciúmes. Ele
não vai admitir, de maneira alguma, que está realmente com ciúmes, mas depois
de ver a proximidade de Peach e Guy e de descobrir que “eles vão sair para
almoçar juntos”, ele inventa uma desculpa de que o Peach precisa ficar na loja
e ajudá-lo em um bolo de casamento (cuja encomenda é só para dali a três dias,
portanto não tinha tanta urgência assim), apenas para “sabotar” a saída deles…
que nem era um encontro nem nada assim! Mas é a partir daí que alguma coisa vai
nascendo entre Peach e Shin e vai aos poucos se concretizando, e eu preciso
dizer que eu estou gostando… Guide, que interpreta o Peach, tem um carisma
impressionante desde o Ming de “I Feel
You Linger in the Air”, então como não se apaixonar?
Aquele
sorriso me derruba!
Depois de
ficarem trabalhando juntos até tarde e compartilharem um momento quase romântico quando Peach acaba
sujando o rosto de creme (apenas “quase”, porque Shin consegue transformar
aquilo em uma bronca, é claro), Shin oferece uma carona para Peach… afinal de
contas, dois dos seus pneus estão furados e ele não tem como voltar para casa dirigindo.
E essa é a introdução para algo muito bacana que vai aproximá-los ainda mais,
quando Shin resolve encomendar bolos para ele entregar no mesmo orfanato que
visitaram no primeiro episódio, mesmo que “ainda não seja o fim do mês”. Na
verdade, Shin quer ajudar o Peach com dinheiro, fazendo uma encomenda grande e
antes da hora, e quer a sua companhia, pedindo que ele faça os bolos na loja…
E, então,
ele fica o tempo todo ao seu lado.
Gosto de
como o clima na cozinha está visivelmente
mais leve quando os dois cozinham juntos para o orfanato, e de toda a
sequência que vem no orfanato e depois… é aqui que Shin demonstra sua maior
humanidade, porque o lugar tem uma relação direta com a sua própria história:
quando uma garotinha desaparece, ele sabe exatamente onde ela deve estar
escondida, porque é o mesmo lugar no qual ele costumava se esconder quando não
estava se sentindo muito legal… então, assim como a avó do Peach vinha lhe
oferecer um pedaço de bolo, ele também vai e oferece um pedaço de bolo à garota,
sabendo exatamente como conversar com ela. É muito bonitinho ver a reação de
Peach assistindo de longe à maneira como Shin
não é tão ruim quanto parece.
Quando Shin
compartilha com Peach um pouco mais de sua história, ele fala algo muito
poderoso sobre como havia tempos em que “o bolo da avó de Peach era a única
felicidade que ele tinha”. É muito bonito como existem pessoas que nos marcam,
e como a avó de Peach marcou o Shin trazendo alegria em um momento difícil de
sua vida – inclusive, é por isso que o Shin acabou se tornando um confeiteiro: porque ele queria levar essa mesma alegria
às pessoas. Então, Peach sugere que Shin vá com ele até a sua casa, para
encontrar a sua avó, o que é uma atitude muito fofa e que gera uma cena
surpreendentemente emocionante, com Shin tocado em reencontrá-la e com a avó de
Peach, extremamente atenciosa, reconhecendo os seus olhos dos tempos do
orfanato…
Que cena bonita!
No dia
seguinte, para a surpresa de seus colegas de trabalho, Shin está cantarolando enquanto cozinha, aparentemente
de muito bom-humor… as coisas não são perfeitas, no entanto, porque Shin tenta
“enterrar” toda essa felicidade e meio que volta a ser o escroto que ele era
até então, falando com tamanha e desnecessária grosseria com Peach por causa de
um erro em um bolo vulcão que Peach e o amigo anunciam que eles não vão mais trabalhar ali. Peach, inclusive, acaba dizendo
algumas coisas das quais se arrepende rapidamente: sobre como Shin está sozinho
e vai continuar por causa do tipo de pessoa que ele é. Surpreendentemente, no
entanto, antes que Peach possa realmente ir embora, Shin reconhece o seu erro
na frente de todos (!) e pede desculpas.
Mais uma surpresa para todos os seus colegas.
Reconhecer que
está errado e pedir desculpas não é algo que Shin costuma fazer, mas ele estava
errado, reconhece isso e toma uma atitude correta… e eu gosto de ver como o
Peach consegue perdoá-lo com tanta facilidade, porque o clima volta a ficar bem
bom na cozinha logo em seguida – com direito a um quê de provocação do Peach, tentando
fazer com que Shin repita o seu pedido de desculpas para ele gravar e poder
ouvir “toda vez que estiver se sentindo mal”. E, no meio da “brincadeira”,
Peach grava o seu próprio pedido de desculpas, pela forma como falou com Shin,
e envia para ele, para que “ele possa ouvir quando quiser”. Está nascendo algo
bastante bonito entre eles, e eu estou muito feliz de poder acompanhar isso!
Adorei toda a sequência!
Depois, o
episódio trilha caminhos rápidos e surpreendentes em sua reta final, quando o
pessoal da Temptation sai para beber e comemorar e Shin fica afastado de todo
mundo, mas acaba ganhando a bem-vinda companhia de Peach. É uma cena bastante
emblemática e cheia de significado… Shin fala sobre como “estar sozinho é
melhor” e Peach segura a sua mão, dizendo que “não sabe pelo que ele passou,
mas quer ser parte da sua vida”. PODERIA SER MAIS PERFEITO?! Depois, é Peach
quem acaba levando o Shin bêbado para casa e, quando tenta ir embora, Shin
segura a sua mão e pede que “ele fique ali com ele”, então os dois dormem
juntos no sofá da casa de Shin, o que é muito
mais do que eu esperava para esse segundo episódio, e eu amei.
Na manhã
seguinte, Peach tem uma visão… interessante.
Inclusive,
gostaria de estar no seu lugar.
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